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Está tudo aí para eu escolher sobre o que escrever... Existe este vazio em mim, como existe o vazio do ar.
Insiste uma canção no rádio, para que eu a escute... Por que meu travesseiro, não me mostrou nenhum caminho?
Caio despedaçado, igual às flores despetaladas pelos enamorados, em busca de verdades.
Eu também busco a verdade. Mas não posso perguntar a nenhuma flor... Será que ela sabe?
Está tudo ai, diante dos meus olhos: este céu nublado, este dia enjoado, este conflito interno...
“Mundo mundo vasto mundo”. O “Santos Drummond”, não seria solução... Não me adianta voar na sua imaginação...
Deixo tudo como está. Tudo aí, no mesmo lugar... Talvez quando eu voltar, o conflito já tenha passado, e eu possa escrever sossegado.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Eu nunca quis ser certo... Nem de longe, nem de perto.
Eu nunca quis ser nada. Nem caminho, nem estrada.
Eu nunca quis ser muito... Eu, que poderia ser tudo, hoje sou um quase nada.
A.J. Cardiais imagem: a.j. cardiais
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Poeta
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Faz de conta que alguém tem que vencer, para não ficar os dois perdidos, para não ficar os dois vencidos...
Se você está bem, então siga o seu caminho... Deixe-me aqui, sozinho, enfrentando minha realidade.
Deixe-me sentir saudade. Não posso ficar como seu amigo pois corro o perigo
De nunca me libertar. Vá... Vá viver, vá amar... Deixe as lembranças comigo.
A. J. Cardiais
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Poeta
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Você é meu porto, e o mar meu caminho... Sou um navio. Sigo sozinho, apalpando as estrelas pelo mar aberto, amplo, inseguro, em busca de um futuro para lá de além mar...
Você é o meu porto, meu mastro, minha ilha... Da qual eu parto em busca de vida, mas sem me perder das estrelas que me retornarão a você... Sempre.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Não venha com sua tralha... O meu poema é uma navalha.
Não venha com sua voz de gralha, que eu visto a mortalha e viro espantalho.
Segue seu caminho que eu pego meu atalho e sigo sozinho...
Estou seguro é na raiz, não em um galho... Vai, procure ser feliz.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Preciso concentrar-me mais... Preciso arregaçar as mangas do poema e botá-lo para lutar contra as injustiças sociais.
Meu mal, em mel se fez. A minha indignação ficou para trás. A minha fome feroz de tudo esbarrou num sem fim de mundo e ficou brincando de rimar...
Eu deixei de sonhar e parti para o estudo. Perdi-me no sem fim de mundo e voltei com cara de tacho... E agora, onde eu me encaixo?
Solto este poema na correnteza e deixo que me mostre o caminho.
A. J. Cardiais
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Poeta
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Reconheço, sou um tanto rebelde... Não gosto muito de disciplina.
Obedeço, com carinho, quem me ensina, mas sigo o meu próprio caminho.
Gosto de caminhar sozinho. De sentir-me livre ao meu gosto.
Aí, estou sempre disposto... Pinto e bordo e não me canso... Faço um poema de balanço e durmo até o sol beijar meu rosto.
A.J. Cardiais 03.12.2010
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Poeta
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A ilusão também nos ajuda a caminhar... A gente só cai, quando ela acha de quebrar.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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O meu pecado é não ser disciplinado. Não gosto de seguir nenhum caminho traçado.
Quando sou forçado, sigo até onde aguento... Quando não dá, arrebento e tomo o rumo do vento.
Nem acorrentado estou preso. Meu sonho, meu pensamento, satisfazem meu desejo.
Minha poesia é o momento. Tudo que sinto ou vejo transforma-se em meu alimento.
A.J. Cardiais
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Poeta
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