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Não deixe a poesia pura. Deixe um pouco de gordura e algum resquício de loucura.
Faça com que ela não seja mole, nem dura. E que tenha jogo de cintura para requebrar na palavra mostrando sua formosura.
AJ Cardiais
imagem: google
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Poeta
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Sei da responsabilidade de destrinchar esta vida, e apontar uma verdade que muitas vezes é só minha...
Mas a poesia quando se aninha, não pergunta se tenho coragem... Ela passa-me sua mensagem e vai embora.
A poesia adora brincar com o poeta... Passa-lhe uma ideia besta e ele, contente, se "desembesta" para expor “sua ideia"...
Enquanto a poesia está rindo, o poeta está enfrentando uma verdadeira alcateia.
A.J Cardiais imagem: a.j. cardiais
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Poeta
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Não quero só o belo do poema... Quero o estratagema, quero o gemido, quero o zumbido dessa dor no pé do ouvido de algum senhor.
Quero a poesia estapafúrdia, mas que traga misericórdia, que traga algum alento para um ser sedento de atenção.
Eu quero doar minha mão à palavra e lavrar com ela uma velha ideia para esta nova geração: O AMOR.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Este seu biquíni branco, negra, mostrou-me o quanto te desejo.
Cobriria você de beijo, com muito calor, se você sentisse o frio do amor.
Negra, você seria uma bela poesia, se poesia andasse.
Ah negro amor... Negra, a minha dor é só te ver andar no andor.
A.J. Cardiais imagem: mariella santiago (revista Muito nº44)
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Poeta
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O poeta sempre está à cata do que absorver... O poeta precisa viver para escrever.
O poeta precisa amar, precisa sofrer, precisa sonhar...
Precisa se embriagar de vida para se realizar. O poeta é um precisado.
Enquanto o mundo pende para um lado, ele pende para o outro tentando “equilibrar” os sentimentos.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Vou jogando meus poemas para ver se despertam a manhã de um novo dia;
Para ver se acendem uma nova confraria que alimente o povo de pão, de paz e de poesia.
Vou jogando meus poemas como quem joga na loteria: enquanto não sai o resultado, fico acreditando que acertei na poesia.
AJ Cardiais
imagem: google
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Poeta
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Sou como um trem deslizando suave... E qualquer entrave, me tira dos trilhos.
Sou como os estribilhos das canções mais simples, que querem complicar com muitos requintes.
Sou versos banais. Sou coisas e tais. Sou vida e arte...
Se algo me segura, meu verso não atura... Minha poesia se parte.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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A minha poesia só quer transpirar a vida.
A vida frágil a vida fértil a vida dura...
Cada um com sua rima com sua resma com sua loucura.
Cada poeta tem uma meta. E a minha não é ser atleta, para driblar palavras e chutar para fazer gol.
A minha é mostrar o que sou de verdade. Sem medo de pisar na banalidade.
A.J. Cardiais
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Poeta
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Não sei porque escrevo poesia... Talvez por mania, ou somente para mostrar uma mente vazia, desprovida de lucros.
Talvez eu só queira mostrar minha visão das besteiras. Como as bananeiras, chamando a minha atenção.
Sei não, sei não, sei não... Deixa estar, coração. Deixe a arrebentação derrubar o muro da imaginação, para assim jorrar um caldo doce de inspiração, sobre as nossas necessidades.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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O poeta nunca tem dinheiro... O poeta só tem a vida e a poesia.
A vida como passatempo e a poesia como companhia.
É uma heresia querer usar a poesia, só do lado financeiro.
Poesia não lavra dinheiro. Poesia lavra conhecimento.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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