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LA RUEDA GIGANTE
Por mucho que sea el deseo, de salir e poner los pies en tierra firme, no podemos. Arriba tocamos casi las nubes, soñamos, los pájaros pasan por nosotros, sentimos una libertad inmensa, llena de esperanzas. Cuanta cosa deseamos e soñamos, Pero al empezar a bajar la brutalidad de la realidad nos coge. Mientras soñando éramos casi felices, el tiempo pasó y casi nada tenemos, a no ser el espejo que nos grita: "Tu tiempo de soñar casi ha terminado." Al rededor miramos e casi nada quedó. Solo recuerdos, esperanzas perdidas, amores olvidados, juventud que no supimos disfrutar. Unas cuantas migajas, que quedaran en los bolsillos, de tiempos pasados, que la navaja de la ingratitud ajena rompió. Madre sin hijos, abuela sin nietos, como arena de desierto, vamos con el viento a parte ninguna. Ya hemos sido todo, guardián de la Familia, la que no vivió, para que todos vivieran. Lo único que queda es que piensen que aun somos seres humanos, no la herencia que al morir dejaremos, si algo tenemos que quieran. No acuso, no perdono, no olvido. Solo quiero justicia Divina e que reciban lo que merecen. Tristeza por tener que haber residencias para mayores, soledad infinita en ojos cansados de tanto llorar, sin lágrimas, pero con el corazón, sangrando. En la rueda de la vida, aun ando, subiendo abro mi alma a la esperanza a mis deseos e sueños. Llegando arriba, los cierro e hago por no sentir nada, olvidar todo e esperar que vuelva a subir. Oporto, 04-Julio 2015
Carminha Nieves
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Poeta
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*Tenho pensado muito que tenho pouco tempo para ser o que sou. Por muito que se faça o corpo modifica, tenho dado muita atenção a quem vejo e nota-se que se definha, o andar, as costas, postura de cansaço, diz sem querer a idade que se tem. Por muito que se tente em centros de estética, a idade entra em nós e não se pode esconder. Um pouco enganados porque o espelho só mostra a nossa frente, o ar que deixamos ao passar é de muitos anos. Pudesse dar dez dos meus anos ao meu companheiro. Era tão bom! Consciente de mim e da natureza, uma tristeza invade o meu coração. Tenho muita pena. Queria tanto não ter a minha idade! Fiz contas e ser como sou se Deus me der saúde cinco, ou quatro anos restam para não ser ridícula. Então que fazer? Simples, viver o amanhã já hoje, usufruir do poder de compra e ter prazer em fazer tudo o que o dinheiro me pode dar. Ser livre, não poupar, nem fazer contas, seguir em frente e viver tudo quanto possa deixando uma reserva para quando sinta que devo, acomodar-me a ter uma vida diferente, ou seja da terceira idade. Lágrimas escondidas, retidas dentro de mim, sensação de impotência de não poder modificar a natureza. Na leveza do ser, tudo está, mesmo a fantasia de pensar que comigo vai ser diferente. Por pensar e meditar em tudo, sou duma frieza para comigo, que não a tenho para com os outros. Quando rodeada de gente analiso todos. Se soubessem como corre o tempo depois dos quarenta de certeza que seriam mais humildes. Sem darem conta estão no fim da representação no palco da vida. Quando se tem quarenta, os de vinte não os catalogam, sessenta, os primeiros chamam-lhe cotas, os de quarenta não notam a diferença. E assim por diante. Mas setenta, já são diferente, aproveitam sempre para dar alfinetadas encobertas. Noto-as bem. É aí que com atenção vejo o decote atrevido, peito subido á força e a pele um pouco envelhecida. Cabelos brancos que teimam em brilhar entre os pintados. Sem luminosidade, opaca a pele da cara e pescoço, avisa que está sem juventude. No fundo desejam estar como eu se chegarem à minha idade. Mas o egoísmo é muito e não aceitam que se note a minha presença jovial, pouca maquilhagem e fresca, mas clássica. Cinquenta ou sessenta é igual, vestem roupa mais juvenil, mas a idade está lá, assim como a de Todos. Não me zango, mas sei que criticam que viva com alguém mais novo vinte anos. E graças a Deus que assim é. De outra maneira viveria num hotel entre quatro paredes, num espaço mínimo. Uma solitária renegada pelos filhos e netos sem família, só pode agradecer a companhia que teve como presente sem contar num momento tão difícil na vida. Não forcei, não comprei, não fingi, só pago com carinho e amizade. Nada pede, nada quer monetariamente. Nós só queremos sinceridade e o carinho imenso que nos une. Ninguém deve tentar julgar, o sentimento que nos une. Pois nem eu sei qual é. Por isso lhe digo; Se pudesse dar-te dez anos era muito bom; Podia ter mais tempo para disfrutar da sua companhia. É a realidade e estou um pouco triste, só por essa razão.* Porto,16 de Junho de 2015 Carminha Nieves
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Poeta
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*Tenho pensado muito que tenho pouco tempo para ser o que sou. Por muito que se faça o corpo modifica, tenho dado muita atenção a quem vejo e nota-se que se definha, o andar, as costas, postura de cansaço, diz sem querer a idade que se tem. Por muito que se tente em centros de estética, a idade entra em nós e não se pode esconder. Um pouco enganados porque o espelho só mostra a nossa frente, o ar que deixamos ao passar é de muitos anos. Pudesse dar dez dos meus anos ao meu companheiro. Era tão bom! Consciente de mim e da natureza, uma tristeza invade o meu coração. Tenho muita pena. Queria tanto não ter a minha idade! Fiz contas e ser como sou se Deus me der saúde cinco, ou quatro anos restam para não ser ridícula. Então que fazer? Simples, viver o amanhã já hoje, usufruir do poder de compra e ter prazer em fazer tudo o que o dinheiro me pode dar. Ser livre, não poupar, nem fazer contas, seguir em frente e viver tudo quanto possa deixando uma reserva para quando sinta que devo, acomodar-me a ter uma vida diferente, ou seja da terceira idade. Lágrimas escondidas, retidas dentro de mim, sensação de impotência de não poder modificar a natureza. Na leveza do ser, tudo está, mesmo a fantasia de pensar que comigo vai ser diferente. Por pensar e meditar em tudo, sou duma frieza para comigo, que não a tenho para com os outros. Quando rodeada de gente analiso todos. Se soubessem como corre o tempo depois dos quarenta de certeza que seriam mais humildes. Sem darem conta estão no fim da representação no palco da vida. Quando se tem quarenta, os de vinte não os catalogam, sessenta, os primeiros chamam-lhe cotas, os de quarenta não notam a diferença. E assim por diante. Mas setenta, já são diferente, aproveitam sempre para dar alfinetadas encobertas. Noto-as bem. É aí que com atenção vejo o decote atrevido, peito subido á força e a pele um pouco envelhecida. Cabelos brancos que teimam em brilhar entre os pintados. Sem luminosidade, opaca a pele da cara e pescoço, avisa que está sem juventude. No fundo desejam estar como eu se chegarem à minha idade. Mas o egoísmo é muito e não aceitam que se note a minha presença jovial, pouca maquilhagem e fresca, mas clássica. Cinquenta ou sessenta é igual, vestem roupa mais juvenil, mas a idade está lá, assim como a de Todos. Não me zango, mas sei que criticam que viva com alguém mais novo vinte anos. E graças a Deus que assim é. De outra maneira viveria num hotel entre quatro paredes, num espaço mínimo. Uma solitária renegada pelos filhos e netos sem família, só pode agradecer a companhia que teve como presente sem contar num momento tão difícil na vida. Não forcei, não comprei, não fingi, só pago com carinho e amizade. Nada pede, nada quer monetariamente. Nós só queremos sinceridade e o carinho imenso que nos une. Ninguém deve tentar julgar, o sentimento que nos une. Pois nem eu sei qual é. Por isso lhe digo; Se pudesse dar-te dez anos era muito bom; Podia ter mais tempo para disfrutar da sua companhia. É a realidade e estou um pouco triste, só por essa razão.* Porto,16 de Junho de 2015 Carminha Nieves
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Poeta
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Nunca tenhas grandes ilusões. Depressa desaparecem, fica só a lembrança e a tristeza de termos sido levianamente donas do que queríamos. Pés assentes com firmeza no chão irregular da vida, com muita atenção, caminhar em frente, mas somente na certeza que não podes alisar o chão. Nada termina, tudo se perpetua no pensamento. Castigamo-nos com palavras ditas em silêncio, arrependemo-nos por termos pensado que tudo no futuro iria ser o paraíso. O ar que respiramos corrói, dias atrás de dia, os defeitos que fingíamos não ver, suplantam qualquer sentimento por muito forte que tivessem sido. Sempre assim foi e assim será. Entristece-me ouvir projectos para o futuro, a alegria e entusiasmo porque se vão casar. Quantos anos irão durar? Três, quatro, um pouco mais? Ser libre, ser dono de si, é o que importa. Pode-se amar com intensidade, sonhar sem limites, mas sem correntes, que nos prendem a outra pessoa. Quanto mais nos sacrificamos inconscientemente, em nome da sensatez e aceitação pela sociedade, ou família, menos teremos no final. Saber estar na vida, no nosso lugar, termos o que precisamos para fazer de conta que somos felizes importa muito. Intercaladas lagrimas e sorrisos, vivemos como queremos, ou podemos, mas nunca por obrigação. O entorno que nos rodeia, muda, com muita rapidez, morrem sentidos das palavras, como lealdade, honestidade, verdade, respeito e muitas mais. Neste momento sou criticada, afastada, por “amigas”. As mesmas que me encorajaram a viver a minha vida, deram força para lutar, por mim. Fazendo de conta que não sei, como judas beijo-as, sorrio e sinto pena da pobreza em que se escondem para não assumir que é inveja, falta de coragem para fazer o mesmo que eu. Muita broa dura teria que comer para me enganar. Se soubessem o poder que tenho para discernir o verdadeiro do falso, em vez de virem ter comigo simplesmente afastavam-se. Ficavam melhor na fotografia… Cá ando como caçador, na floresta virgem e selvagem, em busca da sabedoria complicada de entender o ser humano. A mim não me entendem. Óptimo. Não penso esclarecer ninguém. Se me conheço e sei como sou e o que sou basta-me. Com orgulho, com vaidade, aceito a ignorância dos outros. Se Deus me brindou com inteligência e acuidade para ver além do que é visível, agradeço. Não adivinho o futuro, nem sei o meu, mas gasto muitas horas a estudar o comportamento humano e os sentimentos que fazem parte inseparável de cada um. Anos, levei para escrever e consegui publicá-lo. A muitos ofereci-o, de certeza que muito poucos o leram. Nem por um segundo se deram ao trabalho, pena, talvez tivessem aprendido alguma coisa. Não sonhem por favor que me enganam. Sei como é. Sei como pensam. Sei como fingem. Mas não estou zangada, nem pensar, até aceito que não sou nada para muitos. Felizmente não sou como um cangalheiro, de luto vestida, mas a pensar no lucro de quem vai a enterrar. Quero todos vivos, com saúde e um pouco felizes ou muito. Cada um precisa de alguma coisa, que a encontre. Neste dia com sol e calor, sou um pouco feliz. Porto,27 de Maio de 2015 Carminha Nieves
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Poeta
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Como grãos de milho, caídos do saco gasto das ilusões que tive, pelo caminho do tempo. Nada tenho que me impulse a escrever, a vida esvaziou-me o pensamento. Da alma plena de amor, de desejos, de esperança, certezas falsas, nada quase ficou. Um vazio gélido, um acordar sem rumo, uma onda barrenta, amarelada, suja a areia da praia onde deitada sonhava que as estrelas estavam perto e que as podia tocar. Silêncio que sufoca o entardecer da vida que me resta. Como tanto mudou em pouco tempo tem explicação. Fazendo uma retrospectiva, não encontro o momento da ruptura do que tinha e acabou. Como água a ferver evaporou-se, recipiente seco e em brasa ficou na chama do sonho. Sem vontade de nada, não encontro algo que me impulse a ser o que era. Coisa vaga sem rumo nem ilusões vivo o tempo. Nem pensar quero. Desleixo de sentimentos, sou vagabunda numa vida desconhecida imposta. Nem chorar consigo, afinal não sou nada para ninguém. Bem queria mudar e voltar a sentir emoções mesmo que magoada ficasse. Mas sequei as lagrimas sofridas, as noites acordada deitada no sofá a tentar entender. Vida que fizeste tu de mim? Porque me tratas assim, se tu és a minha Mãe? Diz-me o porque e qual a razão desta solidão, destes braços pendentes, destas mãos vazias. Se dei vida a outros, se dei água a quem tinha sede, se tirei da minha boca alimento para quem tinha fome, porquê este castigo? Despojei-me de uma imensidão de coisas para dar aos outros, hoje nem uma migalha de carinho recebo. A face em que alguém me dá beijos, é outra parte da vida, assim como o corpo que recebe abraços. Agradeço a quem o faz, mas uma parte de mim faminta de compreensão com vínculos indestrutíveis está vazia, é um sentir tão amargo! Como é possível em três anos, mudar tanto o viver de uma pessoa. Nem me recordo da última gargalhada feliz que dei. Posso comer pão duro, posso ser pobre, posso passar frio, mas o coração precisa de muito mais. E não tem nada. Cansaço da vida, cansaço de mim, cansaço de lutar pela verdade, sem esperança, que um dia um pedido de perdão e um abraço me devolva o que pensei que tinha. Carminha, Carminha, Carmela de sapato branco e meia amarela, como cantava a minha Mãe, volte para dentro de mim. Sou desconhecida dentro de mim. Sou estranha encaixada na verdadeira pessoa que sempre fui. E assim é a vida. E assim é o meu destino. E assim sem viver vivo como posso, nesta fase difícil. Não quero pensar que vai mudar, desilusões, não quero mais ter. Basta! Chega! Assim, é o ser humano, quando o lado obscuro, como trevas corrompe a luz da lealdade e capacidade de discernir o bem do mal. Batalhei sem descanso, perdi a batalha e perdi quase tudo que das entranhas gerei. Enganados estão outro ventre não terão, nem o verdadeiro amor de Mãe. Assim escolheram, assim será. Viverão a pisar as minhas lagrimas, se estão felizes que continuem. Nada posso humanamente fazer. Que a justiça Divina faça o julgamento e castigue os culpados. Eu era, eu sou e serei sempre eu. Ceifada, do meu campo onde as minhas raízes, estão continuarei a alimentá-las para viver. Entre tempestades algum sol terei. Assim espero, pois desejar já não o fasço. Quero só a mão de Deus a segurar a minha e viver com um pouco de paz e força para poder retribuir do que resta de mim os abraços e beijos que recebo com carinho de alguém. Porto, 22 d2 Maio de 2015 Carminha Nieves
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Poeta
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Muito jovem e inocente, queria tocar piano, compor melodias eternas. Queria ser bailarina voar leve em pontas, com os meus gatos e cães como expectadores. Nunca pensei em casar, adorava estar à janela da galeria, ver as estrelas e elevar-me a sítios que não existem, queria ser a alegria dos outros, sei lá. Pobre criança que aos lobos foi deitada, tão indefesa. Com maldade, ou premeditado nunca fiz nada de mal. Mas na santa inocência e ignorância algumas coisas fiz. Sem arrependimentos hoje choro a juventude perdida, sonhos, desejos. Era tão pouco! Só queria tirar das notas do meu piano canções por inventar e dançar envolta em sedas e como pluma de uma ave qualquer abraçar as nuvens e o céu. Toda a vida esperei que algum desejo fosse realizado. Mas em vão, aqui cheguei sem nada mãos vazias, só a recordação de criança tenho no meu querer. Adoro música, suave que como cordas de uma harpa, arrepiam e transformam a lagrima em desejo de conseguir chegar a algum sonho que viva dentro de mim. Ninguém me vê, só. Falo com Deus e não tenho resposta. Cara molhada, respiração ofegante, por vezes um grito camuflado, suspiros profundos, de uma tristeza sem tamanho, toda a manhã ou tarde sou a enjeitada, a pobre, a infeliz, que por algo especial meto inveja, quando de mascara saio e estou entre a gente. Pergunto que e de quem estou a pagar pecados? Não entendo. Estou cansada, magoada, infeliz, porque o que me deu alegrias e um pouco de felicidade nunca mais voltará a dar. Coração aberto absorve toda a magia dos sons da musica, sinto-o abraçá-la, sei porquê, é o passado cheio de sonhos dentro de mim, que bailam, correm, choram e amam a simplicidade do meu ser. Quando morrer quero a minha música a tocar baixinho. Só eu e ela. Família nunca. Se abandonada estou em vida, não quero ninguém junto ao meu corpo inerte. No notário já estão as minhas últimas vontades. Assim será. Só as mãos que me amparam hoje podem lá estar. As estendidas á espera do que em hipótese posso deixar, não. Tenho tantas saudades hoje! Incómoda, só quero deixar deslizar as lagrimas pelas rugas que as tenho com orgulho e carinho e ter alguém que as aceita. Hoje nem um telefonema, nem um faz de conta que sou Mãe, me demovem do caminho que escolhi no meio dos destroços em que deixaram a minha vida. Para as Mães felizes um abraço, que sempre sintam o amor dos filhos, incondicional e puro. Porto, 3 de Maio de 2015 Carminha Nieves
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Poeta
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GRACIAS PRIMO.
Ya fui Madre, flores he recibido, hoy no sé la fecha de su día. Mucho sufrí, incomprensión de mi parte, para entender cómo fue que todo se haya volcado en la pesadilla desilusionada de no ser nada hoy. A la mía la tengo en mi corazón, hace ya el día cinco de Junio que partió, 35 años justos. Mucho tiempo, para mí fue ayer. Pero yo soy humana e tengo sentimientos, como mucha gente, por infelicidad no los he pasado a mi hija. Dios manda, yo acepto. Nada puedo hacer, mi destino es este. Quiero mi vida transparente e este corazón que tantos ama, cada uno tiene su sitio. Nadie puede obligar a nadie a ser como nosotros. Así acepto e dulcemente hago de cuenta que no pasa nada e que soy aun Madre de alguien. Gracias Joaquín, no perdono al destino no haberte conocido mucho tiempo atrás. Si pudiera haber elegido, solo gente como tu serian mi compañía mismo en la distancia para haber sido un poco Más feliz. Cuando pasabamos horas mandando mensajes por MSN. fue una maravilla. De corazón agradezco todo tu apoyo e tu tiempo. Un abrazo con cariño que nunca terminará. Tú prima agradecida, perdida en tierras distantes e un poco solas. Solo otro Joaquín tiene la caridad e cariño para que pueda aun sonreír. Oporto, 30 de Abril de 2015 Carminha Nieves
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Poeta
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Faço uma poesia torta tentando abrir uma porta para uma poesia sem muita “engenharia”.
A.J. Cardiais 13.06.2014 imagem: google
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Poeta
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El día 21 de Abril, fue mi cumpleaños. Muchas buenas intenciones teníamos para dar un paseo hasta Vigo y Sanxenxo. Saldríamos el 20 y volvíamos el 21. Quedamos en casa. El tiempo según el pronóstico iba a estar malo. Como el viaje era un poco largo, tuve recelo del volver. E así, ni flores ni nada compré, mi compañero me ha cantado a las doce e cinco de la noche con las velas encendidas, tomamos una taza de champan me regaló unos pendientes me abrazó e ya me bastaba. Por el día aprovechamos para hacer cosas como entregar la documentación para la hacienda, me llevó a la peluquería e hicimos más cosas, que se tenía que hacer. Aun pensamos en ir e volver el 21, pero una pereza me cogió e estuvimos entretenidos, en casa. Por la noche la tele transmitía un juego de futbol, como sabía que le gustaría verlo, hice de cuenta que no me apetecía salir. Cuando ya estaba en bata e camisa de noche me acordé que no tenía una foto. Pues a hacerla, así al natural. Quitamos media docena, salieran mui variadas. Unas una silla, otra las espaldas del cuando venía corriendo para junto de mí. Nos reímos a carcajada limpia. Al final algo tengo. Al natural, sin peinar, yo solo sin nada más. Extraña es la vida. Como cambia todo, distinto cada día. En la niebla del tiempo, otros cumpleaños distintos, pero quizá rodeados de falsedad. Este año distinto pero en paz e acompañada, sin disfraz, solamente los dos. En un rincón nos han querido poner, sin luz ni alegría. Al final nosotros la somos e alumbramos nuestras vidas. Del cielo todo viene, mismo estos nacos de felicidad en la complicidad de niños, que es lo que somos. Gracias por tener tanto, por no sentir tristeza, por tenerte a ti mi amigo y compañero. Oporto 22 de Abril de 2015 Carminha Nieves
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Poeta
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El poder, riqueza, vanidad de nuestro coche caro, de la casa, de hoteles de lujo, vacaciones sin pensar en gastos. En realidad, si te quedas una noche en un hospital, rodeado de silencio, en manos de quien no conoces, que te desnudan, yetan inyecciones, te dan vueltas sin pensar que te lastiman, ahí sí, sabes que no eres nada, que no puedes ser el poderoso. Ahora piensa en los viejos abandonados por los hijos, sin tener para dónde ir, sin opinión, despojos que ha quedado de amor por ellos, sacrificios e sufrimiento. En esta frialdad mental de los más jóvenes, la tercera edad, son niños perdidos en la noche oscura. La vida es una contradicción sin límite, por un lado los gobiernos quieren más natalidad, pero hoy los Padres no los quieren criar, los meten en guarderías, esperando que el estado, pague casi todo. Tiempos de antaño en que un hijo era por amor que se tenía. No había ayudas para crearlos. E ya mayores respectaban, atendían a sus Padres y Abuelos. Aun ayer, una chica decía que por veces cuando llegaba a casa tenía ganas de dar unas cuantas bofetadas a la Abuela, que sufre demencia mental. La miré e con el cabello rapado de un lado, llena de tatuajes, con cinco pendientes en las orejas, pensé: ¿Cual estará peor? La Abuela o la nieta… El mundo ha cambiado, no la naturaleza, pero el ser humano, está perdido, en la selva del tenemos derechos y es todo nuestro. En este momento, todos los Ángeles tenían que tener alas inmensas e venir a la tierra para guardar tanta alma en pecado y sin futuro. Triste ando, pues pienso en muchas cosas. Algunas, creo que solo algunos se acuerdan de analizar. Acuerdo mi Abuelo en una cama alta con las sábanas blancas como nieve con encajes, mis tias pendientes e mis primos mayores junto a él. De mi Padre enfermo, yo tragando las lágrimas, todas las tardes junto a el le daba la merienda, lo amparaba para ir al baño por el enorme pasillo. De mi Madre en Verin despose de tener un ataque de artero esclerose, mui grave, con su mirada vacía, quise morir en ese momento. Sin saber cómo traerla para Oporto, arreglar una residencia buena que la cuidaran, estuve tres días llorando metida en cama pensando. Por fin una cuñada mía, hizo el milagro de conseguir una casa privada, con enfermeras e monjas, para donde vino. No conocía a nadie, como niña bailaba e estaba siempre con sus hermanos jugando en casa de sus Padres. La miraba con dolor del alma e sofría. Si fuera ahora e la hija otra, que sería de ¿ella? Con quince años pasaba horas arreglando las uñas a la suegra de mi hermana mayor, con gusto. Tiempos distintos, tiempos felices e tristes pero humanos. Rabia de ser como soy, corazón tierno e sufridor por los demás, mientras la mayoría anda rebuscando en las cenizas del pasado algo para disculpar sus errores. Oporto, 17 de Abril de 2015. Carminha Nieves
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