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Não sei como a morte virá me levar... Se eu tiver sorte, ela me levará dormindo... Aí morrerei sorrindo, sonhando que estou partindo, quando na verdade já parti.
Se eu tiver sorte também, ela me levará quando eu estiver escutando música. Aí morrerei sentado. Quando todos pensarem que estou dormindo, já passei para “o outro lado”.
Amiga morte, quero morrer forte! Não quero morrer definhando ou então lutando para continuar aqui... Quero, de uma vez, partir. Depois eu volto pra dizer que morri.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Leiam Manuel Bandeira leiam Carlos Drummond leiam Ascenso Ferreira.
Leiam Vinícius de Moraes Leiam Manoel de Barros leiam outros e outros mais...
Depois leiam A.J. Cardiais. Não é nenhum poeta novo. Ele é um produto dos Poetas Marginais.
Com uma caneta na mão atira em qualquer direção em que estejam os seus rivais.
A.J. Cardiais imagem: google
Obs. Este título é uma “paródia” ao título do poema de Carlos Drummond: Apelo a Meus Dessemelhantes em Favor da Paz
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Poeta
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Já queimei tantos “escritos” por não achá-los bonitos ou dentro do "controle de qualidade"...
Queimei-os. Mas agora, por vergonha ou por vaidade, guardo-os. Mesmo sem "qualidade".
Descobri que sou o meu pior crítico. Não estou à meu favor...
Agora, exponho-os ao mundo. Ponho-os na rua. E se não tiverem valor, a crítica será sua.
A.J. Cardiais imagem: a.j. cardiais
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Poeta
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O vento, que é o ar em movimento, movimentou uma saia rodada...
A você isso não diz nada, porque você não viu quando a saia subiu:
Que poesia... Ela baixava de um lado, o outro subia...
E o vento, fazendo arrelia, pelas frestas vaiava:
U U U U U U U U U U!
E eu, pedindo bis, aplaudia.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Depois de ler: Rumen Stoyanov, Manoel de Barros, Paulo Leminski Humberto Ak'abal etc e tal, inflo-me de dúvidas sobre “a minha condição”...
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Mário Quintana é quem me salva desse mar de interrogações, quando diz em seu texto: "Todos devem fazer versos. Ainda que sejam maus. É preferível, para a alma humana, fazer maus versos a não fazer nenhum." *
Bem, o Poeta mandou... Aqui estou.
* A Poesia é Necessária Mário Quintana Em: A vaca e o hipógrifo. pag. 259
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Estou tentando consertar a minha vida... Só que para alguns erros, não existem conserto.
Fui negligente com o tempo. Não observei seus sinais. Segui o instinto: VIVER! Viver, e nada mais.
Vivi, vivi e vivi... E agora estou aqui, procurando os velhos sinais.
O tempo é bom, mas não volta. Jamais! Não adianta alguém tentar voltar atrás. Tudo será apenas um recomeço. O que foi, foi. Não volta mais.
A.J. Cardiais
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Poeta
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Está difícil extrair o ouro das palavras. Está difícil garimpar... É preciso quebrar blocos de ideias. É preciso imaginar.
Demarcar o veio em que se vai trabalhar, e começar a cavar letras até encontrar o filão da ideia.
Mas muita atenção, pois o ouro está misturado aos cascalhos... É ouro em pó. Tem que ser muito bem trabalhado.
Imagine o monte de letras que alguém tem que cavar para encontrar as palavras, extrair o ouro e transformá-lo em texto.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Está tudo aí para eu escolher sobre o que escrever... Existe este vazio em mim, como existe o vazio do ar.
Insiste uma canção no rádio, para que eu a escute... Por que meu travesseiro, não me mostrou nenhum caminho?
Caio despedaçado, igual às flores despetaladas pelos enamorados, em busca de verdades.
Eu também busco a verdade. Mas não posso perguntar a nenhuma flor... Será que ela sabe?
Está tudo ai, diante dos meus olhos: este céu nublado, este dia enjoado, este conflito interno...
“Mundo mundo vasto mundo”. O “Santos Drummond”, não seria solução... Não me adianta voar na sua imaginação...
Deixo tudo como está. Tudo aí, no mesmo lugar... Talvez quando eu voltar, o conflito já tenha passado, e eu possa escrever sossegado.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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A doença humana é o progresso. Progressivamente inventamos novas destruições.
Por trás das melhoras, vem as contra indicações e precisamos encontrar novas soluções...
Deus, de lá de cima, se entristece... Dotou-nos de inteligência para quê? A Terra não merece.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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No meio de tanta gente brilhando, o que é que eu faço? Uso palavras de aço e continuo cortando, ou cego os meus modos e vou copiando?
Leio... Sei que estou errado. Mas não estou preocupado em seguir um modelo... Eu quero mesmo é dizer as coisas ao meu modo.
Quero a liberdade de fazer e deixar a coisa rolar. Aconteça o que acontecer não quero é me preocupar.
Escrevo, logo existo.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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