Poemas : Indiferença |
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Indiferença mira-se no rosto,
Sentido ao lábio que treme, não sente. E se o notas assim tão indiferente, Nas noras da calçada imprudente É o rosto calcado ao silêncio Num poema parido ao relento! Pois calcarias lousas uma a uma, De olhar desviado sem ver! Oscularia inimigo…só por sim, Afecto da lua, as quimeras… Respeitaria o grau em bel-prazer E desposarias nada para o ter. E se o nada difere do uno Naquele que olha o linear, Num espaço vago ao futuro… Então anulo-me inacabada, Em linhas de descoroçoar Num rosto que não diz Nada! Carla Bordalo |
Poeta
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