Textos :  O Navegante Perdido(Sketch XII)
O Navegante Perdido(Sketch XII)
O Navegante Perdido







A cena se passa nas costas gregas, 1913.



Cena Única



O exterior de um barco com o leme. Vemos um homem chamado Grigori Panatkos junto ao leme. Ele está cansado e abalado.



Grigori- Cáspite! Três dias que deveria estar em Samos, mas peguei a rota ao sul que estava no mapa e que mostrava um atalho, e agora estou cá perdido, e este maldito rádio que não funciona! O que farei?


Ele sai de perto do leme e vai até a esquerda. Ele olha como se estivesse querendo enxergar algo além do horizonte. Vira-se e vai para a direita e faz o mesmo.


Grigori- Nada de terra! Nada de nenhuma costa! O que posso fazer? O máximo de dias que posso aguentar nesse maldito barco é quinze dias! Ou menos, se tiver a sorte de afundar por causa de uma tempestade como a de ontem! E como os dias passam depressa no mar!( Ele volta ao leme e começa a dirigi-lo).


Ouvimos um barulho de mar ao longe, e também alguns barulhos de vida marítima. Grigori está tão distraído que não percebe os barulhos.



Grigori- Eu tinha absoluta certeza que tomando a rota que tomei iria chegar em Samos mais rápido. Por que não fiz a mesma rota de sempre? Por que quis pegar um atalho? ( Mexe duas vezes no leme, olha para frebte como se estivsse olhando para o mar). Droga! Eu realmente preciso achar esse caminho!


Sai de perto do leme e vai até o canto esquerdo e fica olhando para o horizonte. Ele olha para o horizonte mais ou menos uns dois minutos. Depois para, e volta ao leme. Ele se senta em um banquinho e fica desanimado. Passa a mão nos cabelos, suspira longamente.


Grigori- Não sei mais o que faço. Já tentei todas as rotas que ainda conheço. Agora realmente vou ter que operar no modo intuição, se é que realmente sei usá-la. Mas... Não, essas rotas nunca tem navios da marinha. Eles ficam mais a noroeste de onde estou.



Grigori vai até o leme novamente, guia-o por mais ou menos uns dois minutos. Solta. Ele novamente fica desesperado. Toma uns goles de água em uma garrafa. Fica sentado a olhar para a frente.



Grigori- Vou atracar. Não aguento mais. Não, não posso fazer isso. Preciso continuar a tentar achar o caminho.



Ele volta a pegar o leme, mas ele está tão abatido que decide parar de vez de pegar no leme.


Grigori- Vou realmente tirar uma soneca. Não quero continuar a seguir por hoje.



Grigori sai. Ouvimos um barulho de mar e algumas gaivotas. Ouvimos o barulho de vozes ao longe, mas logo o pano desce.



FIM
Poeta

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