Poemas de naturaleza : Monturo |
|
---|---|
Transbordantemente em versos
eu faço um apelo: seguindo com esse desmazelo, nós vamos acabar com o mundo. Eu também não me chamo Raimundo,* mas para o Drummond* eu apelo, com esse poema singelo e um sentimento profundo. Vou rimando passo a passo e no compasso: escorrego num desmatamento... Vejam o tom violento com que o fogo destrói a vegetação... Como isso dói... Ver seres vivos sendo destruídos pelo fogo. Nos, que ficamos comovidos, procuremos alertar os distraídos: Por baixo desse monte de lixo, estão nossas vidas. Ou damos um basta nesta violência, ou vamos acabar pedindo clemência: Perdoai-nos, ó Mãe Natureza... Depois de tanta beleza, o que deixamos para o futuro são carros, jóias, mansões... Monturos. A.J. Cardiais 13.07.2009 * Carlos Drummond de Andrade Em: Poema de Sete Faces |
Poeta
|