Poemas infantiles : Palavra: um poema supérfluo |
|
---|---|
Deturpadas palavras más,
que os dicionários vão engolir. Os poemas supérfluos hão de exibir todas as palavras. Mas... O abdômen, inimigo do homem, e a barriga, aquela nossa amiga, estão na maior briga por causa de um nome. O nome: substantivo desconhecido, de pai e mãe abstratos. Muitos nomes, muitos retratos de fome e de povo subdesenvolvido. Nome feio equivale a palavrão: paralelepípedo, inverossimilhança... Mas, nome feio para a criança, é aquele que não se pode dar não. Então eu grito: Rimas! Rimas à mão cheia! E as mãos: cheias de calos. Brigo, xingo, ofendo os cavalos... Sou louco... Sou louco não, creia. A.J. Cardiais 06.02.1990 imagem: google |
Poeta
|