Poemas :  Para esquecer você
Não posso esquecer você,
enquanto o tempo não me trouxer
um outro amor...

Enquanto isso não acontece,
vou fingindo que amo a vida,
para ver se a dor me esquece.

A.J. Cardiais
12.04.2011
Poeta

Poemas :  Comportamentos
Comportamentos
O que alimenta as gerações?
As modas?
As rodas?
Filosofia...

Pra que tanto estudo,
para encarar o dia?
As palavras podem ser ditas,
por qualquer boca não muda.
E as “letras” não lidas,
às vezes não significam nada.

De repente surgiram os hippies,
e um movimento se fez moda.
As “rodas” usaram e abusaram...
Virou curtição, virou comércio.

E o pensamento?
E a filosofia do movimento?
Virou consumo...
O poder do amor
e da flor,
virou rótulo.

E rotulados vem os punks,
embrulhados em modas...
Sendo usados nas rodas,
sem nenhum “Q”
de “rompimento social”...

A.J. Cardiais
27.12.1983
imagem: google
Poeta

Poemas :  A liberdade de sonhar
Varias vezes soltei minha alegria
no meio de uma cantoria,
sem atentar
para o que eu fazia...

Eu queria era cantar...
Povoar minha vida com folia.
Nem podia imaginar
que ajudava a propagar
a alegria.

Botei minha voz pra ecoar
pelos cantos da cidade,
em busca da liberdade
de viver e sonhar.

A.J. Cardiais
27.03.2011
Poeta

Sonetos :  O valor da poesia
Quanto vale
o que eu escrevo?
O meu desejo
é pura imaginação.

Um pedaço de pão
disfarça a fome...
Mas “sem um nome”,
eu não chamo a atenção.

Trabalho duro nessa estrada
chamada de poesia,
vivendo sem mordomia.

Sigo minha caminhada
fazendo do meu dia a dia
a rima rica da minha alegria.

A.J. Cardiais
19.03.2011
Poeta

Poemas :  Escrevendo besteiras
Escrevendo besteiras
São duas horas da manhã
e eu estou aqui escrevendo...
Isso é trabalho?
Isso é distração?
Sei não...

Só sei que é insônia.
Ainda bem que a poesia
está me fazendo companhia...
Senão, eu não teria
como me distrair.

É engraçado quando eu penso
lá do outro lado...
Do lado de quem está lendo
o que estou escrevendo...

O que será que estão pensando?
O que será que estão achando?
Devem estar imaginando:
como esse cara perde tempo
escrevendo essas besteiras,
em vez de estar trabalhando
para ganhar dinheiro...

A.J. Cardiais
18.12.2010
imagem: google
Poeta

Poemas :  Momento complexo
Momento complexo
A dor que me ocupa
não me deixa versar nada...
Aliás, eu é que chamo de dor,
este momento complexo.

Não sei como outra pessoa
classificaria.
Estou numa calmaria...
Apesar da ventania
lá fora.

A.J. Cardiais
09.04.2015
imagem: google
Poeta

Poemas :  Alimento cultural
Fique no seu mundão
cheio de poluição,
que eu fico no meu mundinho,
repleto de amor e carinho.

Você cria coisas
para se escravizar.
Eu crio ideias
para me libertar.

Deixo livre a poesia
e o meu ser...
O que me importa
é o saber com prazer.

Não procuro saber das coisas,
só para mostrar conhecimento...
Eu quero saber das coisas
que possam tornar-se meu alimento.

A.J. Cardiais
14.03.2011
Poeta

Poemas sociales :  Bens materiais
Bens materiais
Daqui do meu mundinho,
lanço meus petardos
para alguns retardados,
que não entendem
minha busca, e se prendem
a quinquilharias materiais.

Endividados, atarefados
e estressados,
eles se põem a criticar...
Exultam suas conquistas materiais,
os bens que possuem.

Quanto aos verdadeiros Bens:
do homem de bem,
do querer bem,
do bem do amor,
eles não têm...

Não têm e não terão,
enquanto o “bem” deles
for a ambição.

A.J. Cardiais
13.11.1997
imagem: google
Poeta

Poemas sociales :  Água - nosso tesouro
Água - nosso tesouro
O "bicho homem"
para ter mais conforto,
faz da vida um esgoto
deixando o mundo torto.

O "bicho homem",
por pura ganância,
parte pra ignorância
e destrói nossa riqueza,
agredindo a Natureza.

Mas não tem riqueza,
nem pobreza...
Se não tiver água,
toda vida morre...
Com certeza.

A.J. Cardiais
07.10.2015
imagem: google
Poeta

Poemas :  Em busca de inspiração
Estou em crise...
Não sei escrever tecnicamente,
como muita gente faz.
Escrevo para ficar em paz.

Eu só escrevo inspirado.
Preciso ser provocado,
preciso estar comovido,
preciso ser induzido...

Às vezes eu me provoco.
Às vezes eu me toco,
e tento poetar sozinho...
Mas a poesia é flor
e o poema é espinho.
E no meio do caminho,
eu topo na pedra da dor.

Aí, eu abandono meu intento
e vou procurar alimento
nos livros de algum autor.

A.J. Cardiais
25.09.2010
Poeta