Sonetos :  Soneto do acaso - I
Soneto do acaso - I
Não adianta eu roubar
o sonho do acaso,
para esquematizar
o meu poema raso.

Não adianta o poeta
dizer: "Tudo vale à pena,
se a alma não é pequena"...
Muita gente não aceita.

Minha alma se enfeita
com fantasias possíveis.
As improváveis ela rejeita.

Ela não se deita
com sonhos impossíveis.
Procura sonhos disponíveis.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

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