Sonetos :  Inspiração e respiração
Não coloco hora no poema,
porque hora não é problema
para quem gosta de poetar.
Então só procuro datar.

A data serve para mostrar
a evolução (ou não) do poeta,
e também que a inspiração
não segue uma linha reta.

Os altos e baixos nas criações,
deve-se a várias razões.
É como o pulsar do coração:

Hora sim, hora não...
Algumas vezes me inspiro.
Outras vezes, respiro.

A.J. Cardiais
03.08.2016
Poeta

Poemas de amor :  Nuestras almas se juntaron
Nuestras almas se juntaron
¡Mágico destino endereza los caminos,
desviados por error!
Incluye a los senderos
donde ayer habían conflictos de amor.
Regando felicidad en el espacio;
así surge el momento propicio
para andar a flor de piel
en el huerto de tu corazón.

Nuestras almas se han juntado
en medio de un mimo dado,
prendido más allá del tercer cielo.
¡Ése beso eterno sobre las nubes cincelo!

¡Cada instante es un largo recorrido
de ternura intensa, de pasión extensa!
Idilio de un día
vestido de la pasión más densa
dando inicio con fervor
a la historia de nuestro gran amor.

Cuando tus ojos me miraron
sentí el fulgor de tu presencia
adentrarse a mi vivir…
Y hasta mi corazón llegaban
brotes de tantas confidencias
diciéndome:
que tu amor conmigo se juntaba
para nunca más salir.

Este afecto entre tú y yo
nos pertenece a los dos…
¡Olvidemos a quien perversa!
A quien este romance destruir intenta.
Nuestras almas están inmersas,
unidas siempre en la dicha que sustenta
la eternidad del amor.

Julio Medina
7 de septiembre del 2016
Poeta

Poemas de desilusión :  Reproches
Reproches
De todo me acusas…
¡Hasta de fallas injustas!
Y eso mismo reclamo de ti;
tus motivos adversos forman la secuela
del camino que yo nunca construí,
hasta aquí llegaron las excusas
ya ni quiero acordarme
de la escena pintada en acuarela
porque mancilla el lienzo aislado
y descolora el alma gemela.
Con inservible pretexto me atentas;
ese indigno deseo no parece tener fin…
No riegues hastío;
ese mal pernicioso contagia
a un corazón que no se siente ser ruin.

Julio Medina
4 de septiembre del 2016


Poeta

Poemas de nostalgia :  Depresión
Yo tengo una amante, que me llena y despierta,
seductora y envolvente me invita a la cama todos los días,
todas mis noches, me cubre con su peso entregándose absolutamente toda.

Compañera fiel y constante, siempre está, siempre ahí para mí,
yo tengo una amante que por años me suplica no dejarla,
y me es doloroso pensar en hacerlo,
yo tengo una amante que debería decirle adiós,
pero me es difícil abandonar para poder liberar la culpa de una vida a oscuras,
esa vida que una amante calladamente te regala.
Poeta

Frases y pensamientos :  El precio de las cosas
Ahora, el precio de las cosas
no se mide en dinero,
sino en sueños y recuerdos,
mientras mas recuerdos te traiga una cosa
o mientras más hayas soñado con tenerlo
más caro será,
pero menos te importará pagarlo.

Héctor H. García
Poeta

Poemas :  AYUDAME A SEGUIRTE
AYUDAME A SEGUIRTE

no me digas que te espere
en la silla de los años
si siento que no me quieres
y eso me hace tanto daño

tu silencio me silencia
y no me deja decirte
que la rutina es nuestra sentencia
y me cuesta mucho seguirte

lo ue empezamos tan unidos
sela llevado el egoismo
hoy, los besos se dán por vencidos
porque ya nada es lo mismo

y siento como mis dudas
esperan a lo que digas
pero si tu no me ayudas
no pretendas que te siga

con tan poco, no nos llega
y nuestrs almas se necesitan
pero si el cariño no se riega
estas flores se marchitan
Poeta

Sonetos :  No couro
Às vezes, de madrugada,
a realidade me mete medo...
Me assusta um bocado.
Então fujo pro mundo dos sonhos.

Eu não faço segredo
de que sonho até acordado...
Sonhar me mantém vivo.
É minha forma de resistir...

Acho que foi por isso
que cheguei até aqui:
62 anos no couro.

Não digo 62, na alma também,
porque minha alma não diz
a idade que tem.

A.J. Cardiais
31.08.2016
Poeta

Textos :  O caminho do espelho.
O caminho do espelho.
O reflexo de si mesmo na língua.

O homem sente-se um estrangeiro entre os homens, um exilado do mundo para o qual não encontra um sentido. A minha mensagem é a de que as coisas vão mudar e têm de mudar agora. Abraçar o mundo, sem reduzí-lo.

Distinguir o novo da novidade vazia, valorizar o silêncio. O homem sem rudimentos de filosofia caminha pela vida preso a preconceitos derivados do senso comum, das crenças costumeiras da sua época ou da sua nação, e das convicções que cresceram na sua mente sem a cooperação ou o consentimento da sua razão deliberativa… uma vida não examinada não vale a pena ser vivida. De um certo ponto adiante não há mais retorno.

Esse é o ponto que deve ser alcançado. A reflexão permite-nos recuar, ver que talvez a nossa perspectiva sobre uma dada situação esteja distorcida ou seja cega, ou pelo menos ver se há argumentos a favor dos nossos hábitos, ou se é tudo meramente subjetivo. A dimensão do homem é o tempo. O homem é um ser temporal e, portanto, necessariamente mortal. Ele navega no tempo durante um certo tempo. O presente é fugidio.

Quando pensamos que o capturamos, ele nos escapa como a água que escorre por entre os dedos quando tentamos segurá-la. O futuro é incerto, imponderável. O futuro é uma promessa. O passado passou, e dele podemos ter não mais que uma pálida lembrança. O homem se torna autêntico quando aceita a solidão como o preço da sua própria liberdade..

Devemos saber que a felicidade não é estática em seu acontecer, mas podemos mantê-la como um estado de ser, uma motivação de busca de bem viver.A solução não é se matar de trabalhar e se concentrar nisso para não se sentir sozinho. Também não é encontrar uma estratégia para driblar a solidão… mas que não estão lá de fato, pelo menos não do ponto de vista do seu pensamento, das suas emoções, das suas ideias. Mas sentir dor ou alegria e não o demonstrar não é ocultar alguma coisa. Alguém oculta seus sentimentos quando deliberadamente os suprime (tal como alguém oculta seus pensamentos guardando seu diário preso a sete chaves, e não meramente pensando e não revelando seus pensamentos).

Quando alguém exterioriza uma dor de cabeça, quando expressa um prazer, ou quando diz aquilo que pensa, não pode ser dito que os correspondentes enunciados são meras palavras e que o interno ainda está oculto. Falar do interno é uma metáfora. Vimos que uma das consequências de ter isto como um padrão é a dissociação entre corpo e mente, entre o ambiente em que estamos e o que se passa dentro de nós. A solução é aceitar que se está só no mundo. Há sempre pessoas prontas a dizer-nos o que queremos, a explicar-nos como nos vão dar essas coisas e a mostrar-nos no que devemos acreditar.

E a vida inteira, cada momento, cada segundo da existência, é uma experiência única pois ninguém vive pelo outro. Assim, não se pode definir a subjetividade nos moldes das ciências naturais, que, na realidade, negam nossa condição de homens dotados de vida interior. Este ideal de ciência é tonto e o seu reverso é o não menos tonto relativismo cognitivo, que declara estar a magia negra ao nível da física quântica, em termos cognitivos e epistemológicos. Sem emoções os seres humanos não existiriam; não é biologicamente possível uma espécie biológica destituída de emoções.

Afinal, a emoção é mais racional do que se diz. A confusão é precisamente esta: nós sabemos que muitas vezes as emoções roçam a loucura. Mas, precisamente, isso é uma patologia das emoções, não é a sua natureza própria. Só podemos apreender nossa vida subjetiva sob a forma de uma história pessoal, única e intransferível. Antes, podemos dizer aquilo que sentimos tal como podemos dizer como as coisas nos causam impacto perceptivelmente, dizer aquilo que pretendemos, imaginamos ou pensamos. O passado está talhado em nossa memória. Ele vive em nossas tradições.

Nosso corpo e as coisas que nos rodeiam estão impregnadas de história. Os pobres sofrem porque não têm o suficiente e não porque os outros têm muito. Não há como nos livrar do que já aconteceu. Será mentira em cima de mentira, calúnia e promessas. Existe uma meta, mas não há caminho; o que chamamos caminho não passa de hesitação… Somos descendentes e herdeiros diretos do que foi feito no tempo pretérito. Humano, simplesmente humano.

A incerteza leva-nos a pensar, a refletir, a evoluir…nasce da relação entre o homem e o mundo, entre as exigências racionais do homem e a irracionalidade do mundo. Algumas têm medo que as suas ideias possam não resistir tão bem como elas gostariam se começarem a pensar sobre elas. . Nada é mais racional do que uma emoção apropriada, e nada mais irracional do que a falta dela: alguém que não fique horrorizado com o sofrimento alheio é adequadamente descrito como desumano.

E a razão é também a faculdade mais emocional dos seres humanos: mal conduzida por emoções erradas, é possível produzir as piores ideias e argumentos — racismo, fascismo — sem ver que são péssimas, só porque massajam as nossas emoções mais tontas. Como dissimulação e fingimento são sempre logicamente possíveis, não se pode nunca se estar certo de que outra pessoa esteja realmente tendo a experiência que ela pelo seu comportamento parece estar tendo. Nomeadamente, indagando antes não se eu posso saber das experiências dos outros, mas sim se posso saber de minhas próprias; não se posso entender a “linguagem privada” de outra pessoa em uma tentativa de comunicação, mas sim se posso entender minha própria suposta linguagem privada.

O ser humano equilibrado e feliz cultiva as emoções apropriadas, que respondem à razão, e trabalha para impedir que as piores emoções lhe toldem a razão. O fato de existirmos não pode ser posto em dúvida, mas contrariando as ideias cartesianas, as interpretações da nossa condição de seres existentes não são únicas e indubitáveis, ao contrário, são diversas e diferentes.

A idéia de que a língua que cada um de nós fala é essencialmente privada, de que aprender uma língua é uma questão de associar palavras com, ou de definir ostensivamente as palavras por referência a, experiências privadas (o “dado”), e de que a comunicação é uma questão de estimular um padrão de associações na mente da pessoa ouvinte, qualitativamente idêntico ao daquele da mente do falante é uma idéia ligada a múltiplas concepções errôneas, mutuamente sustentadas, sobre a linguagem, as experiências e sua identidade. Nasceu sem o seu consentimento; o modo como se organiza é independente dele; os seus hábitos dependem daqueles que o obrigaram a aceitá-los; é incessantemente modificado por causas, visíveis ou invisíveis, que escapam ao seu controle, que regulam necessariamente o seu modo de existência, que moldam o seu pensamento e determinam a sua forma de agir.

Em geral, a relação entre palavra e coisa é indirecta; é mediada por outras expressões referenciais. Ao assinalar o que tal termo nomeia ou aquilo a que se aplica, servimo-nos de outros dispositivos referenciais. Diz-se que o homem delibera quando suspende a acção da vontade; isto acontece quando dois motivos opostos actuam alternadamente sobre ele. Deliberar é amar e odiar alternadamente, é ser ora atraído ora repelido; é ser umas vezes dirigido por um motivo e outras por outro. O homem apenas delibera quando não vê distintamente a qualidade dos objectos que o afectam ou quando a experiência não possibilita uma avaliação adequada dos efeitos que a acção, mais ou menos remotamente, produzirá.

Mas a relação entre palavra e objecto não pode ser sempre indirecta neste sentido. De contrário, cada termo apenas teria poder referencial em virtude do poder referencial de outras expressões, e estas, por sua vez, apenas indirectamente se reportariam ao mundo, e por aí em diante ad infinitum.


Todos los derechos de „O CAMINHO DO ESPELHO. (O reflexo de si mesmo na lingua).“ pertenecen a su autor (Joel Fortunato Reyes Pérez).
Ha sido publicado en e-Stories.org a solicitud de Joel Fortunato Reyes Pérez
Publicado en e-Stories.org el 23.07.2016.
Poeta

Poemas de religíon :  Si te suelto las manos
Si te suelto las manos
Si te suelto las manos
volvería a perder la bendición que me has dado,
contigo he cruzado desiertos, pantanos
que de otra manera nunca hubiese logrado.

Me has dado fortaleza para seguir adelante,
avanzando entre tinieblas tu luz llevo conmigo,
eres fuente de poder impresionante,
de amor divino; tu misericordia he sentido.

Si te suelto las manos
volvería a rodar por el precipicio de lo prohibido,
en tu palabra no hay términos medianos,
se está o no se está; es lo permitido.

Julio Medina
17 de enero del 2016
Poeta

Poemas :  Coquetel
Quando olho pro futuro
com um olhar maduro,
não consigo rimar a vida
com uma coisa saborosa...
Só rimo com uma ferida
muito poderosa.

Não consigo rimar com rosa,
pois ninguém cultiva mais flor...
No futuro circula uma dor,
chamada passado,
que é deixada de lado...

Ninguém quer ter trabalho
de “trabalhar”.
Recrutar o passado?
Nem pensar!

A esperança vive subordinada
a uma tecnologia
que contagia
a criançada...

O que quero dizer com isso?
Nada...

A.J. Cardiais
01.09.2016
Poeta