Crónicas :  e a palavra se fez carne
E a Palavra se fez Carne
E você? imediatamente, viu um jeito de, usando os dons adquiridos à custa do caro e tradicional curso de culinária ao qual dedicou tento tempo em aulas e self´s com famosos na internet: Entre raras guloseimas, vinhos e tabacos, reunir familiares e Importantes para uma inesquecível ceia.
Mas hoje, o enfastio o deprime e entristece, não apenas por não poder mais saborear, mas pelo infortúnio de, jogando comida fora, os famintos, pelo odor, revirem sua lata de lixo e sujem sua calçada.
Será que uma tarde de sexo vorás movido a energéticos importados permitam que seu apetite volte?
Pensa com fervor!
Um único consolo lhe resta, semana que vem tem mais, e o ano novo se apresenta com grandes perspectivas, quem sabe, Nossa Senhora Aparecida se aposente, e passe a você o cargo de padroeiro do Brasil, o papa talvez, resolva dar lugar a um leigo, com notáveis e comprovadas aptidões para NEGÓCIOS e movimentos sociais auto dirigidos.
Pelo menos você não precisará mover céus e terras por uma entrevista rápida, uma fotinho nos jornais. Estes terão de vir a você.
Feliz Natal
Poeta

Crónicas :  A teoria do ódio
A teoria do ódio
O ódio sempre existiu na humanidade. Mas parece que agora ele está enraizado em quase tudo que se faz ou se pensa. As pessoas estão confundindo adversário, com inimigo. Adversário é um amigo que brinca conosco do lado adverso e que, a depender, serve até para nosso aprimoramento, para nossa evolução.
Os atletas de artes marciais, se não tiverem um “adversário” para treinar, não ficam bem preparados antes das disputas oficiais.

O boxeador Michel Tyson disse, numa entrevista, que quando mostravam a foto do adversário dele, ele já ficava com ódio da pessoa. Cadê o espírito esportivo desse cara?
Quer dizer: ir lutar com ódio, tem um peso a mais, porque ele vai bater com ódio. Mas também pode ter um peso a menos, porque o ódio cega. E a depender da “frieza” e da técnica do adversário, a pessoa pode até perder.

Partindo agora para o lado “futebolesco”, vejo as torcidas adversárias se enfrentando, se armando e se matando como se estivessem brigando por alguma coisa séria, enquanto os dirigentes dos clubes estão no “bem bom”, só se preocupando em ganhar dinheiro. Aqui na Bahia por exemplo, praticamente só tem o Bahia e o Vitória. Mas o ódio reinante entre as torcidas organizadas, não deixa os torcedores perceberem que, se um time acabar, praticamente o outro acaba.

É preciso separar adversário, de inimigo. Senão, o que é para ser uma simples distração, acaba virando uma guerra.

A.J. Cardiais
28.03.2013
Poeta

Crónicas :  Sorte e felicidade
O que é ter sorte? É ganhar no jogo, ou ser feliz no amor? O ditado popular é o seguinte: que quem tem sorte no jogo, é infeliz no amor. Será que alguém consegue ser feliz, sem amor? Para mim o amor é a mola propulsora da felicidade. Não precisa ser só o amor homem - mulher. O amor pelo trabalho, por exemplo. Quem ama o que faz, está sempre feliz quando está trabalhando. Bem, aqui eu estou falando do amor geral. Mas o amor que o ditado cita, é o amor homem - mulher. Outro ditado interessante é o que diz que casamento é loteria. Mas para acertar na loteria, é preciso ter sorte. Então como é que fica? Será que existem dois tipos de sorte: a sorte do jogo e a sorte do amor? Parece que sim. Mas acredito que quem tem sorte no amor, seja mais feliz. Porque quem tem sorte no jogo, terá que ficar jogando sempre, para “testar” sua sorte. Já quem tem sorte no casamento, não precisa jogar mais nada. Só precisa saber “administrar sua fortuna", para que ela dure até que a morte os separe.

A.J. Cardais
01.05.2012
Poeta

Crónicas :  Viver é morrer de amores
Quem não ama não vive, vegeta. Pela simplicidade da frase, alguém já deve ter dito (ou escrito) isso. O título desta crônica também, se não estou enganado, é de uma musica. Bem, mas “tomando emprestado” ou não, a frase e o título, eu pergunto: que sentido tem a vida de quem não ama nada, nem ninguém? Eu me refiro aqui a um amor geral, mais ampliado. Não estou me referindo ao amor homem x mulher. Este, muitas vezes, se torna uma coisa obsessiva, doentia. A pessoa fica presa e quer manter o “objeto” da sua obsessão preso também.
Eu quero saber do amor que liberta, que dá sentido e sabor ao ato de viver. Neste sentido eu posso dizer que sou rico: tenho vários amores. Quando um não resolve o meu problema, busco outro. E assim vou levando a vida, ou deixando que ela me leve. É por isso que eu gosto de dizer que o amor é meu combustível: sem amor eu não ando. Até o ato de escrever, eu só faço por amor, por prazer. Talvez se fosse “por dever”, eu não conseguisse escrever nada. É justamente por isso que eu não gosto de me “intitular” de escritor. Clarice Lispector se dizia amadora, talvez por isso: só escrevia por amor. Escritor para mim é aquela pessoa que para, pensa e escreve. Já vive “programada” para escrever.
Eu nunca me programei para nada. Gosto de viver à mercê da inspiração. Sou como Dorival Caymmi: as indústrias fonográficas queriam que ele “produzisse musica”, mas ele só fazia quando tinha inspiração. Mas, voltando ao título, tem gente que tem um amor só: o amor ao dinheiro, ao luxo... Essas pessoas às vezes nem tem dinheiro, nem luxam, mas vivem se deslumbrando com as que tem e ficam se exibindo, para deleite dos pobres amadores. Outras, por não conseguirem amar as pessoas, amam seu carro, seu bicho de estimação, sua plantinha, sua casa, sua religião, seu time... E assim vão morrendo aos poucos.

A.J. Cardiais
22/09/2013
Poeta

Crónicas :  La Cultura del Plagio en México; Peña Nieto alumno
La Cultura del Plagio en México; Peña Nieto alumno destacado
En un interesantísimo artículo intitulado La plaga y el plagio publicado en la sección de opinión de El Universal el sábado 27 de agosto del presente Manuel Gil Antón eminente pedagogo profesor del Centro de Estudios Sociológicos del Colegio de México. Analiza como el plagio de ideas, obras y palabras en nuestro país se ha vuelto una costumbre, al grado que incluso el máximo dirigente de nuestro país, el Sr. Presidente Enrique Peña Nieto afirma que la corrupción en México es una cuestión cultural y por consiguiente inevitable y hasta necesaria como lo es la sapiencia misma.

Representativo de esta situación es la reciente denuncia del plagio de textos que conforman un treinta por ciento de la tesis que presentó Enrique Peña Nieto para obtener la licenciatura de abogado, en una universidad patito de este país, por la denuncia de este hecho han amenazado de cárcel a la periodista Carmen Aristegui y su equipo y la respuesta a la denuncia de ese hecho el Sr. Presidente respondió que el robar algunas palabras o textos era una cuestión menor y que él pensaba qué se trataba de algo más serio como que se le acusaba de robo de millones de pesos, que seguramente también lo ha hecho, evidencia de ello la casa blanca que en un principio se dijo que la había comprado la gaviota con su sueldo el televisa jajaja y tiempo después Peña Nieto pide perdón por las sarta de mentiras salidas de la presidencia y difundidas por televisión en cadena nacional, en fin al tiempo. Así mismo, por otra parte la respuesta desfachatada de la oficina de la presidencia que ha argumentado: qué ese plagio había ocurrido hacía mucho tiempo y que qué se trataba de errores de estilos en la redacción del texto y que además era cosa menor ya que en todos lados se fomenta el plagio ya que incluso en las escuelas te enseñan a copiar. Al respecto es necesario reflexionar si la importancia de un plagio lo determina el monto robado o el hecho mismo y si el tiempo es capaz de limpiar la falta de ética y de moral de los rateros.

Desafortunadamente el plagio y su cultura, se ha convertido en una plaga, no solamente la practican funcionarios públicos y el presidente de este país, que supuestamente para ser electos tuvieron que demostrar ser honorables y que ya en el poder se transforman en pillos. El plagio también está presente en el sector profesional y académico, es común escuchar del robo de propuestas de investigación de ideas y de resultados realizados por un grupo de investigadores y que otro individuo o grupo se apropia como suyas y hasta las publican en revistas especializadas de circulación internacional.

En ese mismo artículo Manuel Gil Antón menciona que el fango del plagio no sólo está presente en la tesis del señor presidente sino también en el modelo educativo de la fallida reforma educativa y seguramente también de las otras reformas propuestas por Peña Nieto y aprobadas por los diputados y senadores que constituyen el poder legislativo y que en última instancia son ellos los responsables de dichas reformas y de tales plagios al ser ellos quienes finalmente los aprueban. Finalmente es sorprendente es el silencio de los medios de comunicación nacional y de la sociedad en general al no denunciar estos hechos lamentables que transgreden las normas legales, éticas y morales y qué se cobijan en la tolerancia a la impunidad y que reflejan la miseria humana. Y si eso hace nuestro líder, el presidente, que se espera del resto de mortales.
ECM28082016
Poeta

Crónicas :  El Pachuco en la Moncada, Marzo2016
El Pachuco en la Moncada Marzo2016
Qué grata sorpresa encontrarme en nuestra linda Moncada al Pachuco y más sorprendente aún verlo llegar a mi casa con una sonrisa llena de alegría característica en él y acompañado de una botella de Tequila Corralejo delicioso, que desafortunadamente no pudimos compartir porque mi querido amigo tenía prisa y cosas que hacer. Justo en ese momento que llegaba el Pachuco coincidentemente platicábamos mi hermano y mis sobrinos con mi mamá, recordando la inundación de la Moncada cuando se reventó la presa del cubo en Tarimoro en una madrugada de 1958 y se desbordara el arroyo, provocando que el agua inundara a una gran parte de la Moncada especialmente el barrio de San Antonio, donde sigue estando la casa de mi mamá. Se dice que el agua alcanzó hasta el metro y medio de altura. Platicábamos como se empezaron a inundar las casas y como algunos vecinos decidieron poner un tapanco en un mezquite y no abandonar sus casas y sus pertenencias. Nosotros tuvimos que salir de nuestra casa, ya con el agua entrando y viendo como el agua de arroyo ya traía animales, palos de corrales, colchones y petates de Tarimoro. Nuestro Abuelo Rafael Castillo nos llevó a la casa del Pachuco, para lo cual cruzamos por el puente de tres vigas que casi tiraba el agua del arroyo. Ya en la casa del Pachuco, su papá Don José Isabel Cabrera y su mamá Doña Lupe, hermana de mi abuelo Rafael, nos brindaron con gusto su hogar y nos atendieron muy bien, nos dieron de comer delicioso y como los papás del Pachuco tenían panadería, comimos pan delicioso, permanecimos en la casa del Pachuco más de una semana, hasta que bajo el nivel del agua y regresamos a nuestra casa. Ya que se despidió el Pachuco, Octavio uno de mis sobrino, nos mostró un video del Pachuco cantando el corrido de la Sandunga de Carlos Merino y el cuaco Alazán de Álvaro Castillo, que como canta el Pachuco en el corrido, este caballo y esta yegua protagonizaron una de las carreras más polémicas y emocionantes que se han realizado en la Moncada. Se ha dicho que casi toda la Moncada se fue a las liebres para ver esa carrera, donde hubo apuestas, emoción, fanatismo y alegría desbordada y por supuesto preferencias divididas que provocaron peleas, algunos decían que la yegua ganaría fácilmente, que el cuaco alazán no servía para nada y que perdería desde el arranque y para sorpresa de muchos la carrera inició y como a la mitad la sandunga se quedó atrás, ganando el cuaco alazán con una gran ventaja. Esa tarde muchos de los estudiantes de la escuela del Padre Odilón nos fuimos sin permiso a la carrera y por supuesto como imaginaran el Padre a nuestro regreso nos dio la bienvenida con una vara de membrillo por ausentarnos de nuestras clases. Pachuco amigo querido muchas gracias por permitir la evocación de nuestros recuerdos y gracias también por tu amistad y amabilidades, Dios te bendiga en compañía de tus seres queridos y estamos a la espera de poder brindar con el Corralejo.
Enrique Canchola 19032016
Poeta

Crónicas :  Afinimerda é uma dade
Afinimerda é uma dade.

Bom dia!

De novo insisto no óbvio, tipo aquela madrinha que sempre tem uma justificativa na ponta da língua para justificar os pequenos deslizes, falhas e até ilegalidades de seus afilhados, as pessoas veem e entendem o que sua afinidade permite ver e entender.
Tipo aquela bolachinha coquinho, que por ser barata o supermercado deixa na prateleira mais baixa bem no cantinho, porque sabe que quer lhe dá lucro comprando biscoitos artificiais e com bastante colesterol, para dar lucro posterior a médicos e hospitais, não olha pra baixo, pois o orgulho o ego e a culpa não permitem.
Vamos pois manter nosso olhar altivo, fingir que todos estão ao sol, bem alimentados e protegidos por “nossa” política social, e tomar nosso remedinho pra dormir e não sonhar.
Beijos galera.
Poeta

Crónicas :  JOSE ISABEL CABRERA CASTILLO (EL PACHUCO) EL MEJOR
JOSE ISABEL CABRERA CASTILLO (EL PACHUCO)
EL MEJOR ATLETA DE LA MONCADA

Transcurrían los años 1960 cuando en nuestra linda Moncada Guanajuato se jugaban béisbol en el campo de panales llamado las liebres o voleibol frente a la casa del señor Leopoldo Rosillo, quien casi cada semana organizaba torneos de voleibol que despertaban gran expectativa y emoción en los adultos, mientras todos los chiquillos de La Moncada jugábamos abajo de la calle que así le llamábamos al río qué pasa por La Moncada cuando estaba seco, o como no recordar los torneos de ensartar los aros a caballo. Por esa misma época Faustino Rosillo (el comino) que era un apasionado de los deportes, organizaba torneos de carreras de Tarimoro a La Moncada en las modalidades de bicicleta o corriendo a pie, esta serie de actividades deportivas y torneos permitieron el surgimiento de muchos buenos atletas Moncadenses, unos buenos para el béisbol otros para el voleibol otros para las carreras a pie y otros para las carreras en bicicleta.
Por esas épocas surgió uno de los atletas más completos y destacados de La Moncada; José Isabel Cabrera Castillo, este joven excepcional ganaba casi siempre todas las carreras de Tarimoro a la Moncada de ida y vuelta, hacía el mejor tiempo en carreras tanto en bicicleta como a pie.Por todas estas hazañas El Pachuco se convirtió en el ídolo de los niños y jóvenes Moncadenses de los años sesentas
Este joven atleta al que me estoy refiriendo, José Isabel Cabrera Castillo,se le conocía también como El Pachuco seguramente por su forma de vestir elegante o posiblemente por su galanura ya que se decía que era muy hábil para conquistar a las chicas y era famoso también por su gran pegue entre las muchachas tanto de La Moncada como de Tarimoro
Al Pachuco le encantaban los deportes como ya dije anteriormente era bueno para todos ellos, además de tener un carisma muy especial siempre con su sonrisa amigable siempre montado en su bicicleta era muy alegre y saludador.
Por sus hazañas deportivas que muchos de nosotros las tenemos muy presentes considero que el Pachuco es el mejor atleta de nuestra linda Moncada
No quisiera dejar de mencionar también que El Pachuco fue un excelente jugador de fútbol era un extraordinario delantero metía goles sensacionales burlaba a los defensas e incluso le encantaba meterse junto con el balón a la portería y festejaba en grande sus goles. Por esta forma de jugar del Pachuco muchos muchachos estábamos pendientes de cuando jugaría para ir a verlo meter goles.
Tiempo después como muchos otros, emigró a los Estados Unidos y me parece que se fue de nuestra linda Moncada como muchos para no regresar a vivir a nuestro pueblo donde quedó nuestro ombligo. Sé que vive muy feliz en los Estados Unidos con una familia muy integrada que lo quiere y respeta mucho. Con este recuerdo de las hazañas deportivas de El Pachuco pretendo rendirle un homenaje al hombre que considero el mejor Atleta de La Moncada.
Dios te de muchos años de vida estimado Pachuco y mil gracias por haber realizado actividades deportivas que forman parte de nuestros recuerdos.
Poeta

Crónicas :  EL DOLOR ES INEVITABLE,EL SUFRIMIENTO UNA DECISIÓN
EL DOLOR ES INEVITABLE,EL SUFRIMIENTO UNA DECISIÓN

La felicidad debe ser ahora. Tenemos que avanzar con la madurez de lo vivido y no estancar la vida en un acontecimiento pasado. Por eso decimos que no es tanto lo que te pasó o pasa, sino tu manera de responder o reaccionar ante eso que te pasa.
El dolor es inevitable cuando se presentan situaciones que no queríamos experimentar. Para no caer en el sufrimiento, tenemos que tomar las mejores decisiones llegado ese momento, confiando en nuestra capacidad resiliente y con la determinación de salir adelante sea lo que sea que la vida haya puesto en nuestro camino. Cuando en nuestro entorno más cercano, no tuvimos referentes de gente que haya respondido de manera fuerte ante las adversidades, podemos llegar a actuar de la misma manera cuando se nos presenten experiencias similares. Por eso es tan importante que te eduques a vos mismo, para que llegado el momento de la adversidad, sepas que contás con miles de alternativas para afrontarlo con actitud fuerte y accionando a tu favor.
No importa donde estés, ni lo que te digan que debes hacer.
Siempre que tengas una duda, descansa un momento y escucha lo que te dice tu voz interior. No te apresures en tu camino, ni sigas los pasos de otros. Siéntate y descansa un momento y escucha tu voz interior. Esta es la voz que te busca y guía. El mejor consejo que puedes escuchar. Trae pureza a tus sentimientos y te da la libertad de ser
realmente, la persona que quieres ser.
Recuerda: Todas las respuestas que buscas las tienes encerradas en tu limpia y pura voz interior. Hacemos una vasija de un pedazo de arcilla: y es el espacio vacío en el interior de la vasija lo que la hace útil. Hacemos puertas y ventanas para una estancia; y son esos espacios vacíos los que la hacen habitable.
Así, mientas que lo tangible posee cualidades, es lo intangible lo que lo hace útil.

Lao-Tsé
Poeta

Crónicas :  Palavras
Palavras
Tem palavras que ficam presas no vocabulário do nosso subconsciente. Quando “inventamos” de escrever, começamos a chacoalhar na nossa mente. Então elas se desprendem, e querem ser usadas. É aqui que começa a história: quando digito uma palavra, e o dicionário do computador passa o “traço” vermelho. E agora, o que fazer? Tira letra, põe letra, tira acento, põe acento... E nada do traço apagar. Quem tem o luxo de ter um “Aurélio” em casa, se safa numa boa. Mas o meu “socorro” coitado, nessas horas pede perdão. O pior de tudo é que nessas paradinhas, um monte de inspirações invadem (e evadem também). E quando eu volto a “caminhar”, já não sigo pelo mesmo caminho. Nessas horas já estou cortando caminho, pegando atalho etc. Tudo para ver se encontro o fio da meada. Mas a questão aqui é a palavra. Tem aquela coisa do regionalismo, do bairrismo... E qualquer “ismo” que vá diminuindo o raio de ação da palavra. Eu mesmo sou “retado” (olhe aí, consulte o Nivaldo Lariú) para usar palavras da minha infância, que só entende quem foi menino (do mesmo bairro) naquela época. Por exemplo: num poema, eu usei a expressão: “pidir pinico” (é assim mesmo!). Quando meu compadre (o poeta Luiz Nazcimentto) leu, ele só achou engraçado por eu ter me lembrado daquela expressão. Outra pessoa logo diria: aqui está errado!. É pedir, e não “pidir” e o nome é penico, não pinico. Também esta pessoa não saberia o significado. O pior é que isso não está em nenhum dicionário, nem no de Nivaldo Lariú.

Se eu tivesse terminado o curso de Letras, teria optado pela Linguística. Eu gosto de como se fala, e não como se escreve.
Eu canto minha aldeia, tentando tornar-me universal. Que não entendam a letra, mas espero que gostem da música.

Vocabulário:
Pidir pinico - Dar-se por vencido, jogar a toalha, entregar os pontos, perder a luta.
Nivaldo Lariú – Autor do livro: “Dicionário de Baianês”
Aurélio - Aurélio Buarque de Holanda – Autor de Dicionários de Língua Portuguesa

A.J. Cardiais
16.07.2011
imagem: google
Poeta