Poemas : GÉLIDO GRANITO |
|
---|---|
GÉLIDO GRANITO
Uma alma tão sensível? Não mais quero. Prefiro ser um gélido granito... Esquecer da ilusão, terrível rito, Mantendo o coração, voraz e fero... E quando em poesia me tempero, Rasgando assim meu peito; imenso grito, Alçando num momento este infinito, Distante do que vejo; mas venero... Não quero ter a dor que me inebria, Nem mesmo ver as cores de uma aurora, Calando o frio algoz, a poesia O homem atrás dos óculos, sensato... Aborto o sentimento que se aflora, E o verso que me doma; esqueço e mato... MARCOS LOURES |
Poeta
|