Poemas de amor :  NÃO, MEU AMOR
Esta noite, meu amor, não quero fazer amor
Quero ficar junto a ti para te poder adorar.
Quero ver como tu te despes docemente
Com o teu lindo sorriso sempre presente
Quero ver o teu corpo para o apreciar

Sabes bem, sabes bem e eu também sei
Que quando na nossa cama nos deitamos
Só pensamos em fazer amor, nada mais
Ficava atracado a ti como se fosses cais
E onde as nossas cordas amarramos.

Mas o amor é muito, muito mais complexo
O coração tem que bater por amor desejado.
Ele têm que bater no mesmo compasso
Não é só ir para cama quando por lá passo
É ter a certeza que o nosso amor é bem amado.

Hoje venho te pedir perdão do amor perdido
Quero passar a noite ao teu lado, meu amor
Tenho comigo um lindo presente a te oferecer
Eu não quero que tu venhas me agradecer
Para ti meu amor te trago este ramo de flores.


A. da Fonseca

SPA Autor nº 16430
Poeta

Poemas de amor :  CORAÇÃO ALADO
O meu coração, é um coração alado
Que voa, que voa, vai para todo o lado.
Ele sobrevoa as mais altas montanhas
E pode rasar os Oceanos ou ribeiras
E nas desfolhadas poisa lá nas eiras.

Procura a espiga de milho vermelho
O dando à rapariga que mostra o joelho.
No fim vai dançar com a escolhida
Linda camponesa que é ainda solteira
Dançam o malhão e o vira à maneira.

Depois ele pega nela e a leva voando
Em voo de amor, num voar brando.
E à luz do Luar sobrevoam a aldeia
E indo-se poisar à porta da donzela,
Como te chamas? Eu sou Felisbela.

Os olhos azuis e os cabelos louros
Verdadeira minhota, beleza tesouro.
Diamante de amor para guardar,
Lábios vermelhos e tão desejados
Que se colaram ao coração alado.

A. da Fonseca

SPA Autor nº 16430
Poeta

Poemas de amor :  VOU PEDIR AOS ASTROS
O tempo ficou mais frio
Depois de que te não vejo.
Tudo ficou mais escuro
E as noites são longas.


Vou pedir à Lua
Que me dê mais Luar.
Vou pedir ao Sol
Que me dê mais calor.
Vou pedir ao vento
Que ma traga teus beijos
E também os desejos
De vivermos sem dor.
Vou pedir aos Astros
Que não me deixem de rastos
E me tragam o teu amor.

[i]O Sol, já nada ilumina,
A Lua não me trás inspiração
O vento sopra forte
Mas não me fala de ti.

Vou pedir à Lua
Que me dê mais luar,
Vou pedir ao Sol
Que me dê mais calor,
Vou pedir ao vento
Que traga teus beijos
E também os desejos
De viver sem dor 
Vou pedir aos Astros
Que não me deixem de rastos
E me tragam o teu amor

A. da Fonseca


SPA Autor nº 16430
Poeta

Poemas :  Ser qualquer coisa
Andei à toa
procurando inspiração.
Algo palpável, real,
que não fosse uma ilusão.
E eis que me apareces assim...
Lindamente.

Vinda não sei de onde,
irradiando beleza e simpatia,
com todos elementos químicos
para minha poesia.

Oh, gata ariana!
(que não direi o nome,
para não despertar atenções)
A minha liberdade
invade tua sinfonia.

Em tantos quereres (mestre Caetano)
te quero,
sem querer mutilar tua sina,
mas querendo "horoscopiamente"
ser algo mais;
ser qualquer coisa.

A.J. Cardiais
1989
Poeta

Poemas de amor :  ENTRETANTO EU CANTO
Meu amor por você
É cego e não vê
O vosso desdém.
E eu queria que fosse
O amor mais doce
Que o Paraíso tem.

Eu me sinto sozinho
Não vejo o caminho
Do seu coração.
Perdido em ruelas
Procuro nas estrelas
A sua afeição.

Meu amor... meu amor.
Seu amor murchou
Qual flor com sede.
Eu não sei onde estou
Já não sei onde vou
E você não cede.
Entretanto eu canto
Uma canção triste
Perdido de amor.
Mas não sei existe
Algo de mais triste
Que o murchar de uma flor.

Em mar encrespado
De amor recusado
Ando a naufragar.
Seu porto de abrigo
Não quer ser amigo
Não me quer abrigar.

Seus olhos tão frios
Seus lábios vadios
Eu quero encontrar.
Poisar neles um beijo,
Saciar o desejo
De os abençoar.

A. da Fonseca

SPA autor nº 16430
Poeta

Poemas de alegría :  VALSAR COM A VIDA
Ò vida minha
Que te amo tanto
Tu és tão meiguinha
Numa valsa dançando.
Um passo para trás
Dois para a frente
Ope lá!
Uma voltinha
Uma segunda
E uma terceira
Uma quarta ainda
Ò minha vida
Tu és tão lindinha.

A morte estava sentada
Ao canto, no seu lugar
Fizemos-lhe um careta
E fomos os dois valsar.
Um passo para trás
Dois para a frente
Ope lá!
Uma voltinha
Uma segunda
E uma terceira
Uma quarta ainda,
Ò minha vida
Tu és Rainha.

À noite fomos para a cama
Para nos irmos deitar
Mas tu com a tua chama
Preferiste ir valsar.
Um passo para trás
Dois para a frente
Ope lá!
Uma voltinha
Uma segunda
E uma terceira
Uma quarta ainda.
Ò minha vida
Tu és Joaninha.

E pela vida fora
Foi sempre a dançar
E até à aurora
Era só valsar.
Um passo para trás
Dois para a frente
Ope lá!
Uma voltinha
Uma segunda
E uma terceira
E uma quarta ainda.
Ò minha vida
Tu és andorinha!

A. da fonseca

SPA Autor nº 14630
Poeta

Poemas de amor :  SILENCIO
Silêncio
Eu vou começar a escrever
Somente pelo prazer
O que sei e o que não sei
Que leiam ou não leiam
Para mim não tem importância
São palavras sem fragrância
Sem a leitura sequer merecer.

Silêncio,
Quero ouvir os queixumes
De todos os meus ciúmes
Que não param de me falar.
Quero ouvir palavras do coração
Daquelas que nos embalam
Mas que de perfume exalam
Das pétalas de uma paixão.

Silêncio
Quero ouvir o doce crepitar
Dos meus lábios ao te beijar
Em plena madrugada
Sentir a tua pele acetinada
No meu corpo se deliciar
Saciando nossos desejos
Conjugando o verbo amar



A. da Fonseca

Spa Lisboa Autor 16430
Poeta

Poemas de reflexíon :  A GUERRA DO AMOR
Neste mundo, nesta Terra,
Há tanta, tanta guerra,
Mas todas elas diferentes.
Há a guerra pelo poder.
Há a guerra pelo dinheiro.
Há a guerra no desporto
Para tentar ser o primeiro.
Mas não há melhor guerra
Do que a guerra do amor
Que já vem das noites os tempos.
Para Adão e Eva...
Talvez fosse passatempo!
É uma luta corpo a corpo,
Num bailado de felicidade.
As armas? são os olhos que brilham
Como espadas cintilantes,
Lábios que se entrecruzam
Entre dois seres amantes.
Dois corpos jamais cansados
De lutar como guerreiros
Pelo amor aprisionados...
Felizes prisioneiros!
No fim dessa luta de amor
Nossos corpos abandonados,
Descansando alongados
Nesse campo de batalha
Que não era que uma cama,
Recebemos como medalha
Um fósforo, que nos deu a chama
Para acender nossos cigarros.
E entre duas auréolas de fumo,
Minha mão tomou teu rumo
Indo acariciar o teu corpo;
Fechas-te os olhos, de conforto
Ao sentires minha carícia.
Nossos corpos transpiraram.
Nossos corações suspiraram
Num suspiro de trovador.
Então, senhores das guerras
Enterrai as espingardas
Até que elas deem flor.

A. da Fonseca





SPA Autor nº 16430
Poeta

Poemas de amor :  O ESPLENDOR DE UMA NOITE
Quando a brisa da manhã acaricia meu rosto,
Traz com ela as tuas palavras, os teus beijos
Que guardo comigo até chegar o sol posto
E durante a noite são a razão dos nossos desejos.

Com o chegar da Lua, nossos corpos se prateiam.
O nosso quente ninho brilha de tanto amor
Os nossos lábios, de contacto eles anseiam
O nosso leito começa a preparar o esplendor.

O esplendor de uma noite de loucura louca
Com murmúrios de promessas na nossa boca
E a cumplicidade entre o teu e o meu coração

A volúpia viciou a nossa cama e o nosso quarto
Beijando os teus seios e o teu corpo nunca farto
De sentir o meu corpo te acariciar de paixão

SPA Autor nº 16430

Alberto da Fonseca
Poeta

Poemas :  Nada adianta
É noite amor...
Depois de tanta chuva,
a casa está fria...
Minha vida está vazia
sem você.

Eu só queria adormecer
para deixar de pensar.
Não consigo mais sonhar...
Meus sonhos sumiram.

Quando estou sem sonho,
é uma tortura ficar relembrando
os nossos momentos,
pois sei que eles não voltarão.
Também não consigo sonhar
que isso possa acontecer.

É noite amor...
Estou escrevendo isto,
mas não vou enviar pra você...
Vai adiantar em quê?

A.J. Cardiais
30.04.2011
Poeta