Sonetos : HÁ TEMPOS |
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HÁ TEMPOS
Pudesse transformar água no vinho Que tanto necessitas, doce alento No quarto de dormir, eu me atormento, Estando quase sempre tão sozinho. Quem dera se esta espera num carinho Pudesse transformar o próprio vento, Distante de teus braços mal agüento Saber que não terei jamais teu ninho. Outrora fui até um pouco audaz Agora esta figura vã, mordaz Que a noite em silêncios sempre traz Dizendo do vazio amor sem paz O quanto desejei já se desfaz O mundo se perdeu tempos atrás... MARCOS LOURES |
Poeta
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