Poemas sociales :  Quanto vale uma vida
A nossa vida vale
o quanto um juiz estipula
de prisão ou de fiança.

Não importa se é adulto,
não importa se é criança...
Quando o juiz bate o martelo,
a nossa vida dança.

A.J. Cardiais
Poeta

Poemas sociales :  Poema duro
Poema duro
Não posso ter uma poesia bela,
vendo tanto sofrimento na tela.
Não tenho uma palavra doce
como se a realidade assim fosse...

Tenho um poema duro,
ousado, impuro.
Como ser feliz,
vendo tanta infelicidade
vagando pela cidade?

De que me adiantará um nome
se não puder amenizar a fome?
De que serve a “intelectualidade”,
vendo o povo sem dignidade?

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Poemas sociales :  Soltando o palavrório
Não me cobrem o sentido...
Hoje estou imbuído
de soltar o palavrório.
Ter, eu tenho acessório.
Tenho um monte de palavras
em minha mente;
um monte de imagens à minha frente;
inúmeras razões aparentes...

Começaremos pela chuva: essa água benta,
que quando cai na terra mistura-se,
fica fedorenta
e me dá margem para rimar.
Vou aproveitar e falar da enchente,
que está matando muita gente
e causando desolação...

A culpa de tudo é do Bicho homem...
Estou chamando de “Bicho”,
por não ter outro nome
que eu possa usar,
para “desqualificar” esta nossa espécie...
Incluo-me também apesar de não concordar
com tanta coisa que eu vejo.

Intitulamo-nos de seres “racionais”...
Com que razão usamos este título?
Talvez tenhamos razão...
O racional não usa o coração.
É frio e calculista. Por esta razão,
perde de vista a intuição;
o instinto de sobrevivência
que, nos outros “animais”,
deve ser a única “inteligência”...

Estou sendo muito árduo
com a “nossa” espécie...
Mas acontece que as pessoas esquecem
das outras formas de vida.
Quando a Ciência dividiu
a Natureza em “reinos”: reino animal,
reino vegetal, reino mineral...
Transformou tudo em reinados.
E para cada reinado, existe um rei...

Alguém respeita o reino vegetal?
Alguém respeita o reino mineral?
Alguém se lembra, por acaso,
que todos eles estão em nós?
Alguém se lembra, por acaso,
que para sobreviver nós precisamos
do animal, do vegetal e do mineral?

Alguém se lembra disso quando,
para expandir sua plantação,
destrói toda a vegetação
que há em volta?
Alguém se lembra disso
quando constrói suas fábricas de poluição
e polui os outros reinados em volta?

Pois é... Tudo tem volta.
A Mãe Natureza, para mostrar
que está viva, se revolta...
E para isso Ela conta com a ajuda
do Deus Sol e da Deusa Chuva...
Racionais, limitem suas ambições,
limitem seus desejos...
Sejam um pouco Emocionais:
usem mais seus corações.
Olhem em volta e entrem em comunhão
com os outros Reinos...
Se eles nos faltarem, nada sobreviverá.
Principalmente nós... Aí sim, será o FIM.

A.J. Cardiais
Poeta

Poemas sociales :  Violência
Violência
...E você passa
pela rua
sem graça...

O desemprego,
o medo lhe abraça
e você segue
vivendo na raça...

Tem de correr
e se esquivar,
pra não morrer,
pra não matar...

É a violência
no seu encalço
no seu enlace
no seu roteiro.

A.J. Cardiais
21.03.1984

imagem: google
Poeta

Poemas sociales :  Momento de ação
Momento de ação
Falo das coisas
e de como vejo o Mundo...
Vejo tanto absurdo
e não tenho como impedir.

Você pode até sorrir
e me achar ingênuo...
Mas é que eu não tenho
estômago para engolir.

Os meus olhos veem,
o meu coração sente.
Tudo se mistura em minha mente
e minha alma quer agir.

A.J. Cardiais
23.04.2009
imagem: google
Poeta

Poemas sociales :  Somos seres o quê?
Somos seres o quê?
Que animal somos nós,
que poluímos
onde moramos?

Que animal somos nós,
que envenenamos
o que comemos?

Que animal somos nós,
que mesmo sabendo
que o que fazemos
será o nosso fim,
continuamos fazendo
mesmo assim?

Não venham me dizer
que somos
seres "humanos"...

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Poemas sociales :  Na ausência do amor
Na ausência do amor
Na ausência de luz: trevas.
Na ausência de paz: guerras.
Na ausência de cor: incolor.
Na ausência de água: seca.
Na ausência de som: silêncio.
Na ausência de amor: ...
... ... ... ...

Desarmonia
desequilíbrio
desunião
ambição
violência
desrespeito
etc, etc, etc...

Sem amor, não tem jeito:
nada é feito.

A.J. Cardiais
21.04.2009
imagem: google
Poeta

Poemas sociales :  La Conquista
En el mundo donde no todo era real;
Algunas casas eran de sombras y de polvo,
Algunas flores eran de papel,
Y algunas nubes eran imágenes
Dignas para un lienzo.

Hace algunos días llegaron hasta mi casa;
Mi humilde casa de plantas, de sombra, de polvo;
En ese mundo donde yo vivía;
Hombres y mujeres
Del pueblo y extranjeros sin distinción alguna,
Tomaban entre sus manos
Muchos libros y una cruz entre sus dedos
Y con el fuego de las brasas de su mirada
Incendiaron las flores de nuestros paisajes;
Con el viento de sus pulmones; ese viento con fuerza de huracán,
Soplaron a mi casa y a las de mis hermanos, las desaparecieron
Y sobrepusieron enormes rocas huecas y cuadradas.
Oscurecieron con pinceles nuestras nubes.
Hablaban de notas filosóficas, impresionantes sin duda.
Hablaban de la verdad de pensadores,
¡De la importancia de los respetables religiosos!
Hablaban y hablaban. Decían que todo lo que yo creía,
Que todo lo que yo viví y que todo lo que yo veía,
Era absurdo, profano, ¡que era herejía!
¡Que importa ya!
No sabía de qué me hablaban, no sabia que es profano
Y mucho menos sabia quien demonios era la tal herejía.

Me decían con tinieblas en su lengua;
Que el cielo era azul, que a veces había sido gris
Y a veces había sido hasta negro,
Pero que jamás sería; amarillo.

Aquellos hombres sin respeto alguno,
¡Se adueñaron de nuestras casas, de nuestros cuerpos!
¡Ensangrentaron nuestras pieles!
¡Se robaban a nuestras mujeres!
No se ustedes, pero un tiempo y ya no soporte.

Sangrientas batallas contra las fieras
Tiñeron nuestros campos y nuestras montañas.
Mucho tiempo la pasé con hambre, sin duda.

Después; los hombres y las mujeres se marcharon.
Alegaban que habíamos vencido.
¡Por eso es nuestro júbilo y
Por nuestra victoria exijo el benemérito!
Sin embargo, ¿donde está mi casa?
¿Donde están nuestras nubes? ¿Donde están nuestras flores?
Aquellos, encarnaron su creencia y luego se embarcaron
Hacia donde se asentaban sus casas.
Decían venir de un antiguo mundo, ¡no importa ya!
Los hombres y las mujeres se marcharon.
Mientras tanto; las cosas, el cielo,
Las flores, todo cambió; hasta el agua sabe diferente.

Hoy día;
Siento como si algo estuviese olvidando,
Algo en lo que creía, algo importante.
Ya no lo recuerdo, se me ha olvidado, ¿que importa ya?
Soy feliz por que;
Mi cielo ya no es amarillo,
Por que me visto con ropas finas,
Por que presumo mi poder,
Exhibiendo el brillo de la gema incrustada en un anillo.
Tengo el ánimo ufano; jubiloso; bienaventurado por la victoria
¡Por que los vencimos! ¿No es así?...

Héctor Humberto García Herrera
Poeta

Poemas sociales :  O último dos moicanos
Talvez eu seja
o último dos moicanos,
tentando acabar
com este capitalismo selvagem.

Sei que sou uma gota,
lutando contra oceanos.
Mas minha voz
não quer calar.

Sei que eles podem
me esmagar,
sei que eles podem
ma ignorar...
Sei que eles podem tudo.

Eles já contaminaram a VIDA
com seus "pregões" de felicidade.
Eles já compraram as Faculdades.
Agora eles estão formando
seres capitalistas.

A.J. Cardiais
Poeta

Poemas sociales :  El esputo de un canalla
Desde su desvencijada apariencia
vi como incorporaba su cuello antes recogido
como galápago viejo, como fiera acechando,
alzó luego su nariz de gancho para escupir,
justo arriba de su estrecha frente…
su escupitajo salió como fuetazo insolente,
mascullando sin decirlo, el más soez insulto.

La miseria exhibida tan sórdida y grotesca,
aunque su boca se llene de dioses y rezos,
la podredumbre de sus intrigas y sospechas,
hacen juego a su forma de vivir, aunque ahora,
el canalla se presuma digno y fiscal a pesar
de la podredumbre que arrastra en su cara,
de facciones cortadas, pobre gárgola taciturna.

No repugna la sorna y agresividad,
de la injuriosa frase suelta mordaz.
Si indigna, que sin el menor decoro
busque pureza y castidad en sus víctimas,
el canalla patea hasta su sombra
exigiendo lealtad y respeto que nunca dio,
el canalla es un sujeto, tan solo eso…
un sujeto que degrada y avergüenza.

Huelgan los detalles, esto no es un retrato,
es tan solo una aproximación a una,
de las tantas caras de un canalla recibiendo
por gravedad y como golpe de mano,
su propio esputo sanguinolento…
No se requiere esfuerzo, la basura siempre
pierde consistencia, colores y aromas…
pronto, muy pronto, es evidente su presencia…
Poeta