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Deixe-me viajar em você, vigiar seu corpo, seu sono...
Enquanto você dorme tranquila, eu componho seguindo à risca a música das suas formas.
A.J. Cardiais 18.04.1989 imagem: google
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Poeta
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Chegou a hora, preciso ir... Não vou dizer que vou partir, nem que estou indo embora... Estou saindo de mansinho do caminho da senhora.
Estou tentando desarmar o circo que armei: espetáculos à toda hora. Palhaço, trapezista, domador... Tudo para amar, tudo por amor.
Mas, enfim, chegou a hora de ir... Tenho que sair com lona e tudo. Sair com um final sem fim. Sair do jeito que eu vim: entrei calado, saio mudo.
A.J. Cardiais
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Poeta
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Ouça o amor que sai de mim: é um mar, um infinito, sem futuro mas, bonito.
Ouça a canção, o baticum da minha vida... Talvez tudo isso seja mais real, do que aquele carro que passa...
Pode achar graça! A vida não deve ser só de seriedade.
É preciso que haja riso. E eu serei o seu palhaço ou seu bobo da corte, desde que você (nem precisa aceitar) respeite o meu amor.
A.J. Cardiais 26.03.1989
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Poeta
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Você se foi... Agora só resta a mancha de batom num copo, que me faz lembrar seus lábios vivos e macios...
Você se foi e a saudade ficou, a tristeza ficou, a sua imagem ficou aquele beijo ficou...
(suspiros)
Tanta coisa ficou mas a principal partiu.
A.J. Cardiais 12.07.1989
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Poeta
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As músicas vão buscar você na tarde de um domingo cinza, chuvoso. Meu coração de leão lamenta a sua ausência & Cia. Ltda.
Ouço o som, me comovo... Sou um rio, um desvario. Queria gritar que te amo mas tenho medo de não ser este o meu caminho, o meu fim...
Então o que me resta é deixar que o som, a bebida e a tarde (que me invade) me apague, pelo menos por hoje.
A.J. Cardiais 28.05.1989 imagem: google
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Poeta
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Hoje eu tirei o dia para "ruminar" frases. Estou entre parênteses, apóstrofes e crases.
A.J. Cardiais
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Poeta
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Se você ama tudo que você faz, você é feliz. Mesmo que a infelicidade venha sempre atrás.
A.J. cardiais
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Poeta
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A pior pobreza é a espiritual. Não adianta ter dinheiro e não saber ser feliz com o que tem.
A.J. Cardiais
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Poeta
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Não procuro a morte e nem corro dela... Desfilo nesta passarela apostando na sorte.
Viver é sempre estar de bem com a sorte. Independe de ser forte, para a morte não visitar.
Você precisa lembrar que ELA não faz diferença: não olha crença,
nem posição social. A morte é imparcial: chegou o fim, é final.
A.J. Cardiais
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Poeta
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Sou cantador de arrelia anarquista do sistema. Dentro de mim o poema faz amor com a poesia.
Sou procissão, romaria... Sou uma fé invernada. Dentro de mim a enxada capina o chão todo dia.
Sou choro de Ave Maria. Meu coração é o momento. Sou o agouro, o lamento que deságua na poesia.
Dentro da democracia, mora uma pá de ideias. Fora vivem as alcateias morando na mordomia.
Aqui paro a romaria pois se deixar, varo o mundo. Eu sou só um vagabundo que mora na filosofia.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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