Crónicas : A teoria do ódio |
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O ódio sempre existiu na humanidade. Mas parece que agora ele está enraizado em quase tudo que se faz ou se pensa. As pessoas estão confundindo adversário, com inimigo. Adversário é um amigo que brinca conosco do lado adverso e que, a depender, serve até para nosso aprimoramento, para nossa evolução.
Os atletas de artes marciais, se não tiverem um “adversário” para treinar, não ficam bem preparados antes das disputas oficiais. O boxeador Michel Tyson disse, numa entrevista, que quando mostravam a foto do adversário dele, ele já ficava com ódio da pessoa. Cadê o espírito esportivo desse cara? Quer dizer: ir lutar com ódio, tem um peso a mais, porque ele vai bater com ódio. Mas também pode ter um peso a menos, porque o ódio cega. E a depender da “frieza” e da técnica do adversário, a pessoa pode até perder. Partindo agora para o lado “futebolesco”, vejo as torcidas adversárias se enfrentando, se armando e se matando como se estivessem brigando por alguma coisa séria, enquanto os dirigentes dos clubes estão no “bem bom”, só se preocupando em ganhar dinheiro. Aqui na Bahia por exemplo, praticamente só tem o Bahia e o Vitória. Mas o ódio reinante entre as torcidas organizadas, não deixa os torcedores perceberem que, se um time acabar, praticamente o outro acaba. É preciso separar adversário, de inimigo. Senão, o que é para ser uma simples distração, acaba virando uma guerra. A.J. Cardiais 28.03.2013 |
Poeta
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