Poemas de introspectíon : Nossa aliança foi com o mensageiro. |
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Toda vista pôde revelar e ser alcançada.
Eu também vi a vista, minhas crianças! Eu vi os navios seguindo seus destinos e sombrios eu os vi levarem acordos de presságios! Transcendências de nossas casas já não conseguimos vislumbrar. Levaram-nos da alma o precioso, o benigno. E o sorriso que te deixei ao mar me retornou em sal. Nossas camas agora são feitas de sal, nossas mesas são talhadas a sal, nossos dias são vestes de sal, nossa espera, nosso tempo, nosso mistério, nossa saliva, o sal... E os navios partem ao longe. E nossas almas dentro deles, só sal vão. E eu não pude mais vê-lo, não pude tocá-lo o semblante, minhas veias endurecidas, petrificadas, minhas crianças sedentas tiveram os lábios rachados. Agora a agonia apartada de todo mar, abraça-me feito anjo em espumas e nossos corpos, nossas lembranças curtidas fazem a dor dentro de mim afogar-se. Ao vento corre agora a despedida, despida de nós, vai te pedindo, te suplicando: “A promessa foi de aventura, nada há que te acorrente ao cais. Leva fios de teus cabelos finos o envelope da mensagem. Deixa o amor, deixa que eu fico aqui na escotilha desta casa a espreitar, todo o Espanto, fincada nesse sal de abismo, nesse silêncio azul que me despela em saudade." Patricia Porto |
Poeta
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bonito, dói escrever não mais beijos para vocês da Argentina