Poemas :  Poetas e pássaros
Deixem os poetas serem como os pássaros:
cada um com seu versar.
Os pássaros são livres na Natureza.
Cada um com seu cantar.

Há gosto para todo lado...
Tem gente que gosta do trinado
do canário.

Tem gente que gosta do “martelado”
do canção de fogo.
(talvez um ferreiro aposentado)

Há o grasnido do corvo,
o piado do pássaro novo,
o gorjear de todos os pássaros...

Deixem os poetas livres...
Cada um com seu modo
de gorjear.

A.J. Cardiais
07.01.2011
Poeta

Poemas :  Laços espirituais
O teu olhar
de tão distante
a me vigiar...

O teu saber
de tão longe
veio me envolver...

Nos encontramos numa tela.
A poesia (sempre ela)
é o nosso cordão umbilical.

O que nos une
não são os costumes.
São coisas por demais:

É o amor
de um amor
dos laços espirituais.

A.J. Cardiais
07.01.2011
Poeta

Poemas :  Perseguição do sonho
Eu estou bem,
apesar de poucos entenderem
o meu “estar bem”...

Não tenho um vintém,
mas também
não devo a ninguém...

(Será que não? Não lembro bem)

Levo a minha vida
na base das rimas pobres:
pobres e nobres
amor e flor
paixão e coração
estrela e vê-la...

E por aí vou, e por aí sigo,
perseguido um sonho,
sem ficar um segundo se quer
acordado para ver
se é possível de acontecer.

A.J. Cardiais
Poeta

Poemas infantiles :  Profissão de criança
Criança adora ser herói...
E quer ser tanta coisa
que até dói.

Quer ser bombeiro,
policial, delegado,
médico, dentista,
engenheiro, advogado...

Se vai ao circo,
quer ser um trapezista.
Se gosta de algum ator,
quer ser um artista...

Nem falo em jogador,
porque todos querem jogar.
Um quer ser cantor,
porque gosta de cantar.

Se pega um trem,
logo quer ser maquinista.
Quando vê um caminhão,
sonha em ser motorista
e viajar por este mundão...
E assim segue a criança
sempre mudando de profissão.

A.J. Cardiais
02.05.2012
Poeta

Poemas :  Solitário
Hoje estou num dia daqueles...
Daqueles que o poeta sabe:
quando o poema quer invadir,
mas não cabe.

Meus olhos seguem
o movimento da maré,
embora eu esteja no asfalto.
Penso bem alto
para rimar minha fé.

Sambo sozinho e descalço,
pra sentir o drama no pé.
Dizem que a solidão apavora,
mas não a mim.

Acho até que a solidão
não é tão ruim.
E justamente agora,
estou me sentindo assim:
solitário.

A.J. Cardais
06.07.2014
Poeta

Poemas :  Janela para o amor
Abra sua janela, para o Amor...
Não o amor de um só.
O amor de um sol,
que ilumina e aquece
todo mundo, sem distinção.

Abra sua janela para o Amor
e deixe a dor
sair, “de fininho”.

Você nunca estará sozinho.
Terá sempre alguém
querendo lhe dar carinho.

A.J. Cardiais
29/01/2010
Poeta

Poemas :  Se todos estudassem
Se todos estudassem,
como é que seria?
Quem varreria o chão
da padaria?
Quem é que plantaria?

Se todo mundo estudasse,
quem consertaria algo
quando quebrasse?
Quem construiria a mansão?
Quem seria o pedreiro,
o padeiro, o “pião”?

Se todos fossem formados,
como ficaria então?
Quem limparia as sujeiras
do “barão”?
Quanto valeria esta profissão?

Se todos estudassem,
talvez se respeitassem.
E talvez isso acabasse
com esta discriminação.

A.J. Cardiais
30.06.2012
Poeta

Poemas :  Os destruidores
Os gananciosos pensam que o dinheiro
vai levá-los ao paraíso...

E nessa busca desenfreada,
fazem o que for preciso
para encontrar
uma forma de lucrar.

Destroem a Natureza,
para construir uma beleza
artificial.

Depois ficam exaltando
como se tivessem feito
algo fenomenal..

A.J. Cardiais
26.01.2012
imagem: google
Poeta

Poemas :  Caminando con mis Dedos
Me desperté iluminado
cautivado por un par de soles
que, aunque ocultos y guardados
llenan de luz todas mis noches.
Me desperté, atrevido e inquieto,
decidido a conquistar tus fueros,
con el coraje de un guerrero
a explorar tus curvas y senderos.
Me desperté, y salí a dar un paseo
como gotas de rocío,
dejé deslizar mis dedos,
por el más dulce terreno
que en la vida, hubiese visto.

Salí a delinear con sus huellas
una gran obra maestra
sobre suave lienzo canela
dejé volar al viento mis velas
mi imaginación y mis quimeras
por tus valles y mis instintos
tu cintura de sirena,
y tus labios rojopintos.

Comencé en lo más bajo,
embelesado por tus deltas,
10 ramificaciones perfectas,
Abreboca a lo a divino,
Que me llevaron de lo lindo,
a querer seguir explorando
No detenerme, hasta tanto
No encontrara mi destino,
Y como un cazador furtivo
Salí a buscar tu pura esencia
Tus aromas cual elegante vino
Embriagaron mi conciencia

Siguiéndoles el rastro,
Trepé por dos cordilleras,
Mármol dejaban en su estela
Que se iban ensanchando
seguiría caminando
con ansias de conseguir
lo que solo aves volando
llegan a poder sentir

En medio de tan exquisito viaje
alcanzaría tu monte de venus
cúspide que esconde el cielo
bajo una cueva fascinante
Quise sin remedio adentrarme,
Pensé mejor, en hacerlo luego,
Y es que sólo se puede alcanzar el cielo,
Si se han ganado los méritos antes.

Continué mi expedición,
Me llevó a una plácida planicie,
En su centro mi perdición,
De mi cordura el desquicie,

Era un volcán hundido,
caminé por sus laderas,
en un mundo perdido,
de agujeros y de estrellas.

Produje grandes reacciones
que podrían despertar la naturaleza
varios susurros de canciones
lograron ocultar mis huellas
Proseguí con mi paseo magistral
avisté dos grandes montañas
El más hermoso dúo de hermanas
Que dedos quisieran escalar,
no puede contenerme y me deje llevar,
mi ascenso hacia los montes del olimpo,
causaron mis dedos al pasar erizos,
y cambios que no puedo explicar.

El planeta dio una vuelta, todo giraba,
y encontré un plató perdido,
como un lago en calma, al infinito,
por cristal mis dedos patinaban,
dibujaban corazones en tu espalda,
y en una danza sin tregua,
la plenitud se hizo eterna,
y así despuntaba la mañana.

Se escuchó de ti una queja
o quizás un dulce gemido,
solo sé que estuve perdido,
absorto en tu piel tersa,

Dos montes, los más grandes,
me faltaba acariciar,
de tu espalda me dejé rodar,
y encontré la cumbre de tus Alpes.

El caminar se convirtió arte
Al lograrlas esbozar
Y ya extasiados de caminar
Me quedé jugando en esa parte

Ante mi erigidos imponentes,
Dos macizos de diamante,
Se nublaba ya mi mente,
El corazón aceleraba cada instante

Crecía poco a poco la ilusión
Se abrieron ante mi tus cordilleras
Despertó el fuego y la pasión
Cayeron todas las barreras


Tras todo el camino andado
Entendí que mi paseo
Me había ganado un ticket al cielo
Y a sus ríos encantados

Mojarme en ellos solo quiero
Morirme ahogado en sus riveras
Fundirnos al calor del hierro
Fusionar las almas en la entrega

Ver tus dos soles salir de nuevo
Sentir la luz de tu mirada
Entregarte la vida en un te quiero
Y mi alma enamorada
Poeta

Poemas :  O amor dos gatos
O amor dos gatos
Os gatos não fazem silêncio
quando estão fazendo amor.
Os cães fazem.

Os gatos só fazem amor à noite.
Não é a qualquer hora,
como os cães.

Mas, logo à noite,
quando estamos dormindo!

Quando os gatos estão namorando,
os cães ficam ladrado
e acabam nos acordando.

A.J. Cardiais
21.07. 2010
Poeta