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Abraço a manhã com o sol nascente. Vem um café quente exalando seu sabor.
Uma fumaçinha de poesia, começa a enfeitar o dia com as cores do amor.
Confusões externas interferem em meu poema. São as desafinações da vida.
E desafinado eu sigo... Fingindo que não ligo, traço uma poesia perdida.
A.J. Cardiais 25/10/2012
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Poeta
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Deixo a vida seguir seu curso, porque nem tudo está sob nosso pulso. Nem tudo está sob nosso comando. E o que “parece estar”, ficará até quando?
Tem coisas que saem do trilho, mesmo com uma boa direção. Tem maquina que emperra, mesmo com manutenção. Tem gente que faz checape, mesmo assim morre de enfarte...
A vida brinca com a gente, e a gente brinca de viver. Tem coisas dessa vida que a gente só vai saber depois que morrer.
A.J. Cardiais
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Poeta
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Estou aqui, espelho… Olho-me ao léu e rimo com um velho, que quer ir pro céu.
Meus horizontes foram cruzados de déu-em-déu: fazendo poemas, passando o chapéu, vivendo sonhos à granel.
Estou aqui, espelho… Sou um poeta velho sem sol, sem zelo…
Sou a reticência ou a interrogação da vida. Não sou modelo.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Quem não ama não vive, vegeta. Pela simplicidade da frase, alguém já deve ter dito (ou escrito) isso. O título da crônica também, se não estou enganado, é de uma musica. Bem, mas “tomando emprestado” ou não, a frase e o título, eu pergunto: que sentido tem a vida de quem não ama nada, nem ninguém? Eu me refiro aqui a um amor geral, mais ampliado. Não estou me referindo ao amor homem x mulher. Este, muitas vezes, se torna uma coisa obsessiva, doentia. A pessoa fica presa e quer manter o “objeto” da sua obsessão preso também. Eu quero saber do amor que liberta, que dá sentido e sabor ao ato de viver. Neste sentido eu posso dizer que sou rico: tenho vários amores. Quando um não resolve meu problema, busco outro. E assim vou levando a vida, ou deixando que ela me leve. É por isso que eu gosto de dizer que o amor é meu combustível: sem amor, eu não ando. Até o ato de escrever, eu só faço por amor, por prazer. Talvez se fosse “por dever”, eu não conseguisse escrever nada. É justamente por isso que eu não gosto de me “intitular” de escritor. Clarice Lispector se dizia amadora talvez por isso: só escrevia por amor. Escritor para mim é aquela pessoa que para, pensa e escreve. Já vive “programado” para escrever. Eu nunca me programei para nada. Gosto de viver à mercê da inspiração. Sou como Dorival Caymmi: as indústrias fonográficas queriam que ele “produzisse musica”, mas ele só fazia quando tinha inspiração.
Mas voltando ao título, tem gente que tem um amor só: o amor ao dinheiro, o amor ao luxo... Essas pessoas às vezes nem tem dinheiro, nem luxam, mas vivem se deslumbrando com as que têm e ficam se exibindo, para deleite dos pobres amadores. Outras, por não amar alguém, amam seu carro, seu bicho de estimação, sua plantinha, sua casa, sua religião, seu grupo, seu time... E assim vão morrendo aos poucos.
A.J. Cardiais 22/09/2013 imagem: a.j. cardiais
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Poeta
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Já perdi muita coisa na vida. Porém ganhei outras que não estavam na relação. Já mudei de rumo e de estratégia muitas vezes, por força da situação...
Já me conformei, chorei, briguei, insisti, desisti, venci, perdi... Já, já, já tudo... (ou quase).
Hoje eu digo que Vivi... Mas, pra viver tudo isso (ou quase), é preciso uma base: se sentir feliz.
A.J. Cardiais 12.04.2000 imagem: google
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Poeta
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POBREZA (Soneto) Autor : Miguel Maria Victorero ( Español ).
La fusta de la pobreza me castigaba. Mi vida era una flecha tendida para ganar tu riqueza. Dolor fue la única pieza que cobré. (¡Pobre mi vida que igual que flecha perdida nunca hallará tu belleza !). Te evoco solo expatriado y en mi altivez humillado mi vida inútil maldigo... Y lloro... ¡ Que es dura ley tener ensueños de rey para despertar mendigo !.
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Poeta
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Não sou poeta de gabinete. (eu já disse isso) Vivo com meu estilete recortando a vida...
E cada fim do dia é uma despedida. Você repare o sol sumindo: ele não desce sorrindo... Também não desce chorando.
Ele desce fingindo que o dia está acabando e que a noite vem chegando.
O que é a noite, senão o lado escuro do dia? Então a vida está na escuridão.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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De grão em grão, vamos levando a vida. Esta vida consumida em busca da razão.
Um grão de alegria um grão de tristeza um grão de fantasia um grão de certeza...
Um grão de dor um grão de alento muitos grãos de amor...
Um grão de ilusão alguns de conhecimento e outros tantos de paixão.
E vamos nesse movimento até entrarmos no caixão.
A.J. Cardiais 13.06.2014 imagem: google
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Poeta
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Teimo em dizer: sou Feliz! Apesar dos percalços que corroem minha pele, e dos desafios que a vida me impõe, eu sou um ser feliz.
A felicidade vem de dentro pra fora. Não são os bens materiais a minha opção.
Tenho em meu coração a certeza de amar demais. Amor a tudo: amo as plantas, amo os animais...
Amo a música, amo a Natureza: rios, mares, florestas... Um ser inanimado qualquer. E meu coração vive em festa por amar você, mulher.
A.J. Cardiais 02.01.2009 imagem: google
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Poeta
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Fico observando os pormenores da vida, que essa gente distraída deixa passar em branco.
A vida tem seus encantos, mas é uma bola dividida: às vezes, quem sorri na ida, volta chorando aos prantos.
A vida é boa, mas nem tanto... Tem muita gente ruim... Tem muita gente afim de desafinar qualquer canto.
A.J. Cardiais Poema do livro Caricatura do Caos
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Poeta
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