Textos :  Sangue na Janela(Sketch XXVIII)
Sangue na Janela(Sketch XXVIII)
Sangue na Janela



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A cena se passa no Brasil. Data: 1976.









Cena Única









Um quarto com mobília no estilo espanhol. Vemos as ombreiras da janela totalmente vermelhas. Um homem chamado Fabrício está sentado na cama.









Fabrício- Fiz como o meu mentor me disse em um sonho. Que eu ficaria protegido se passasse sangue nas ombreiras da minha janela toda sexta-feira.









Fabrício se levanta, vai até a janela e passa a mão na janela. Os dedos dele ficam sujos de sangue.









Fabrício- Sangue. Algo que me dá medo, mas eu preciso fazer isso.







Fabrício limpa os dedos na calça.









Fabrício- Será que isso realmente vai funcionar? Será que estou sendo enganado?









Fabrício olha para fora da janela.







Fabrício- Tenho tanto medo de ser perseguido. Acho que faria qualquer coisa para que isso não acontecesse.









Fabrício mais uma vez passa as mãos na janela que está encharcada de sangue.









Fabrício- Os israelitas fizeram o mesmo que eu fiz. E estavam protegidos. Vou confiar nisso.







Fabrício começa a andar de um lado para o outro. Ele coça a cabeça enquanto anda.







Fabrício- Sangue na janela. Que maneira incomum de ser protegido. Por que não posso apenas pensar e ficar protegido?







Fabrício volta a se sentar na cama.







Fabrício- Será que estou preocupado demais com a minha proteção? Será que estou ficando paranóico?







Fabrício deita na cama. Ele fica olhando para o teto.







Fabrício- Já sei o que vou fazer. Eu vou passar sangue nas janelas da sala. Assim estarei mais protegido.







Fabrício se levanta e pega uma tigela que está em uma escrivaninha com sangue. Ouvimos música triste tocando ao longe. O pano desce rapidamente.









Fim
Poeta

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