Poemas : TOLEDO |
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Cheguei as portas de Toledo
Parei Fechei os olhos para ver com o coração As partes guardadas no meu peito As impressões gravadas nas retinas Nas minas escuras do meu coração Vi a galhofa das crianças As gargalhadas das moças curiosas Os sinos, as correntes que dos seus pulsos pendiam O frenesi da nova estação que surgia Era a fome e o frio esquecido O tempo de dança que tão logo chegaria Era a alegria reinante daquela gente Era o palco da minha vida assim tão distante E nesse passeio De saudades enchi os cântaros Das lágrimas que escorreram no meu rosto antigo Dos dias que sem eles fiquei Das noites que em pranto dormia E da certeza que em algum momento voltaria |
Poeta
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