Poemas surrealistas : PUNHO SELVAGEM |
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Gosto de mastigar os prédios em noite clara
só é vermelho o grito que dá nome à esquina quando é balada a metralha Pássaro da noite só pia quanto aponta o número no cemitério a última canção de amor é no bordel porque todo o resto despareceu Quanto mais mordaz a ironia mais aguda é a tristeza quanto mais intensa a fome maior o sentido da beleza Pois se o coração é inútil sem amor declarado a loucura é admirada morto o artista finda rebelião quaternária palma bruscamante de armas no punho selvagem a verdade pouco importa se a razão urubuza vaidade café na xícara - o que é o desdém sem piedade? |
Poeta
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