Poemas surrealistas : APERTEI A MÃO À MORTE |
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Ao entrar no hospital
Apertei a mão à morte Mas ela não me reconheceu. Passei no momento idéal, Confesso que tive sorte Ela não me arrefeceu. Toda vestida de negro Com ar de pucos amigos Olhou para mim com desdém. Com um voar de morcego Foi entrar no seu abrigo Sempre a pensar em alguém. Odiada por nós, os vivos Tem a decisão suprema E uma liberdade invulgar. Consegue seus objetivos Toda a gente a condena Ninguém a consegue matar. A. da fonseca |
Poeta
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