Textos :  Sketch 1. Dark Room
Sketch 1. Dark Room
1. Dark Room









A cena se passa no Brasil, no ano de 1940.







Cena Única




Uma casa com um porão escuro e com duas camas nele. Perto das camas há alguns alimentos e uma jarra contendo mel e na outra jarra está cheia de água. No porão estão dois homens chamados Paulo e Sérgio. Obviamente, eles estão trancados no porão.




Paulo- Sérgio, o que você tem a me dizer sobre a nossa situação? Eu te vi falando com nossos sequestradores.




Sérgio- Sim, eu conversei com eles.




Paulo(ansioso e preocupado)- E então? O que tem a me dizer?





Sérgio(procurando as palavras certas para falar)- Eles querem... Eles querem que a gente participe dos cultos deles.




Paulo(surpreso)- Como assim? Eles pertencem a alguma seita?




Sérgio- Sim, Paulo, eles são ocultistas e esotéricos. Eles fazem sacrifícios de animais nas florestas.




Paulo- Não fazem sacrifícios humanos?




Sérgio- Pelo que pude constar, não.





Paulo- Isso é loucura, Sérgio. Não podemos entrar nesse culto.




Sérgio- E por que não? Você quer que eles nos matem?





Paulo- Não, mas eu não acho que devemos participar de cultos ocultistas.




Sérgio- Pense bem, Paulo, talvez seja nossa única chance de sairmos daqui com vida.







Neste momento, entram dois homens encapuzados. São os sequestradores.





Sequestrador 1- E então, qual é a resposta?




Sérgio- Paulo está preocupado, mas eu gostaria de fazer parte do culto.




Sequestrador 2- Esperamos que o Paulo aceite nosso convite, se não aceitar, nós iremos matá-lo.




Paulo- Vocês já iam nos matar mesmo...





Sequestrador 1- Pense bem, Paulo, você terá dinheiro se se juntar a nós. Muito dinheiro.





Sérgio- Deixem-no pensar mais um pouco, eu vou tentar convencê-lo.





Sequestrador 1- Você tem três horas.





Os dois sequestradores saem do porão trancando-o.





Paulo- Eu preciso dormir.




Sérgio- Não pode dormir agora, precisamos conversar.




Paulo- Eu vou dormir por uma hora, temos duas para conversar. Eu não consegui dormir essa noite e estou morrendo de sono.




Sérgio- Está bem, mas não durma muito, e quando acordar, você vai ter que escolher se juntar ao culto.





Paulo vai até uma das camas e deita e começa a dormir. Sérgio vai até uma jarra e pega um copo e e o enche de água. Ele bebe o copo todo.




Sérgio(à parte)- Espero que resolva nossa situação, Paulo. Estou contando com você para nossa liberdade desse maldito porão.






O pano desce.







Fim

Poeta

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