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Soy el pajarillo aquel que de cuando en vez, llega a tu ventana. Ese, el de trinar triste, pero armonioso. Ese, el que va a beber de tus recuerdos. El que esparce con el alma tu alegría. .
f.n.h.a.
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Poeta
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He buscado sus rostros dibujados en las noches. Sus inocentes sonrisas, en un rayo de luna. He seguido sus llantos cual llover del camino. Para tomar sus manos escondidas de las mías. Y ha llorado mi alma, ocultando las lágrimas. Que gota a gota cayeron... como el sinfín de mis días.
f.n.h.a
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Poeta
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Tu ilusión se diluye en lágrimas, que me abandonan, igual que haz hecho tú...
Como una diosa, indiferente y pagana, azotas mis sueños con el vendabal de tu huida, los azotas y los arrastras, dejandolos abandonados a su suerte en medio de esta borrascosa soledad...
Y yo, inocente y confuso mortal, sacrifico tu olvido en mi recuerdo y me dedico humildemente a adorarte, entregándote como ofrenda cada noche mi inutil y gastada tristeza, que vive llorando el vacío de lo que no volverá...
Juan Leandro Alzugaray
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Poeta
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A MATÉRIA QUE RENEGAS
O que mais pode me doer que a solidão? Meus ouvidos estão cerrados Exceto a o som estridente Desta matéria impulsiva; Madeira e cordas Ombros e mãos de um angustiado; Que ao decorar as notas Absorveu a alma de um tal miserável; Ao longe bem ao longe Posso senti-la me horripilando; Veiculadas ao ar Como faca nos meus tímpanos; Meus olhos vendados Perseguem as sombras Que se movimentam; O que passa por mim As meninas entorpecidas Passam-me por despercebidas; Meus lábios sim provaram A sede de esquecer alguém; Como o ribeirão profundo Ou o mais seco dos desertos; Porem o que restou? Eu nunca soube ao certo Onde pairavam meus pensamentos Adrenalina das minhas veias Levaram-me a caminhos Que eu não queria ir; Eis me aqui Estilhaços dos meus ossos Não mais me vês Não estou aqui! Exceto a matéria que renegas Não estendas as tuas mãos em vão Nem te apiedas deste fraco; No coração deste instrumento Está a esperança que me atormenta No cansaço deste humano músico A dor deste miserável ecoa A solidão e a saudade São irmãs inseparáveis E moram aqui comigo Desde que partiu.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli Village Outubro de 2008 no dia 20
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Poeta
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A MÃO QUE MACHUCA A ROSA
Mão direita, indefesa, cheia de tristeza Mão que afaga, hipócrita, escassa Mão carente, persistente, displicente Mão de súplica, estúpida, que machuca Mão pequena, quebrantada, que envenena Mão apática, cansada, sádica Mão solitária, perversa, ordinária Mão que planta, destrói, mão que arranca Mão que trai, sem amor, dói de mais Mão honesta, rude, que detesta Mão sem jeito, absurda, sem direito Mão marruda, violenta, que derruba Mão amiga, de intriga, mão que briga Mão amável, detestável, vulnerável Mão que escora, sobre o rosto, mão que chora Mão que assola, que consola, desconforta Mão que assusta, sem carinho, mão astuta Mão que arde, sem saudade, mão covarde Mão direita, sedenta, imperfeita Mão dolorosa, assombrosa, Mão que machuca a rosa.
Existe um buraco em minha alma Para mim é adeus, pra você é saudade... Por quem o sino vai tocar.
A poesia mais triste de minha vida. Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli Outubro de 2001 no dia 05
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Poeta
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A LUA VEIO NÃO
Hoje a lua está tão bela, singela... Posso ver dentre as cortinas Amarela, da janela, a lua tão bela.
Hoje a lua está tão tímida, desinibida... Posso vê-la escondida, sem vida! Da guarita, a lua tão tímida.
Hoje a lua está tão fria, perdeu a magia... Posso vê-la banhada de orgia Sentado no banco da praça, a lua tão fria.
Hoje a lua está de tarde, na metade... Posso vê-la sem vaidade, sem claridade! Tenho saudade, da lua, esta tarde.
Hoje a lua está tão cheia, vagueia... Posso vê-la da fogueira, até tonteia! Embriagada no céu, a lua que vagueia.
Hoje a lua está de luto, absoluto... Poso vê-la em tom escuro, astuto! Caminhando como um vulto, a lua de luto.
Hoje a lua está minguante, delirante... Posso vê-la tão errante, num instante! Contemplando os amantes, alua fascinante.
Hoje a lua veio não, solidão... Não posso vê-la do sótão, sem razão! Não me deu explicação, talvez esteja... Escondida no Japão, a lua veio não.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli 19/setembro/2001 Itaquaquecetuba (sp)
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Poeta
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A LETRA DESTA MINHA VIDA
Alguém compôs a letra desta minha vida Composição inteligente me confiou este papel Autor e compositor de prazeres e de dor Calculista e cruel! Alguém que escreveu mais tristezas que alegrias Que apesar da valentia descrevida pelo artista Ao fazer parte de uma estória que passou despercebida Na malicia do autor um interprete quase perfeito Por sua infinita dor no soar de um leve instrumento As tristes vozes de um lamento Perdidos como música e letras No coral de uma só tristeza O sentimento de um coração rústico Que baila descontente sobre a paz que está de luto Não há quem possa mudar esta letra sentida Tocada pelos acordes amantes E atores improvisados desta vida O aplauso de valores insensatos Na quietude de um sorriso interpretado por um palhaço.
Escrito por Marcelo Henrique Zacarelli Maio de 2002 no dia 09
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Poeta
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A HISTÓRIA DA BOLA
Lá vem a bola Desacreditada de si mesma Às vezes vem rolando, chorando... Lá vem ela Otimista procurando o gol Insatisfeita e realista Vem sendo chutada desprezada Um pouco apressada À procura do gol.
Lá vem a bola Indignada por si mesma Nos campos de pelada Maltratada e pisada Lá vem ela Oportunista e mal intencionada Protagonista da garotada Um pouco cansada A caminho do gol.
Lá vem a bola Idolatrada, mas não por si Observada pela torcida impaciente Adorada e odiada ao mesmo tempo Lá vem ela
Disputada e disparada A caminho do gol Mas a trave desesperada a impede A incrédula bola Despede-se do gol
Lá vem a bola Estática por si mesma Ansiosa na marca da cal Com frio na barriga No momento do gol Lá vem ela Espalhafatosa e veloz Rompendo a linha divisória É gol... I ki golaço Como diria Silvério Alegria de uns Tristeza de outros Lá vem a bola outra vez A caminho do centro Carregada com tristeza Por quem a pegou.
Esta é uma justa homenagem à bola Que num espaço de 90 minutos Pode fazer sorrir e chorar Ao mesmo tempo Uma mesma pessoa.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli Agosto de 2003 no dia 05 Itaquaquecetuba (sp)
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Poeta
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A FRAUDE DE UM QUADRO
Seria fraude do pintor Ou seria tal pincel subordinado Para que atentasse à beleza deste quadro De mãos tremulas intermináveis Oculta em seu conteúdo duvidava... Causando um narcótico premeditado Sobre a exuberante obra do pintor Artista habilidoso, submisso e vaidoso... Subsecivo ao decifrar tamanha exatidão O seu pensamento inepto e inerte Incontrolável pela obsessão De um sentimento estranho Seria o tal insensato, entusiasta ou banal... Em seu conteúdo contestado A exposição dos amantes imaginários O rosto triste de uma criança que sorria O boêmio narciso na qual descansava Nos seios da mãe prostituída Um curioso milionário Não entendeu tamanha revelação Pois comprou a obra-prima sem explicação Na malicia do pintor Talvez estivesse a resposta Inconformado e impaciente O comprador questionou! Não o sorriso da criança Mas da mãe a visível apreensão Ao longe esta ouvira dizer Promessas de um político em ação... Replicou o comprador! Não vejo nenhum político senhor Treplicou o insolente pintor! Não reparou que todo político Esconde-se por trás de suas palavras.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli Maio de 2002 no dia 03 Itaquaquecetuba ( SP )
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Poeta
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A DOR DO PARTO
Vara-me a madrugada E me assalta de imaginações Cala-me a voz Como a noite sozinha E vadia meus prazeres... Segundos me separam De realizar um absurdo E detém-me acordado Na prisão de um quarto; Vara-me estranho julgar Dilacera-me de indagações Enfarta-me no algoz Como a morte faminta Na gula de haveres... Vara-me em absoluto Como o filho de fato Que me parte neste ato; Vara-me a luz que me cega De terríveis alucinações Cala-me coração em nós Nesta despedida Eis que é tua meus sofreres... Segundos me separam Deste mundo Uma vida na qual dado Foi tomado Na mesa de um parto.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli Village Dezembro de 2008 no dia 22
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