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Toda vista pôde revelar e ser alcançada. Eu também vi a vista, minhas crianças! Eu vi os navios seguindo seus destinos e sombrios eu os vi levarem acordos de presságios! Transcendências de nossas casas já não conseguimos vislumbrar. Levaram-nos da alma o precioso, o benigno. E o sorriso que te deixei ao mar me retornou em sal. Nossas camas agora são feitas de sal, nossas mesas são talhadas a sal, nossos dias são vestes de sal, nossa espera, nosso tempo, nosso mistério, nossa saliva, o sal... E os navios partem ao longe. E nossas almas dentro deles, só sal vão. E eu não pude mais vê-lo, não pude tocá-lo o semblante, minhas veias endurecidas, petrificadas, minhas crianças sedentas tiveram os lábios rachados. Agora a agonia apartada de todo mar, abraça-me feito anjo em espumas e nossos corpos, nossas lembranças curtidas fazem a dor dentro de mim afogar-se. Ao vento corre agora a despedida, despida de nós, vai te pedindo, te suplicando: “A promessa foi de aventura, nada há que te acorrente ao cais. Leva fios de teus cabelos finos o envelope da mensagem. Deixa o amor, deixa que eu fico aqui na escotilha desta casa a espreitar, todo o Espanto, fincada nesse sal de abismo, nesse silêncio azul que me despela em saudade."
Patricia Porto
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Poeta
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Poeta de mis encantos Usted escribe sus miedos y lágrimas, Tu amor y tus pecados. Con un lápiz sin color, Tu risa, tu dolor, La transformación de restos de poemas. Usted dice que lo que usted en el alma, Con rabia, las lágrimas y la calma, Al igual que si se escribe sólo para mí. Te leo siempre con ternura, A veces, con envidia, También quería escribir así.
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Poeta
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Me duelen las palabras. Si pudera, arrancábalas, una a una, de los tallos que me fustigan a instancias del viento fuerte. La dolor de la amputación es breve. Mayor, es la dolor que mi describe.
O meu espanhol é só tentativa. Se houver algum latino-poeta que me queira corrigir, muito agradeço...
SoloTeresa
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Poeta
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Noche... te conozco... me conoces... Te apoderas de mí cuando a veces me llamas... Escucho tu voz; y se agita mi alma... Y recorro tus sombras; al compás de mis palabras...
Noche, tu conoces mis tristezas Tú bien sabes de mis penas He caminado tu silencio; también he sembrado estrellas Y me cobijo en tus brazos... Cuando como niño he llorado.
Noche... Conozco tu llanto cuando un lucero has perdido Y tú conoces mis luceros... Esos que ya no están conmigo.
Noche... te conozco... me conoces... Cuando frágil me siento y se quebranta mi canto Y se mojan mis ojos con lo que guardo aquí dentro Cuando he gritado te quiero en el sendero del olvido Y se han roto mis lágrimas en trozos de recuerdos.
Anidaré mis ojos en el umbral de la noche Para que acaricie mi alma al caer su rocío Arar en sombras mis sentimientos Y cultivar romances, de amores gitanos
Noche... te he amado... Hermosa, coqueta, pacifica o violenta Celoso de la luna que ilumina tu manto Y celoso del viento que te entrega su canto.
Noche... te conozco... me conoces... Te apoderas de mí cuando a veces me llamas Escucho tu voz; y se agita mi alma Y recorro tus sombras; al compás de mis palabras...
Noche... Aún no quiero un mañana... Quiero ser tu sombra... Oculto en mi ventana...
f.n.h.a.
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Poeta
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Envolveste-me com tamanha sutileza, Que por épocas sequer percebi. Agi como um tolo, E em tolo me tornei. Segui por incontáveis caminhos, todos teus, Deixei-me ser levado por tuas quimeras, Não pensei na dor, Mas seria óbvio que viria. Despercebido protegi-te, Enquanto desprotegia-me. Não obedeci aos sinais, Fui ultrapassando todos os limites; Veloz, não foi possível parar sem me machucar. Que insensatez! Quanta estupidez!
Felizmente você, meu eu, Já não mais tem absoluto influxo sobre nossa vida. Tuas palavras já não me embebedam nos primeiros goles, Seria preciso alto teor para tanto, Seria preciso mais que um dia, Entretanto, vivo só por hoje. O amanhã não mais a mim pertence, Tampouco a ti. Quando acordo, já não é você quem procuro, E como não te procuro, me encontro. Encontro-me, mas não em mim, Alcancei enorme graça, Fui perdoado e me perdoei. Que alívio! Quanta sorte!
Por Magno Ribeiro em 9/6/2009 às 22h34m.
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Poeta
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Às vezes presente, Tantas vezes ausente. Presente ou ausente, Eu tenho fé. Seja do tamanho de um grão, Seja microscópica, Sutil ou intensa, Ela é a minha fé. Se com ela me convenço, sem ela me venço. Se com ela eu falo, sem ela me calo. Se há nela esperança, sem ela nada sou. Nos territórios transitórios da vida, Espero algum dia poder ouvir: A tua fé te salvou!
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Poeta
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Quando chegou, eu ainda Te esperava; A retina já embaçada, Subitamente tornou visível o Teu invisível rosto.
Os meus ultrapassados limites, Passaram entrever doces horizontes, Somente porque Tu chegaste.
Se não fosse a dolente espera, Queria eu Te esperar mais vezes, Tudo para divisar Tua sutil aproximação.
Quando Tu chegas, A imaginação cede lugar ao real, E o silêncio converte-se em euforia.
Porquanto, já não careço saber onde estás, Conquanto a espera cessou. Tu estas bem aqui!
Por Magno Ribeiro em 1/4/2009 (04h45min)
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Poeta
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Foi preciso ver desmoronado o castelo; A areia cedeu ao primeiro sopro.
Foi preciso um novo dilúvio, Para me dar conta que até a fauna sucumbiu;
Foi preciso despir-me por inteiro, Para enxergar sujeira nas minhas vestes;
Foi preciso a reforma; foi precisa.
Precisa pela tempestividade; Precisa em continuidade; Precisa para a eternidade.
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Poeta
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