Poemas de esperanza :  Crepúsculo

Sobre a mesa da áspera madeira
A vela que lhe faz companhia
Empresta seu corpo de luz por inteira
De resina e pavio apagado
Morre debruçada no colo do dia.

Sobre o papel amarelo envelhecido
Descansa a condoída poesia
Quando cai a noite fria de improviso
A pena que com pena do autor
Empresta a tinta
E morre esturricada de vazia.

O velho homem bem que tentou
Tomar inspiração na tal tristeza
A saudade da mulher que amava
É o que restou
Quando o sono pesava-lhe
O rosto sobre a mesa.

Ao dormir no crepúsculo da noite fatídica
A vela se apagou junto à poesia
Talvez em sonho a realidade verídica
Daquele velho homem
Extraia toda a dor
Como da pena que vazou a tinta.

Poeta

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Claudia
Publicado: 6/9/2011 0:40
Incondicional
Unido: 17-1-2011
De: México
Comentarios: 2442
 Re: Crepúsculo

Buen poema, como todo lo que escribes. Saludos amigo Zacarelli, un respetuoso abrazo. Claudia Alhelí Castillo