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"QUEM ESPERA DESESPERA"
A espera pelo ardentemente desejado sempre descobre, e com eles se aflige, miríades de tempos aninhados nas entranhas do tempo.
Guru Evald
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Poeta
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Quando nós ficamos com uma pessoa que nos ama,
sem amar esta pessoa, nos estamos traindo um bem precioso: o nosso sentimento
A.J. Cardiais
24.02.2018
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Poeta
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Pudesse mandar na vida. No pensamento cansado de tantos anos, no monte imaginário onde sentada vejo o caminho percorrido, na solidão sem ninguém, chamo por ti. Nunca te senti, nem te vi. Desejei-te, mas em vão. Hoje sabendo que nunca te verei ou sentirei, a revolta é enorme.
Vida perdida, sem finalidade no labirinto da esperança de que melhorasse, foi-se gastando o tempo e hoje batalho para com o inevitável e lágrimas que pensei já não ter jorram quentes dos meus olhos cansados.
Estranha esta minha maneira de ser, alerta e ciente do que sou, como mascarada em carnaval continuo, mostro o sorriso para os outros. Como eu há milhões, como eu sofrem revoltam-se com a indiferença dos que ainda não estão no monte a olhar o passado. Tanto perdi sem o ter, tanto vivi sem viver, tanto pensei ter, sem ter nada.
Vejo nos cabelos brancos que ainda ontem eram de crianças, a crueldade da vida impiedosa, a cobrir-nos e nestes momentos, sei o que sou. Da vida quando acaba resta somente o amor que se teve e se deu, sem pensar que ninguém o queria.
Desgaste insano do corpo com tempo limitado. E onde estão os sonhos? Pequenos instantes de ilusão, paliativos do pouco tempo que se vive.
Consciência que sem desgaste sente e sabe num corpo que teima em quere viver eternamente como ainda fosse criança e no colo sentisse o calor de alguém que nos velou no sono e amparou.
Que me importava viver na velhice se pudesse ver o sol, sentir o seu calor, sentir a brisa roçar a minha pele. Recordar vendo fotografias de quem partiu e que me deixaram o elo forte e do seu amor. O nunca ver como será no futuro os avanços, novidades, inventos, porque não mando na vida e ela é implacável e deixa-nos. E somos somente recordação eternamente. Para muitos, alguns ou nenhuns. Não importa, nunca o saberemos.
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Poeta
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Quem respeita por temor,
vive com ódio do "feitor".
Quem respeita por amor,
se entrega com ardor.
A.J. Cardiais
09.03.2017
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Poeta
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A rotina é como um refrão
na nossa vida.
Porém, quando nos encontramos
perdidos e sem direção,
a rotina é a nossa salvação.
Muita gente reclama da rotina...
Mas a rotina é um sinal,
de que tudo está normal.
Quando há alguma "alteração",
pode ser para o bem,
ou para o mal.
A.J. Cardiais
12.08.2017
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Poeta
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O cinismo sem limites de uns poucos, que falam lá do alto dos seus elevados, voa, escarnece, engana e realiza proezas absurdas em virtude do apoio e acolhimento de uma imbecilidade igualmente sem limites de outros muitos que, lá do fundo dos seus baixios, são esfolados impiedosamente pelos primeiros.
Guru Evald
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Poeta
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Quería volar por las nubes, romperlas e ir mui lejos. Quería pasear por encima de las olas, sentir su frescura sin mojarme.
Quería ser algo más de lo que soy. Saber, conocer, pasar mis manos por las estrellas, poder ir más allá de donde solo existe el sueno imposible que inventamos en la letargia de la ilusión.
El amar se pierde, con el tiempo, queda solo un sentimiento dulce e nostálgico de que nunca supimos en verdad su significado.
Son tantas las pérdidas, su rastro es inmenso, mojado por lágrimas, dolor e pena que ya no tengo ninguna para llorar por mí.
Mis brazos estrechan sueños e no siento más que estoy abrazando lo que no existe.
Dulce e pobre viajante con figura de mujer. ¿Que podré esperar del mañana?
¿Será que lo tengo? ¿E cuantos más?
Por nada saber, es que quería volar, romper las nubes, calentar mi cuerpo con el calor del sol, refrescarme volando por encima del mar, sentir el infinito, mirar más allá e saber mucho más lo que sé.
Desbravar florestas densas, donde es todo verde e húmedo, oliendo a tierra mojada, sentir los ramos de los arboles rozando mi piel e coger la savia de la vida dándome fuerzas para vivir lo mejor que pueda, en este interminable, sin sentir e de nuevo llenar mi corazón de esperanzas.
En el juego de la vida, no supe no pude, jugar como debía. Pienso yo que la culpa es mía de haber perdido como perdí.
Quizá en tiempos lejanos, cuando ya no lo pueda ver, otros perderán mucho más de lo que piensan me ganaran.
Inmensa nostalgia, tengo un vacío que nadie lo llena e siendo una figura de mujer pobre e triste viajante, que ya poco espera del mañana, aun quiero volar e romper por entre nubes e volar por encima del mar refrescándome sin me mojar.
Soy tu recuerdo, soy lo que resta de ti, soy lo que nunca he querido.
Oporto, 23 de noviembre de 2017
Carminha Nieves(secreet 50)
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Poeta
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Cada día que pasa, más sola quedo. Por mi culpa, metida en mis recuerdos, en todo cuanto tuve, de bueno y malo, de tanta gente que se ha ido e que tanta falta me hace, casi siento que están cerca, que me protegen e dan coraje para seguir adelante.
Miradas cariñosas envolviéndome, manos seguras cogiendo las mías, abrazos que nunca volverán.
Mi dulce alma que sufres en silencio, lo que he perdido en este vivir ya tan largo, pero no el suficiente para dejar de ser niña aún.
Como volcán hirviendo sin explotar, quiero vivir e tener deseos, soñar con el futuro.
El porqué de mi sentir, de ser distinta de casi todos, no lo sé.
Mis ojos todo captan, mi alma todo siente, mi corazón todo guarda.
Todo lo que he amado, lo amo aún, todo lo que he llorado lo lloro, sin lágrimas.
E continuo, buscando abrazos dulces e verdaderos. Busco otras manos seguras e quiero seguir siendo la misma, aquella que no se olvida, que aún es deseada por su manera de ser envuelta en una mezcla de belleza como sol del ocaso, pero que al otro día volverá a brillar.
En el nada de mi ser, en lo vacío de lo que somos, voy errante por caminos desconocidos, buscando un poco de felicidad.
Hace mucho que no ando por estas páginas, estuve tan dolorida e triste, con lo que me han hecho, que no quise exponer la maldad de quien lo hizo.
Esperé sanar mis heridas, para continuar escribiendo sin borrador e sin pensarlo.
E de nuevo vuelvo, como antes, sin sabiduría, ni derecho a hacerlo, pero lo hago pensando solamente que para allá de las nubes quedará.
Oporto,9 de noviembre de 2017
Carminha Nieves (secreet50)
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Poeta
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UNANIMIDADES
As unanimidades quando não artificiosas ou geradas por interesses egoístas, sempre serão raras e fugazes ainda que justas e razoáveis, pois que, nelas, vislumbram os vaidosos fracos de espírito, oferta e oportunidade de uma diferenciação feérica que os entorpece e acalanta.
Guru Evald
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Poeta
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Bloco de granito, pesado, forte, mas que deixa a agua penetrar e fazer nascer o musgo.
Bloco de gelo, duro frio, mas que queima a pele, que imensos afundam navios, mas que uns raios de sol derrete.
Nós somos assim. Ninguém tem defesas para tudo. Melhor será que recordemos as pessoas sem rancor, sem ódio, sem desejo que sejam infelizes-
A ternura, a certeza de que somos o perdão, vale mais que tudo quanto necessitamos.
Nunca deixes de amar por criticarem. Nem um sorriso quando num outro olhar vês ingratidão, raiva ou censura.
O ser diferente é uma cruzada constante. O dom que se tem em aceitar a mentira, ignorância, desprezo, devemos preservá-la. Deixa que pensem que te ofendem, que acreditas, que se sentem inteligentes, por não reagirmos pela mesma medida.
Se sentissem o que temos fora de comum, poderiam ser melhores e mais felizes.
Por vezes no momento criticamos, mas vem o lado saudável e arranja sempre desculpas para o que fizeram. É bom. Sinto-me bem. E vou continuar assim.
Não peço retribuição alguma, nem ao destino nem a Deus. Agradeço sim o ter-me dado esta maneira de ser, que é uma bênção.
Sentada entre muitos a uma mesa algures, observo e não vislumbro olhos sorridentes, só baços e cegos para o essencial da vida. E quantas vezes já consegui sorrisos de bocas descaídas e fechadas. Transformam-se as fisionomias e sem darem por isso, conversam e até contam a sua vida. Pois quando saio de casa, levo o que me faz falta na carteira, mas o resto que tenho dentro de mim e me magoa, fica em casa.
Um dia mais tarde se me relembrarem, é com um sorriso, para eles sou a alegria personificada. Como palhaço que deixou de velar um ente querido nas tábuas frias da urna e vai fazer rir a plateia.
Quero ser luz, amparo e esperança. Nunca duvidar que abraços de ternura não são verdadeiros, que sou querida por quem eu quero. Se vivo na ilusão, bendita seja e que nunca a perca.
Porto,28 de agosto de 2017
Carminha Nieves
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Poeta
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