Sonetos :  Certidão
O que escuto de mim mesmo?
O que me cobro?
Apesar de viver a esmo,
eu não me dobro...

De material não tenho nada...
Tenho uma visão encantada,
que transforma tudo em poesia:
sol, lua, noite, dia....

Como cobrar de mim mesmo,
se não tenho como me pagar?
Então deixo a dívida rolar...

O que errei, quando pude, consertei.
Só me arrependo do que não fiz,
porque nunca saberei

se me faria mais feliz

A.J. Cardiais
03.01.2017
Poeta

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