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Eu estou bem, apesar de poucos entenderem o meu “estar bem”...
Não tenho um vintém, mas também não devo a ninguém.
(Será que não? Não lembro bem)
Vou levando minha vida na base das rimas pobres: pobres e nobres amor e flor paixão e coração estrela e vê-la...
E por aí vou, e por aí sigo, perseguido um sonho, sem ficar um segundo se quer acordado para ver se é possível acontecer.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Você não está vendo, mas a vida é uma estrada... Não uma estrada que você pisa, uma estrada que você desliza.
Você segue, às vezes, sem querer por trilhas nunca imaginadas: Você tem um sonho, mas a vida lhe empurra um pesadelo medonho; outra historia nunca sonhada...
E você vai deslizando, segundo os caprichos da vida... Aí você fica me perguntando: e os meus sonhos? E tudo que eu estudei? Então eu lhe respondo: eu não sei...
A.J. Cardiais
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Poeta
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Eu sou poderoso aqui, quando escrevo... Aqui mascaro meu medo, e anestesio minha dor.
Aqui, da tribuna do poema, julgo a vida, imponho um lema.
Aqui, agora, eu sou Poeta... Depois, lá fora, eu sou pateta.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Tenho todas as cores em mim... Você não vá me dizer que isso é ruim!
Se eu cantar, você irá me escutar? Eu sou um romântico em extinção, sei lá...
Já comi poeira da estrada. Hoje "não como nada"... Fico parado observando o desenrolar da vida.
Fico rimando, acanhado, o painel que se descortina, que se desnuda, sem vergonha para as minhas retinas.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Nunca fui um obstinado... Nunca lutei por nada. Sempre segui a estrada, segui a vida segui o vento segui o movimento da maré.
Sempre estive para o que der e vier. Fui um barco à deriva, não me preocupando com minha própria vida.
Se cheguei até aqui, foi por acaso ou por sorte. E digo: nunca me preocupei com a morte.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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A vida é uma festa, aos olhos do poeta que enxerga os detalhes:
Lagartixas no telhado namorando, abraçando o sol.
No céu, as nuvens brincam imitando coisas da terra...
E o poeta dança, brincando com os detalhes, como uma criança.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Sou como um trem deslizando suave... E qualquer entrave, me tira dos trilhos.
Sou como os estribilhos das canções mais simples, que querem complicar com muitos requintes.
Sou versos banais. Sou coisas e tais. Sou vida e arte...
Se algo me segura, meu verso não atura... Minha poesia se parte.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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A minha poesia só quer transpirar a vida.
A vida frágil a vida fértil a vida dura...
Cada um com sua rima com sua resma com sua loucura.
Cada poeta tem uma meta. E a minha não é ser atleta, para driblar palavras e chutar para fazer gol.
A minha é mostrar o que sou de verdade. Sem medo de pisar na banalidade.
A.J. Cardiais
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Poeta
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Tenho meus momentos de loucura e de ficar perdido neste labirinto que se chama vida.
Quanto mais você procura uma saída, sempre encontra uma entrada que, muitas vezes, não leva a nada.
Parece que a vida de quem procura entender a própria Vida, é uma loucura... E quem vive por viver, vive numa doçura.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Passo o meu tempo estudando coisas desnecessárias. Coisas esquecidas, como a terra, por exemplo.
As pessoas esquecem que na terra tem vida, que a terra respira e que é alimento...
E o que fazem? Sufocam ela com cimento. É tão grande a necessidade humana, que se esquece das outras formas de vida.
Se na vida tudo está entrelaçado, quando matamos um lado, morremos em seguida.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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