Poemas : Tempo do Meu Sofrimento (Parte II) |
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Minha angustia persiste oh voraz solidão,
Meu peito entorpece lividamente, A dor o corroe lentamente, No crepúsculo da vida o amanhã sem salvação. Os dias estão passando meu dolorido coração, Desse tempo que é o teu maior inimigo, Nas asas do amor que não encontraste abrigo, E os anjos dos céus que não te deram as mãos. Tuas noites são sempre frias, Como o orvalho que se forma sob os lírios, Nas madrugadas que vives em martírios, Nos calafrios das tuas agonias. Ah meu purificado coração, A feroz dor que inunda o meu ser, É nunca ter te dado uma fervorosa paixão, Pra livrar-te do abandono que te faz perecer. E de tanto sofrermos juntos, Hoje estamos a sóis, eu e você, Áridos, pois tuas lágrimas já secaram, E nossos sonhos se eternizaram, Num tempo de aflição que não fizemos merecer. |
Poeta
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