Cuentos :  EL VASCO DURO
EL VASCO DURO
Comentaba Arturo Jauretche en uno de sus libros, los prejuicios que se creaban con respecto a las distintas nacionalidades se inmigrantes en nuestro país , y resaltaba la del vasco en el nor-oeste de la provincia de Buenos Aires, en su y mi lugar de origen. Se decía de ellos, que eran brutos, honrados y trabajadores. Yo tengo en mis ascendientes, dos abuelos y una abuela tanos y una vasca, Doña Eustaquia Vizcarreta. O sea que en el reparto, algo de ellos debo tener, pero quién soy yo para juzgarme ?...Aparte mi intervención en esta historia es solamente sacarla de mi memoria y convertirla en un relato y a eso voy. Había en mi pueblo una considerable cantidad de vascos, los Izaguirre, Aguerre, Gerrero, Arriague… todos chocareros tamberos. Pero los más populares, sin duda alguna, eran los hermanos, el Vasco Duro y el Vasco Blando. Seguro que tenían apellido, pero el alias se los había borrado. Del Blando no me acuerdo, pero tengo un nítido recuerdo del Duro. Lo miro desde mi infancia y veo una imponente figura musculosa ya entrada en años, acodada al mostrador del almacén de Madrid, con bombachas paisanas, sostenidas con una faja negra, boina y la vitalicia camisera de frisa, “lo que quita el frío quita el calor, si,si…” justificaba. Siempre frente a un vaso de vino tinto que le iba tiñendo la cara. Nunca lo vi borracho, o tal vez sí, pero su inmovilidad no lo delataba. Me caía realmente simpático, cuando iba al almacén, al pasar a su lado, me tocaba la cabeza, y decía con una voz chillona que no armonizaba con su figura inmensa: .-“Pedrooo, dale unos carameloshh al chiquillooo, si, si…”. Era de pocas palabras, los chicos del pueblo lo remedábamos con su voz de pito, pero lo respetábamos y lo queríamos.
Contaban los mayores que su apodo, su afición por la bebida y su voz, tenían un mismo origen. El quilombo de Cucci, que frecuentaba en sus años mozos y donde era campeón de una justa viril que daba un prestigio casi olímpico,” La cinchada vasca”. La misma consistía en atarse una sábana a los testículos y cinchar hasta que alguno se rendía, con lo que nunca pasaba a mayores. Pero él no era hombre de aflojar:
.- “De qué sirven los huevos sin honor?...Vasco Duro, si, si”…Dicen que fueron sus últimas palabras con voz grave.
Neco perata
Poeta

Cuentos :  UM AMOR DE DOIS VERÕES
UM AMOR DE DOIS VERÕES

Ele foi à esquina costumeira para fugir do Fantástico e ver se pintava algum amigo para bater papo, e nem imaginava o que iria lhe acontecer e que influenciaria toda a sua vida.

Ficou ali sentado no muro até umas dez horas, mas ninguém chegando ele se esgueirou do muro para ir embora e quando atravessava a rua uma mina da casa em frente perguntou se ele não queria fazer companhia para ela, e uma amiga, que estavam festejando o aniversário de outra que estava acompanhada.

A aniversariante e o companheiro ficaram separados e ele com as duas ficaram conversando e tomando umas Cubas e beliscando uns salgadinhos na sala contígua.

Elas estavam morando a pouco ali e era novidade que chamava atenção, pois naquela época mulheres morarem sozinhas era uma raridade.

Ele tinha sorte com as mulheres, mas ainda não sabia tirar proveito disso, pois sempre se engraçava pelas erradas e o sexo ainda não predominava na cabeça dele, pois ainda não o tinha descoberto por inteiro naquela época de muito amasso e pouco vamos ver.

No final ficou o convite para voltar durante a semana.

Foi uma, duas, três vezes e viu que a coisa não era tão simples por ali e que a mina que o tinha convidado tinha um caso complicado e após uma briga com o cara ela voltou para a sua cidade.

Mas ele continuou a ir lá, pois tinha a outra com quem ficava conversando, escutando música e tomando as biritas.

O que ele não esperava é que a aniversariante, que era a mais bonitona e bem mais reservada, chegou um dia mais cedo e ficou do seu quarto escutando a conversa daquele piá de quinze anos e resolveu se chegar no outro dia.

E na saída a companheira de Cuba pediu para ele convidar um amigo dele, que ela sempre via passar, para vir junto no dia seguinte.

E ai nesse dia ele ficou com a bonitona e rolou um clima, uma dança, e a coisa se acalorou.

Ele se deu bem com a aniversariante e terminaram se amassando na cozinha. O amigo já tinha ido embora, mas para ele a noite durou mais, mas o final, ou o inicio, ficou para um dos dias seguinte.

Ela deixou tudo preparado e depois das danças e novos amassos ela o convidou para ira para o quarto e foi tudo muito bom com direito a luz de vela que ela já tinha preparado.

E o cara da noite de aniversário? "Era só um amigo muito solitário e por quem ela tinha muito estima e gostavam muito de ir a cinemas".

Bom, para ele tudo bem, mas por um tempo começou a achar que era verdade, pois o cara nunca entrava, só a trazia quase todas as noites e nunca muito tarde, mas enquanto ela não chegava ele ficava conversando com a outra que já tinha dispensado o seu amigo.

Os dois se afinaram muito bem com direito a almoço nos domingos e até passeios na região de mãos dadas para a inveja da rapaziada e os olhares das meninas, mas eles estavam na deles e não ligavam para nada em redor.

E o lance rolou por muito tempo, apesar de às vezes, ele ter que se esconder no sótão quando o cara entrava, mas isto era raro.

O coroa bigodudo e meio manco devia ter uns quarenta anos, ela tinha vinte e três, uma idade já avançada para o inicio daqueles anos setenta, então tinha ali um triangulo amoroso com três faixas etárias.

Quando o cara chegava sempre dava uma buzinada até que um dia, em um domingo à tarde, totalmente fora do padrão, ele não buzinou, e se chegando á janela da sala, que estava entreaberta, o viu enlaçado com ela.

Ele voltou ao carro e deu a buzinada e ela saiu e ele, que nesta altura já estava com mais de 16 anos, foi para a cozinha, mas ela voltou logo dizendo que o fulano os tinha visto e que era melhor ele ir embora, mas nem deu tempo, pois o cara já estava do lado dele dizendo “que só não o matava porque ele era um piá” e ele peitudo de pronto respondeu “que ela não achava”.

Mas como o cara era manco não seria díficil dar um nó nele ou pelo menos ganhar na corrida.

O clima pesou, mas ele não arredou, mas ela o convenceu que era melhor ele ir e ele foi pela porta dos fundos, mas ficou na cerca espreitando alguma alteração, que não houve, e o seu sangue esfriando, caiu a ficha e ele vazou.

Foi para o outro lado da rua onde encontrou o amigo e falou “o cara nos pegou” e este, que era mais velho que ele, disse para ele se mandar, pois a coisa poderia ficar feia e ele foi e ficou lá em cima do morro da rua transversal até ver o carro conhecido rondando em sua busca e deu no pé.

O romance melou e ele não conseguiu mais ter acesso a ela, mas ficava na esquina esperando e o via traze-la, agora sempre tarde da noite, e ele não podia mais se chegar, pois ela se trancava, até que dias depois eles não voltaram mais, nem ela, nem a amiga, nem mais ninguém, e ele viu a noite se escurecer na vida dele.

“Amanhã talvez” era a música que ela gostava de dançar com ele e muito tempo depois ele assistiu a um filme "Houve uma vez um Verão" e ele viu que a música era a trilha sonora, e o enredo era o de uma mulher madura que num verão teve um amor com um adolescente.

Ela tinha trazido para a vida aquilo que tinha visto no cinema e deixou, depois, a vida dele feito um filme preto e branco

"Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo." Roselis von Sass – www.graal.org.br
Poeta

Cuentos :  ESA NEGRA SUCIA
ESA NEGRA SUCIA


Salí, Salí, ya anduviste con esa negra mugrienta !...Fue el rechazo espantado de su madre, cuando Carlos, al llegar su casa aquella noche, amagó saludarla con un beso. El olfato de Cesarina, su madre, era uno de los sentidos de los que hacía ostentación. .- Yo debo ser cruza con perro perdiguero. Solía decir. Aunque el perfume que usaba Yoly, era tan agresivo y persistente, que no necesitaba esa cualidad para ser detectado a varios metros de distancia.. Para taparse el olor a rancho. Pensaba, decía y agregaba:
.- Andá a bañarte y vení a comer, a ver si se te va esa baranda...
.- A negra sucia. Completo Carlos, que ya estaba acostumbrado a las comentarios agresivos y discriminatorios de su madre por su relación con Yoly,.
La personalidad de Cesarina era contradictoria, Hablaba con orgullo de su humilde origen, de ser hija de esos inmigrantes analfabetos, padres de siete hijos que habían sido criados en un estado de pobreza lindante con la indigencia. .- Pobres pero honrados. O, pobres pero limpítos. Como parodiaba Carlos, cuando contaba la repetida historia de su infancia. De su conchabo como sirvienta, apenas salida de la niñez, en la estancia de los Reynal Ayerza, donde la patrona, era en oportunidades una cruel explotadora con rasgos sicópatas, para mutar en una sensible mujer que .- Me quería como a una hija. Quien la educó con todas las virtudes de una señorita de la sociedad, de la cual se enamoraron, hombres apuestos, cultos y adinerados que frecuentaban esa casa. .- Porque yo, cuando era joven, era muy bonita, y por mi personalidad me confundían como un miembro de la familia. Fabulaba, ante el asentimiento socarrón de Carlos, que había escuchado esas anécdotas cientos de veces.
En realidad Cesarina, Toda su vida había trabajado .- Como una burra. Ejemplificaba. .- Para que vos y tu hermana tengan lo que nosotros no tuvimos. Y era verdad, había logrado que él, hiciera el secundario y comenzara una carrera universitario, " su hijo el doctor "que le abriría las puertas de un ascenso social hacía una clase a la que ella nunca pudo acceder y que conoció como sirvientita en lo de "los Reynal Ayersa", a los que odiaba y admiraba simultaneamente.
Esta falsa conciencia de clase, a la cual quería pertenecer, era la que se manifestaba en su repulsión contra Yoly, y todas esas "chirucitas calentonas" de atrás de la vía, tan blancas y descendientes de tanos inmigrantes como ella, pero no eran lo que su hijo y Cesarina, se merecían.
Las vías, en los pueblos del interior eran, y son, la frontera que separa a las clases sociales. Las características físicas de un lado y del otro, en este caso, eran similares por su mismo origen europeo. Pero "los de atrás de las vías", son los pobres, son los sucios, o sea, son los negros y esto hace que las personas, adjetivadas como tales, se preocuparan mucho por que el sol no les diera color a su piel, razón por la que se las veía en los calientes veranos, cubiertas de pie a cabeza. Yoly, era la única que lucía un permanente color bronceado, como una provocación a la tilinguería pueblerina. Así era Yoly,
Carlos no creía estar enamorado de Yoly, en sus proyectos no figuraba ninguna relación que pudiera, ni a largo plazo, llevarlo al matrimonio, ni por amor ni conveniencia. Pero entre todas las fugaces relaciones que había tenido, esta era la que más se arrimaba a un sentimiento. Yoly tenía algunos atributos que la diferenciaban, aparte de su innegable belleza física, que la convertían en la más bonita y deseada del pueblo, tenía una personalidad equilibrada, inquietudes e ideales similares a los suyos y profundo orgullo por su condición social. El sabía que a ella no le atraía su futuro titulo profesional, ni su posible éxito económico y esto se evidenciaba en como lo estimulaba en las actividades vocacionales, que tenia por las artes.
Esa era Yoly, hermosa, espontánea, orgullosa, libre, apasionada. Y esa Yoly le dijo aquella noche, en un breve paréntesis de besos .- Estoy preñada.
Después fue la ternura, el abrazo interminable, los besos derramados en las sonrisas, los te quiero…y Carlos caminando hacia su casa con su nombre y su perfume entre los labios
Cuando entró, su madre de espaldas a la puerta preparaba la cena, sintió sus manos acariciarle el pelo, un tímido abrazo, el olor a negra y una frase susurrada :.- Vas a ser abuela…. No hubo más palabras, solo un gesto de fastidio, el silencio y luego : Yo sabía que esto me iba a pasar…Se dijo Cesarina resignada.
Poeta

Cuentos :  Por un árido quántum
POR UN ÁRIDO QUÁNTUM

Sediento apresuró el paso, con el pensamiento
puesto en la penúltima partícula inestable,
sintiéndose culpable por no haber realizado
la experiencia qué se proponía, por no haber
materializado la chispa coloidal transversa,
y haberse trasladado a esa zona escalonada
y espiral qué se registró en el barométrico nanosegundo;
Y al mismo tiempo se sintió extrañamente ridículo,
preguntándose lo qué habría podido suceder...

¡Tal vez haya sido sólo mi fotoestesia refleja!...
Pensaba tranquilizándose ligeramente.
Con estas nuevas retinas, el implante bien puede
haber reprogramado mis conceptos de los taquiones
amplificados qué expuse en la aproximación teórica
el año pasado... Ya veré cómo tratar los procedimientos
indirectos de la fotocromía subjetiva, pues lo único
qué espero obtener son duplicados, fotografiando
el fotocromo en otro clisé autocromo como el qué
tengo occipitalizado...
El lugar estaba tan tranquilo qué las ondas de las
últimas versiones de feromonas discurrían con
lentitud. Replicándose atras del aire, dónde se
mueven y se fusionan...
En el asteroide veíanse las seis macrocápsulas
blindadas ligeramente opacas y flotando en algo-
donosos campos energéticos pulsátiles.
Parecían algo abandonados y un poco misteriosos.
La habitación permitía apreciar frecuentes lluvias
de estrellas, aunque los anillos del planeta cercano
eran incómodos y las cámaras ultrasónicas estaban
parcialmente obstruidas.

A través de las mismas, su figura delgada, cabeza y
barba alargadas, contempló cómo caía una espesa
neblina brillante. Cómo secas hojas lentas y seguras.

La verdad, mi verdad, encontrará la salida objetivamente,
y me abriré paso por tanto laberinto dudoso en teoría
planimétrica, pienso en la cara qué pondrán.
Seré breve y explícito. Y sobre todo veraz.
Pues he empeñado mi mejor esfuerzo en escribir,
enmendar, corregir y volver a repasar la teoría
con énfasis epistemológico.
Tanto qué mi vista se ha sumergido en el fondo del fenómeno
qué ha comenzado dentro de éste mismo a mirarse, a observarme,
singularmente expectante y complacido. Pues he llegado a creer
identificar cómo se traban entre sí sus relaciones catatímicas.
Ha bajado la temperatura y en la habitación el aire es lento.
Las alas de la inquietud silenciosa trazan círculos qué descienden
por las paredes semitransparentes; Y recuesta instintivamente
el cuello en su almohada gelatinosa hasta tocar el respaldo abatible
del antiguo sillón en sus oscilaciones ligeramente vibrátiles.
El incidente ha roto el hilo del tema y ablanda ciertos rígidos conceptos.

Todo empezó entonces a pasar cada vez más de prisa, ante la extrañeza
de la mirada, no supo cómo creció y se destruyó la idea.
Y menos en el recinto caótico de temporalidad abstracta dónde se hallaron
los ojos aterrados ante una amenaza ocular exterior.
La pérdida de este relámpago cognitivo pareció haberlo afectado profundamente
y no consideró prudente hacer una réplica de lo mismo y rescatar algo.
Sin embargo la impresión no fue desagradable en extremo.
El tiempo entonces, lo comprendo, existe, existe, ya lo sé,
pero hay tantos cosas qué no entiendo aún. Incluso cuando
se concibe alguna idea fantástica y se llega a soltar alguna ocurrencia
oportuna... Pero con frecuencia se cae estrepitosamente o se queda
flotando como suspendida de una argolla qué no se debe tocar
hasta una ocasión más idónea. Esta historia, claro, bien pudiera
durar años, dónde los más discretos callan y poco se atreven a preguntar.

Como esta vez, semejando un árido quántum en el espacio subjetivo,
se desplazan las ideas como las plantas y las flores en un jardín
esperando cultivarse... La respuesta seguramente está en una
posibilidad inesperada, cómo una sed latente ciclándose en su aridez
.

Autor: Joel Fortunato Reyes Pérez
Poeta

Cuentos :  Incrédulo escuché...
Incrédulo Escuché...
(Cuento Neosurrealista)

Cuando llegó el cofre debieron mantenerlo
alejado inmediatamente del jardín de escaso
valor real al secarse entre las espinas como
un objeto extraño y floreado tallado a mano
sin darse cuenta como el clima se marchitaba
dentro de la esponja humedecida erróneamente
con el polvo del viento.

No era posible, desde la baja colina, distinguir
la mano trémula acariciando la neblina del
atardecer en los bordes de aluminio por el pulular
magnánimo del hormiguero luminoso en la noche
estremecida con empeño.

Eran tres sombras que se hablaban en secreto.
Pensaban que nadie las vería. Me alejé un poco,
y ellas se quedaron allí, petrificadas, en las inscripciones
de la madera. Serían las ocho, pero en la calle el sol
marcaría las seis, comparando la arena y la sombra
en los relojes al llover nuevamente cambiando el orden
en la playa vacía por el rumor de huracán.

Aunque de esto no estoy muy seguro, pues sólo traigo
unos recuerdos para reconstruir aquel día.
Al final del jardín, justo a la derecha, delante del rosal
amarillo estaba en la madera el reflejo de la tarde poco
asoleada y un tanto desolada. Del cofre salieron con
inquietud fantasmagórica, y con un trozo de cielo propio
cada una de ellas, sombras tibias y cobrizas simulando
sueños que la razón espera entender algún día.

En el cofre quedó un eco gris de sombra: ¿Cómo habremos
venido a parar aquí?. Incrédulo el viento se tragaba, hecho jirones,
simulando indiferencia adornado con flores deshojadas que
no viven medio secas en la naturaleza muerta de aquel cuadro
por donde el eco se perdía.

Pero solo quiero referirme a lo que sucedía noche a noche,
al salir las sombras, aunque nadie supiera en realidad nada
de ellas, incluso ellas mismas eran invadidas de vez en cuando
por el eco, al encontrarlo.
Fue hace muchos años, yo era un anciano y aún no entendía nada
de la muerte, saberlo a esa edad sería exagerar la débil memoria
que poco crece en el pasto seco atrapado entre la madera de una
extraña cajita cuando solo una vez se cruza la vida, menos al estar
acompañado por tres sombras ajenas a mí, que las reflejo.

Esa vez no había ninguna gente al rededor. El jardín estaba medio
seco, la playa solitaria. ¡Y del huracán no me acuerdo!.
Solo se que lo vi. Se detuvo bajo una gran lámpara y me llamó.
Acudí a su lado. El cielo desapareció entre un inmenso sol que
hace huir las sombras que reflejo y mis pupilas dejan de pensar
en la noche en los incontenibles ayeres que se despojan de los
presentes, como en las epopeyas futuras de una campana doliente.

Ese día...¡Oh, ese día de honda palpitación sin corazón ni razón!.
Alguien dijo: ¡Sí, estoy seguro, ya no lo dudo!.
Dijo que solo soy el eco del silencio que sale por la sombra de
una noche de un cofre en un jardín creyendo que son tres.
Incrédulo escuché... Incrédulo escuché... Incrédulo escuché.


Autor: Joel Fortunato Reyes Pérez
Poeta

Cuentos :  YO SOY VICTIMA DEL BULLYING
YO SOY VICTIMA DEL BULLYING

No crean que yo no sé que muchos piensan que soy un viejo ridículo, que me ando haciendo el pendejo, con mi ralo pelo largo. Inclusive, no falta el que me lo grita en plena calle, amparado en la impunidad que le da el anonimato. Claro que lo sé, pero peor fue sufrir las burlas en mi infancia y adolescencia. En esa época sí que me dolía, esa permanente agresión, esa violencia psicológica a la que me sometían, y que me fue convirtiendo, para sobrevivir, en lo que soy. Entonces se decía, le tomaron de punto, está para la cargada. Hoy los medios descubrieron un termino inglés, “bullying”, para denominar esas crueles burlas sistemáticas. Entonces no se tenía conciencia del daño que causaba en la victima, se aceptaba como un hecho natural entre los niños y adolescentes, inclusive entre los adultos. Porque este no se aplicaba sobre características modificables, por ejemplo, yo puedo cortarme el pelo y si bien estoy realizando un acto contra mi voluntad, pero no puedo modificar un aspecto físico, o si puedo, en algunos casos, mediante cirugía u otro medio externo, pero es posible que no esté al alcance de todos. Resumiendo, yo puedo decidir cortarme el pelo, pero no me animo a cortarme las orejas
Poeta

Cuentos :  Asilenciado...
Asilenciado...


Por esa ausencia habitada que observa
de reojo el alma del eco acostumbrado
a no hacerle demasiado caso intentando
profundizar un poco en el misterio que
seguramente iría suavizándose cuando
tomó asiento en el automóvil... Acordándose
de su aventura matinal en aquel lugar solitario
dónde ni siquiera manifestó curiosidad por
saber su nombre.

Se detuvo frente al árbol y siguió con la mirada
la sombra de las hojas en la noche iluminada
en la luna herida con una expresión de perplejidad
fuera de su alcance en la copa del rumor enarbolado.

Y las imágenes de un sueño terrible vinieron a ocupar la memoria en la casa cubierta de madreselvas y de bugambilias en un alud de murmullos y telarañas que dos años antes tuvo... Empezó a retroceder transformándose entre escamas que se agigantan y cobran vida aladas en su espalda, en un túnel cada vez más húmedo del miedo puro con su cintura en las mandíbulas de lagartos y las muñecas agusanadas.
Luego, desplegó sus enormes alas sin poder escapar.

Entre tanto, nunca inventó la historia de reptil que llevaba y fingiendo asombro en la fábrica de venenos, caminaba y todo su nerviosismo se esfumó al llegar al mercado, montado en un caballo...

Estuvo a punto de salir nadando, soñándose calamar pero no le importaba por el sonido de las suelas y el sabor de unas bolas de arroz sabía que debía descubrir la forma de eliminar la confrontación amistosa sin sostener un diálogo efectivo consigo mismo en las otras realidades.

Aquella fue una primavera reseca y deslumbrante seguro de tener el poder de purificar el aire escondido donde resbalaban las interrogantes inútiles por las respuestas imposibles...
Imposibles y encendiendole el aliento, y cambiándole en otoño gris el cuerpo escamoso.

Representaba cuarenta y siete años aunque en realidad solo tenía sesenta y cinco en su avejentamiento de siete años en las hendiduras resanadas del grabado en la madera carcomida.

Suspendido en las leyes naturales de cuatro patas
pasaba de cazador a presa hundido el rostro y de
lado opuesto una ventana reflejaba baja estatura
el cuello abultado en el cielo que permitía ver
brillar su piel escamosa en la obscuridad del paraje.

Estos detalles son conocidos por las nítidas descripciones en una narración privada de un amigo de la infancia después de sorprenderlo trepando desde el fondo de una pequeña laguna, hasta el tronco en que flotaba... Las marcas de este retorcimiento viscoso y veloz nunca fueron bien vistas entre las correcciones satisfactoriamente realizadas en la historieta...

Cerró la revista... Ésta cayó desapareciendo en la obscuridad y sin intentar buscarla siguió la marcha... Quedando solo el recuerdo del eco al perderse en el aire...


Autor: Joel Fortunato Reyes Pérez.
Poeta

Cuentos :  GRACIAS RELUSOL
GRACIAS RELUSOL
No voy a presumir de haber sido un niño superdotado, bueno en algunos aspectos sí, pero en cuanto a mi inteligencia, que es a lo que voy a referirme, no... Era digamos un chico normal, tal vez un poco pirucho, pero tampoco voy a alardear de ello, porque muchos piensan que la locura es un atributo del genio, la famosa frase “ De poetas y locos, todos tenemos un poco” y la locura del genio que le han atribuido a famosos bipolares, apuntan a eso, pero ya aclaré que no iba usar ese axioma para avalar mi posible sobresaliente nivel mental. Por otro lado, hay quienes opinan que los niños prodigios, suelen ser adultos boludos e inversamente. Yo estaría dentro de la segunda caracterización A propósito, mi afición por la escritura comenzó a partir de los diez años, envié algunos de mis textos a un revista, y me contestaron que me dedicara a otra cosa, y ustedes son testigos del nivel al que llegué. Lo mismo ocurrió con mi compañero de banco, el rusito Alfred, con el que repetimos varias veces primer grado y con el tiempo se convirtió en el más importante físico de la era moderna. Y fue justamente con él, que compartí el descubrimiento del que quiero hablarles.
Recuerdo que fue en segundo grado, yo tenía alrededor de diez años, meses más meses menos, y recuerdo que mi vieja me manda al almacén del turco Mazalán, (que tenía catorce hijos, uno por medio les salió loco, pero genio ninguno, otro recuerdo que me permite desmitificar ciertas creencias populares) , a comprar Relusol, que era un polvo limpiador de vajillas, que en vez de tener un super héroe con un tremendo bulto, tenía en su etiqueta una negra sosteniendo una sartén, que reflejaba un envase de Relusol, que tenía una etiqueta con una negra que sostenia una sartén… y asi repetitivamente Por eso cuando el maestro nos explicaba la noción de infinito. Yo le dije a Alfred: .- Es como el Relusol !… Fuimos a casa y le mostré gráficamente la proyección infinita. Yo creo que eso despertó en él la vocación por la física, y a mi, fama de genio.
Poeta

Cuentos :  UNA MUJER EN SAINT SIMON
UNA MUJER EN SAINT SIMON
Al principio, en Maison Saint Simon, no quisieron saber nada con Albertina. Era natural: la sola idea de tener una mujer con ese aspecto dentro de Saint Simon parecía una profanación. Los claustros de ese colegio, tenían una tradición moral, lindante con lo monacal, aunque no religiosa. Durante siglos había sido la fragua de los más prestigiosos profesionales de la región. Nunca habían aceptado la tendencia moderna de los colegios mixtos. No como un hecho discriminatorio, sino porque pensaban que la presencia del sexo opuesto distraía la mente de los alumnos, que solo tenían que estar ocupadas en la asimilación del conocimiento que allí se impartía. Sus profesores, seleccionados con rigurosas exigencias tenían carácter vitalicio, o por lo menos hasta que estuvieran en condiciones optimas, mental y físicamente, de ejercer en forma Idónea su función educadora. La sorpresiva muerte de Lord Cheseline, eximio profesor de balero, autoproclamado inventor del tan afamado balero cuadrado, abrió una profunda grieta en la institución, ya que en fecha próxima se realizaría la CXLVll olimpiada de ese deporte, del cual Saint Simon se sentía orgulloso de ser invicto campeón desde su incorporación como deporte olímpico en el año 1855. La ambición de lograr este ansiado y prestigioso trofeo, había hecho que los colegios participantes en la justa dispusieran inmensos presupuestos para tener el mejor profesor en la disciplina, por lo que se habían agotado en el país los postulantes al cargo Con esta terrible realidad se encontró Saint Simon, cuando por imprevisión de formar docentes salió en búsqueda del reemplazante de Lord Cheseline ( Q.E.P:D.) La solución la dio, la presencia en el lugar de Neck Tapera, un argentino que había iniciado un juicio ante los tribunales, contra Lord Cheseline por fraude y usufructo comercial del balero cuadrado, del cual reivindicaba su paternidad y se había dirigido al colegio para confirmar la muerte del acusado. Enterado de la situación que estaba padeciendo la institución fue que recomendó para el cargo a su concubina, Albertina Karina Jelinek, a quien había conocido durante un certamen de balero en el programa de Gerardo Sofovich, a cambio de que si esta cumplía las expectativas del colegio, este se comprometía a ser testigo de parte en su reclamo Reunido la dirección del colegio y la asociación de padres, para tratar la propuesta, la misma fue desestimada por los sectores más conservadores que reivindicaban la tradición de que nunca una mujer había ocupado un cargo docente. Unos videos y fotos de la postulante, casi provocaron un cisma institucional por considerar su aspecto como altamente nocivo para el encuadre académico y estudiantil. Sin embargo primaron los sentimientos de la camiseta y la moción fue aprobada, sujeta a una entrevista personal que determinaría la aprobación final. Esta se concretó pocos días después ante la comisión evaluadora, ante quien Albertina, al ser indagada si sentía capaz de lograr los objetivos propuestos, contestó: .- Lo dejo a su criterio.
Albertina retuvo el título en juego y abrió una época de grandes maestros del emboque universal. Gloria y honor para el gran Saint Simon.

P.D :Karina Jelinet, vedetomga mediatica infradotada, argentina, célebre por se respuesta ,. Lo dejo a tu criterio
Poeta

Cuentos :  LO QUE NO PUDO SER
LO QUE NO PUDO SER
A pesar de mi profunda admiración, y haber escrito algunos cuentos en su homenaje, nunca hablé de la íntima relación que nos unía. Esta comenzó cuando yo era un ignoto joven presuntuoso y él un reconocido escritor. No viene al caso hablar sobre las circunstancias en las que nos conocimos, solo haré la salvedad que no tuvo nada que ver con la literatura , ni con un hecho cultural. Supongamos… porque yo sé que en este momento ustedes se preguntaran, o me querrían preguntar: .-.-Pero dale, donde lo conociste a Jorge Luis?… Y yo guardare en secreto, una vez más, la respuesta que solo él y yo conocemos. Bueno él ya lo habrá olvidado, dado el tiempo transcurrido desde su muerte, aunque lo considere inmortal, y yo, ni ebrio ni dormido, como dijo Mariano Moreno, ni aún a riesgo de mi propia vida, diré esta boca es mía. Pero vuelvo al, “supongamos”, que sería como, sería, habría, tendría, verbos potenciales al estilo TN. Supongamos, que fue en un piringundín de Palermo, donde nos encontramos para tomar un guindado uruguayo, según era su gusto. Y pongo este escenario, porque es posible que alguien nos haya visto en ese lugar, que sí frecuentábamos, haya hecho correr la bola, y algún gil diga: .- Ah, ya sé… Nó, definitivamente, nó. Ahí fue donde muchos años después tuvo lugar el encuentro que voy a relatarles.¡Qué suenen las trompetas !... En el proscenio, los protagonistas . La escena, en el interior antiguo y mugroso de un bar, oscuro como su fama, mostrador de estaño, respaldado por una estantería exhibiendo bebidas, telas de araña y tierra, conviviendo armonio, entre los que señoreaba, como jamón de sanguche, un galaico grasoso y rancio Destartaladas mesas y sillas de madera, espaciadas según fueron quedando , se nos ofrecían, impúdicas como putas viejas. Elegimos, como siempre, unas junto a la vidriera, esmerilada de estornudos de café y huno. Yo con mis codos apoyado en la mesa, Jorge con sus manos cruzadas sobre su bastón y sus ojos en el infinito. Esa escena se repetía en cada uno de nuestros encuentros, el guindado era una coma entre palabras.
Días antes , le había dado con pudor, algunos de mis cuentos a Jorge, que ignoraba hasta el momento mi berretín de escritor. El fue quien comenzó la çonversación, haciendo referencia a ellos ( a los cuentos ) .- .-.Gato… Me dijo. Antes me decía Edgard, no como homenaje a Poe. Si no porque argumentaba que la castellanización bastardeaba un nombre germano tan simbólico, “el que defiende su tierra con la lanza”. Cuando conoció mi sobrenombre me llamaba por él, aducíendo que era el adjetivo del hombre, lo que se dice de él. Hasta que un día María le dijo que Neco quería decir Gato y desde entonces me llamó así. .—Gato, estuve leyendo sus cuentos, para ser sincero, desde mis humildes conocimientos literarios ,me parece que son prescindibles como tales, si no fuera por el respeto que usted me merece, los hubiera dejado al segundo párrafo, sin embargo los he leído a todos Desde la iletrada ignorancia popular, y desde esa visión podrían ser interesantes. No por la trama, desarrollo y contenido, sino porque están escritos en el lenguaje con el que ustedes se expresan. Tal es que pienso que la síntesis de un buen escritor sería la fusión suya y mía. Digamos, para ejemplificar, un hijo nuestro. .-.-Bueno, Don Jorge, muy honrado, pero la Bulrrich dice que usted es impotente, así que no hay muchas opciones… Yo le tengo mucho afecto, pero en realidad no me excita y aparte está medio viejo para ser madre. Lo nuestro es imposible Maestro. .-Hay Gato, Gato!… Justamente una de sus falencias son la incomprensión metafórica del lenguaje culto. Aunque en realidad lo que me atrajo fue el uso metafórico de las palabras, no de las frases simples y chabacanas del relato, sino en el uso del vocabulario lunfardo coloquial que las construye, done las obscenidades se convierten en metáforas insustituibles. ¿ Me comprende Gato ¿…Mi escritura, humildemente, es rica en muchos aspectos, pero mis personajes hablan y piensan como Borges, aunque pertenezcan a otra cultura. El lenguaje del hombre debe expresar su propia historia y transmitirla a sus iguales. Ni usted puede ser Borges, ni él, Gato. Se me ocurre proponerle intentar algo compartido, algo así como lo que hice con Adolfo…¿Quë.opina,Gato.?... Un brindis y un apretón de manos sello el acuerdo. Hicimos varios cuentos en colaboración, lo peor que hicimos ambos… Un fallido y lamentable intento, un pastiche total !...
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Poeta