Poemas de desilusión :  NÃO HÁ BANCO DE JARDIM PARA SONHAR
Foi feitiço que um dia te trouxe até mim.
Foi surpresa que adoeceu meu coração.
Mas o destino decidiu que fosse assim
E entre nós nasceu uma grande paixão.

Juntos à lareira sentados lado a lado
Trocávamos palavras e beijos de amor,
Era um amor verdadeiro, não era pecado
E a vida assim vivida tinha mais sabor.

Lembro-me ainda daquelas lindas rosas
Que com muito amor eu te as ofereci.
Ainda as vejo vermelhas, muito vaidosas
Por saberem que elas seriam só para ti.

Hoje o lugar frente à lareira está vazio
Leio as cartas de amor que trocávamos
As chamas da lareira, só me dão frio
Não há beijos de amor, nos abandonamos.

Procuro e não te encontro, estou só
Os jardins de Lisboa não têm Luar,
O nosso amor se transformou em pó
Não há um banco de jardim, para sonhar.

A. da fonseca

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Poeta

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