Poemas :  Poetas e pássaros
Deixem os poetas serem como os pássaros:
cada um com seu versar.
Os pássaros são livres na Natureza.
Cada um com seu cantar.

Há gosto para todo lado...
Tem gente que gosta do trinado
do canário.

Tem gente que gosta do “martelado”
do canção de fogo.
(talvez um ferreiro aposentado)

Há o grasnido do corvo,
o piado do pássaro novo,
o gorjear de todos os pássaros...

Deixem os poetas livres...
Cada um com seu modo
de gorjear.

A.J. Cardiais
07.01.2011
Poeta

Poemas :  Os destruidores
Os gananciosos pensam que o dinheiro
vai levá-los ao paraíso...

E nessa busca desenfreada,
fazem o que for preciso
para encontrar
uma forma de lucrar.

Destroem a Natureza,
para construir uma beleza
artificial.

Depois ficam exaltando
como se tivessem feito
algo fenomenal..

A.J. Cardiais
26.01.2012
imagem: google
Poeta

Poemas sociales :  A "grandeza" do homem
O homem é pequeno
diante da natureza,
mas sente-se numa grandeza
que não tem tamanho.

O mar vem, e dá um banho.
A terra treme e transforma
tudo em entulho...
Mas o homem não se dobra.
Continua com seu orgulho.

Quando será que o homem
vai aprender,
que destruindo a Natureza
nós é que vamos sofrer?

A.J. Cardiais
17/11/2012
Poeta

Textos :  O espírito da arte. E os fantasmas do tempo.
O espírito da arte.
E os fantasmas do tempo.


Impossibilidade de achar uma escala absoluta para determinar o valor de uma obra de arte. Valor relativo da beleza e da feiura. Origem dos nossos sentimentos estéticos. Origem das nossas ilusões sobre o valor absoluto das obras de arte. A arte não tem por fim reproduzir fielmente a natureza. A obras de arte exprimem os sentimentos, crenças e necessidades de uma época, e transformam-se com ela. … a arte como prazer, a arte como expressão e a arte como conhecimento, pois as questões referentes à arte são tão antigas quanto a própria origem da filosofia.

Mas tudo isto conservará em alto grau carácter insular. Isso resulta do facto de elas representarem a efusão natural dum cérebro um tanto excêntrico e que compunha dominado por uma espécie de obsessão. No entanto, o princípio da falseabilidade não é critério único para dar garantia ao processo de pesquisa científica, já que a própria teoria da falseabilidade pode ser aplicada a si mesma, o belo pode ser um dos atributos da arte, mas não é o único, tampouco o mais importante. O feio também pode ser arte. Além disso, existem proposições em que o princípio não é aplicável. A interação ambiente/organismo gera informação e esta causa mudanças no comportamento do organismo, que por sua vez causa alterações em seu ambiente, processo equivalente ao do feedback estudado na teoria da informação.

Desta situação decorrem dois fatos: 1) Não existem valores absolutos e eternamente válidos para todos as espécies de seres que existem e existiram; e 2) Muito menos valores humanos válidos para toda a natureza, inclusive a humana.
A primeira dificuldade apontada concerne à questão da comensurabilidade. Isso porque quando duas coisas - objetos, pessoas, fenômenos - são comparadas, presume-se que se possa medi-las em igualdade de condição (suposição, muitas das vezes, errônea). É difícil imaginar hoje a possibilidade de, em algumas páginas, definir o pintor ou a pintura, o artista ou a arte da vida moderna, pós-moderna, contemporânea, ou como se queira chamar-lhe. Isto é, dirigir-se à actuali-dade, que sentimos como cada vez mais complexa, e traçar-lhe o retrato, a essa actualidade que temos cada vez mais dificuldade em convocar como realidade, em dizer como experiência, ou sequer em configurar como nome.

Não há como mensurar qualquer fenômeno estando fora da história ou da sociedade… se a razão busca uma soberania irrestrita sobre a natureza, ela coloca o humano contra si, do mesmo modo que a natureza o faz quando exerce uma dominação total. Neste último caso, o homem seria um selvagem; no primeiro, um bárbaro. É preciso um singular poder de observação para tornar sensíveis tais particularidades de matéria.

Uma vez presumida a impossibilidade de apreender por inteiro a realidade objetiva, a capacidade de “prestar atenção” (em um número reduzido de estímulos) passa a ser considerada condição de uma subjetividade plena. Trata-se antes de um episódio desseeterno movimento pendular que faz com que a um período de frivolidade suceda um período severo, a um período de liberdade um período de disciplina, mas hoje uma data de gurus universitários, todos a darem-se ares de iluminados para os centenares de alunos que vão dormir a sua marijuana ouvindo-lhes os sermões psicanalíticos, estruturalistas, etc… Tal maneira de ver não teria suficientemente em consideração a complexidade das coisas.

É importante perceber que muito daquilo que tendemos a encarar como “natural”, principalmente no que diz respeito aos valores, costuma ser muito mais uma mescla obscura de orientações morais cujo delineamento e defesa podem ser encontrados em muitos pensadores. Embora tais armaduras simbólicas sejam eminentemente invisíveis, elas possuem também uma parte visível – aquela parte que nós representamos com objetos e imagens.

E tais representações, é claro, não se dirigem apenas aos outros mas também a nós mesmos, ajudando-nos a ajustarmos, embelezarmos e afirmarmos o direito de utilização de nossas armaduras. Grosso modo, se antes uma representação aludia a algo “em si”, como referencial objetivo, passou-se a entendê-la como algo que foi visto por alguém, em sua particularidade e em meio a instâncias dispersas.
E o que caracteriza a pulsão é sua plasticidade, de modo que ela pode ser investida em objetos muito diversos, de formas muito diversas. Mas, como é fácil observar, a experiência imaginária do humano, este ser mergulhado no simbólico, é muito diversa da experiência imaginária do animal, no qual se pressupõe simplesmente que certas imagens os impelem (instintivamente) para ações específicas, como no caso das imagens que atraem sexualmente.

Trata-se, é preciso reconhecer, de uma questão difícil de responder, em parte devido ao grau de enraizamento de tal ideia em nossa cultura, que faz com ela permeie, em formas bastante variadas, uma infinidade de representações
.
Poeta

Poemas :  harmonia
harmonia

Às vezes,
observando a natureza,
percebo
que algumas plantas ou árvores
contrariando sua própria natureza
criam movimentos
ou curvaturas simétricas
idênticas e harmônicas.
Coqueiros, por exemplo.

O que as teria conduzido
a essa experiência
me intriga:
Seria a própria natureza,
com seus movimentos
ou acidentes algumas vezes?
A necessidade de permanecer
juntos e coerentes,
ou o respeito e amor recíproco
que moldou,
silenciosamente,
um ao movimento do outro?

Acredito,
Permanecesse um,
firme a sua estrutura básica,
a harmonia da paisagem,
estaria
sobremaneira prejudicada
.
Poeta

Poemas sociales :  Água - nosso tesouro
Água - nosso tesouro
O "bicho homem"
para ter mais conforto,
faz da vida um esgoto
deixando o mundo torto.

O "bicho homem",
por pura ganância,
parte pra ignorância
e destrói nossa riqueza,
agredindo a Natureza.

Mas não tem riqueza,
nem pobreza...
Se não tiver água,
toda vida morre...
Com certeza.

A.J. Cardiais
07.10.2015
imagem: google
Poeta

Poemas sociales :  Pró Natureza
Sou só mais um que escreve:
a nossa passagem pela Terra,
é breve...

Porém minha mensagem,
que serve de alerta,
fica encoberta
pela poluição capitalista.

Ela pode ser bela à vista...
Mas "a longo prazo”,
faz mal para os corações.

Todos sonham com os milhões
que as devastações
podem render...
Todos pagam para ver:

No mar, as extrações;
nas florestas, as construções
e nas nossas vidas, as destruições...
Os humanos pagam pra morrer.

A.J. Cardiais
13.05.2011
Poeta

Poemas sociales :  Filhos da mãe natueza
A Natureza sofre em nossas mãos...
A Natureza é nossa mãe
e nós somos filhos ingratos.

A Natureza está em todos
momentos da nossa vida.
Tão sutilmente, tão humildemente,
que nem percebemos.

Para simplificar: é a mãe Natureza,
que purifica o ar.
A mãe Natureza é nossa água,
nossa luz, nosso alimento...

A mãe Natureza é nossa vida.
Chego até pensar que
não somos só filhos do Pai...
Somos também filhos da Mãe.
Filhos da Mãe Natureza.

A.J. Cardiais
25.04.2009
Poeta

Poemas :  MINA D'ÁGUA
MINA D’ÁGUA

Mina d'água
Agua cristalina
Fluida vida
Que corre, percorre
Transcorre entre os dedos
Entre os vales
Molha os caules
Que darão os frutos
Que alimentarão os seres
Refrescarão as noites
Nos alegrarão os dias
Dia após dia, após dia

“A felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo” Roselis von Sass – www.graal.org.br
Poeta

Poemas sociales :  Carinho e Atenção
Carinho e Atenção
Tudo precisa de carinho...
Todos precisam de atenção:
a criança, o adolescente,
o ancião...

A plantinha, o animalzinho,
seu carro, sua construção,
seu colega, seu vizinho,
seu empregado, seu patrão...

Tudo precisa de carinho...
Tudo precisa de atenção.
Tem muitas coisas que
você pensa que não:

A Natureza, com certeza,
é uma delas.
Você só lembra que ela existe
quando ela se rebela.

Quando ela está triste
por causa da sua poluição,
você não lhe dá atenção.
A você não diz nada...

Você só lembra da Natureza,
quando ela está revoltada.
Porém já é tarde.

A.J. Cardiais
12.01.2011
imagem: google
Poeta