Poemas :  OITO
Oito vezes fui ao cais

esperar-te,

ansiando o teu regresso.

Oito vezes, até mais

pois só à décima me devolveram o teu corpo.



Vinhas de gesso vestido

os lábios, de carmesim pintados

os cabelos negros enrolados

e as mãos roxas sobre o peito,

em cruzeta.



Oito vezes quis morrer,

talvez mais, não o sei.

À décima, me quedei

e as oito lágrimas que deitei

guardei-as numa gaveta.



Ao cais, não mais voltei.
Poeta

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JoelFortunato
Publicado: 3/2/2013 3:19
Incondicional
Unido: 23-6-2011
Comentarios: 7989
 Re: OITO

Bueno y tierno. Lectura breve y agradable. Saludos.