Poemas de amor :  ERA O AMOR EM TODO O ESPLENDOR
Naquele quarto de hotel
Houve amor e fantasia,
Houve um belo sabor a mel
Em tantas noites de orgia.

Houve corpos desnudados
Se acariciando mutuamente
E corações apaixonados
Que se davam ardentemente.

Era o amor em todo esplendor
Em toda a beleza;
Era a paixão de um coração
Ou dois de certeza.
Que tanto se amavam e se adoravam
E o meu sorria,
Quando eu te olhava, teus olhoS choravam
Pérolas de magia.
Prova do amor que tinha o sabor
De bela antologia.
Tu és deusa do amor que tem o primor
Da luz do meu dia

Nunca aquela porta eu esquecerei
Nem sequer aquela rua.
Porta por onde sempre entrei
Quando nascia a Lua.

Das estrelas ao nascer do Sol
A noite era nossa só o amor nos via,
A testemunha era o lençol
Que nem sempre nos cobria.

A da fonseca
Poeta

Poemas de amor :  SORRISO INSOLENTE
Se tu soubesses
Como fiquei contente
De te ver chegar.
Foi como uma prece
Que num repente
Te fez voltar.

Para ti corri
Louco de alegria
Louco de paixão
Nos teus braços caí
E nessa magia
Te pedi perdão.

Fada dos meus sonhos
Lábios de medronho
Pelos quais anseio.
Seios de ventura
Onde com ternura
Meus lábios passeio.

Tens olhar sedutor
Corpo que pede amor
Boca pedindo beijos.
Coração ardente
Sorriso insolente
Cheio de desejos.

Quero te guardar
Não te posso perder
És a minha vida
Nasci par te amar
E tu podes crer
Tu és a mais querida.

A. da fonseca
Poeta

Poemas de amor :  UMA ALCACHOFRA DE AMOR
Quando cheguei ao Paraíso
Encontrei o St Antonio
Com uma alcachofra na mão.
Perguntou-me com um sorriso
Se era eu o Demónio
Que entrou no teu coração.

Vi os seus olhos brejeiros
Me olharem com malicia
E esperando uma resposta.
O meu reflexo primeiro
Foi pensar com delicia
À mulher de quem se gosta.

Olhei para o St. Antonio
E disse-lhe com vaidade
Que o teu coração era meu.
Disse que era o Demónio,
Não lhe escondi a verdade
Mas o meu coração era teu.

Falei-lhe dessa fogueira
Onde contigo queimei
Uma alcachofra de amor.
Refloriu para a vida inteira
E foi assim que comecei
A amar uma flor

Disse-lhe que vinha sozinho
E que ficas-te a chorar
Porque nós nos separámos.
Quiz-te deixar no nosso ninho
Para seres tu a guardar
A alcachofra que queimamos.


A. da fonseca
Poeta

Poemas de amor :  A VIDA É UM POEMA EM PROSA
Lembras-te
Do dia em que nos encontramos
Os nossos olhares cruzamos
E nos embebemos de amor?
Lembras-te
Dos passeios na nossa rua?
A minha mão apertava a tua
E fazíamos a volta do quarteirão
Naquelas cálidas noites de verão.
Lembras-te
Do nosso primeiro beijo?
Os meus lábios acariciaram o teu queixo,
Tu ficas-te petrificada,
Mas num nada...
Tu me deste a tua boca
E eu louco e tu louca
De prazer profundo,
Por instantes pensamos
Que estávamos sós no mundo.
Lembras-te
Do dia do nosso casamento?
Inolvidável momento!
Tu, toda de branco vestida
De flor de laranjeira guarnecida
E eu de fato preto.
E quando lá no Altar
Demos o sim sem hesitar,
A Virgem sorriu ao ver nosso olhar.
Lembras-te
Da nossa primeira discussão?
Que não nos desuniu , isso não.
Foi um grão de areia
Que trazido pelo vento
Na nossa vida entrou
Mas a brisa do amor que nos ligou
Supro-o para longe, não mais voltou.
Lembras-te do dia em que me disseste
Que eu ia ser papá?
E tu quiseste
Que fossemos comprar o enxoval
Sem saber se azul ou cor de rosa,
Mas qual importância?
A vida é um poema em prosa
Cantado pelo rouxinol num roseiral.
Lembras-te
Quando o fruto do nosso amor
Abriu os olhos para a vida
E um enorme calor
Invadiu os nossos corações?
Nós ficamos mais ricos e as emoções
Que esse dia nos trouxe
E tu pensas-te que eu não fosse
A partir daí o teu único amor.

A neve cai.
E o seu manto branco brilha na noite.
Noite de inverno, noite escura
Noite longa mas que nos dá a ventura
De poder admirar as labaredas na lareira
Que aquecem nosso lar, nosso ninho.
Admirar extasiados, nosso netinho.
Relembrar o passado, sempre presente,
Porque o nosso amor, jamais esteve ausente.
Vejo-te sempre toda de branco vestida.
De flor de laranjeira guarnecida!
Lembras-te do meu fato preto?
Lembras-te?

A. da fonseca

















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Poeta

Poemas de amor :  QUANDO UMA MULHER CHORA
Quando uma mulher chora
É porque tem sentimentos
Tem amores que não são de agora
Tem saudades de bons momentos.

Ela pode chorar de amor
Por um amor já perdido
Por vezes chora de dor
Por sentir alguém dorido.

Chora por ver seu filho chorar
De felicidade por o ver rir.
Mas também ri a cantar
Para o seu filho dormir.

A. da fonseca
Poeta

Poemas de amor :  NOSTALGIA
No jardim da minha casa, sentei-me a ver a Lua.
Caneta e papel na mão preparo-me para escrever.
Mas escrever sobre o quê? Sobre a vida?
Escrever sobre a juventude? é possível, vamos ver.
A vida é como o tempo, ela passa sem darmos por isso.
Nós pretendemos viver, não pretendemos envelhecer.
Mas na vida, há juventude e há velhice.
Conseguimos envelhecer, não conseguimos rejuvenescer.
O tempo passa, que tristeza! Ele passa a uma velocidade
Impossível de controlar, olhamos em frente e o futuro já passou.
Eu continuei a olhar para a Lua e ela os cabelos me prateou.
Começaram a ficar brancos, é assim, não podemos sonhar.
É o preço que temos que pagar por uma vida vivida.
Que a quisemos sincera com amor, sem hipocrisia.
Mas quer queiramos, quer não, cabelos brancos são a nostalgia
Dos nossos anos passados, da nossa juventude perdida.


A. da fonseca

A. da fonseca









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Poeta

Poemas de amor :  TENHO CIUMES DO VENTO
Perdido na escuridão
Anda o meu coração
Sem ver teus olhos brilhar.
Chega a madrugada
De uma noite juncada
De sonhos sem Luar.

Como pude eu fazer
Para deixar morrer
Nossos sentimentos.
Foi um minuto louco
Partir por tão pouco
Mas sou ciumento.

Sou ciumento
Do vento
Que acaricia teu rosto.
Sou ciumento
Da água do mar
Da luz do Luar
Do Sol e da areia
Que não tem peia
Em bronzear a tua pele.
Sou ciumento
E não voltarei
A ser infiel.

Cantando te conquistei,
Sorrindo eu te amei
Te amando fizemos amor.
Te beijando contigo casei
Te ouvindo eu te adorei
És o Sol que nos traz calor.

Amor de diamante
Transparente, brilhante
Como o teu olhar.
E o meu coração
Tem tanta paixão
Para só a ti te dar.

A. da fonseca
Poeta

Poemas de amor :  AI, SE EU SOUBESSE
Ai se eu soubesse
Quando irei morrer!...
Encomendaria as flores
E faria amor
Até amanhecer.

Ai se eu soubesse
Essa data que é certa!...
Para bem amar
Para a vida beijar
Teria a porta aberta.

Ai se eu soubesse
Quais são os meus amigos
Que estarão presentes,
Os que serão ausentes
Esses, serão os inimigos.


Ai se eu soubesse
Quem por mim irá chorar...
Dar-lhe-ia o coração
Para que essa emoção
Fosse para durar.

Ai se eu soubesse
Que o amor viria mais forte,
Que não haveria mais guerras
Mas só amor na Terra...
Fecharia a porta à morte.

A. da fonseca
Poeta

Poemas de amor :  ESTA NOITE MEU AMOR
Esta noite, meu amor, não quero fazer amor
Quero ficar junto a ti para te poder adorar.
Quero ver como tu te despes docemente
Com o teu lindo sorriso sempre presente
Quero ver o teu corpo para o apreciar

Sabes bem, sabes bem e eu também sei
Que quando na nossa cama nos deitamos
Só pensamos em fazer amor, nada mais
Ficava atracado a ti como se fosses cais
E onde as nossas cordas amarramos.

Mas o amor é muito, muito mais complexo
O coração tem que bater por amor desejado.
Ele têm que bater no mesmo compasso
Não é só ir para cama quando por lá passo
É ter a certeza que o nosso amor é bem amado.

Hoje venho te pedir perdão do amor perdido
Quero passar a noite ao teu lado, meu amor
Tenho comigo um lindo presente a te oferecer
Eu não quero que tu venhas me agradecer
Para ti meu amor te trago este ramo de flores.

Coloca-as numa jarra á cabeceira da cama
Para que elas possam perfumar o nosso amor
Não serei ciumento dessas rosas vermelhas
Pois eu sei que tu serás a mais bela abelha
Que pela manhã vai levar o mel a essas flores.

A. da fonseca
Poeta

Poemas de amor :  POÉTICAS NOITES
Rodando na tua saia
Tinhas um ar de catraia
Mas com lábios sensuais.
Ares de fruto proibido
Em desejo mal contido
Nos teus olhos tropicais.

Pela praia passeámos
Nossas mãos entrelaçámos
Deste-me o teu coração.
Passeios sentimentais
Alguns beijos marginais
Noites que não acabarão.

Em noite de Primavera
Jantaremos sós a sós
Em romântica atmosfera
Falaremos só de nós.
A luz da vela será o cântico
Que fará com que tu te afoites
A um prelúdio romântico
De poéticas brancas noites.

E nos estreitos caminhos
Em campos de rosmaninho
Mesmo ao cair do Sol-Posto.
Passeando de braço dado
Eu beijarei maravilhado
Os contornos do teu rosto.

Lado a lado assim será
Nosso amor caminhará
Às chamas do amor, paralelo.
E o fogo da nossa paixão
Parece mais um vulcão
Do que um bloco e gelo.

A. de fonseca
Poeta