Poemas : O poeta |
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Balança os pés na beira do cais, sobre as rutilantes águas o poeta. Olha até não poder mais. Sabe que este corpo já não aguentará a próxima viagem. Há muito que se deixou ficar por ali a saborear a beleza de algum pensamento ou a escoar-se nele por ele, através dele. As palavras já não servem o seu intento. Nem nunca serviram agora que se detém. Em vão. Foge-lhe de novo o pensamento. Não sabe, qualquer ruído ou cor ou outra coisa qualquer, são agora o seu ar e o seu sustento. Impossíveis de agarrar. MRLEAL - 4.4.2012 |
Poeta
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