Poemas : DO ARRANHA-CEU DA PAULISTA |
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Do alto da Paulista eu vejo tudo A vida, a morte, o punhal Pontiagudo Vejo amor que foge de mim Ah, se eu não amasse Poderia estar livre Como as formigas Lá embaixo Intiecológico Liberto, aberto como o vão Do Masp Se soubesse fazer uma pajelança Um ebó, um mau olhado Não há mulher que se apaixone Por um homem não malhado Por uma bunda sem silicone Por isso não te amo Não amo Não sei se amo Faminto como o gavião Fotografando o chão, moribundo Do alto da Paulista os amores São desafetos, skinheads Os bancos abarrotados As mãos vazias de Um paraplégico Quando tentamos namorar ensaiamos Falar de amor Quando nos conhecemos esquecemos Vem à cabeça a cama O amor é mais encantador Para quem não ama Te vi no espelho dágua Nua Te amei Ou apenas Te quis mais bonita Como o hexágono da neve Só sabia falar de amor E ensaiar cantar um soul Não era tão simples Como comer Batata frita. JOEL DE SÁ. |
Poeta
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